quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Missão cumprida

Está resolvido. Foi quase com esta rapidez que o FC Porto tratou o jogo na Choupana (que voltou a estar em risco de não se realizar devido às condições climatéricas) frente ao União. Pragmáticos e assertivos, os Azuis e Brancos não tremeram, devolveram tranquilidade a Lopetegui e, mais importante que tudo, repuseram os dois pontos de distância para o líder Sporting.
 
À partida para o desafio, pairavam as dúvidas: era o nevoeiro, que, tal como há um mês, colocava em risco o jogo; era a malapata Portista de não ganhar na ilha da Madeira há 942 dias; era Julen Lopetegui, que vinha sendo contestado por causa das exibições mais recentes.
 
Num ápice, tudo se resolveu. Os Azuis e Brancos, apesar de uma entrada que até nem foi imperial, eliminou muito cedo os fantasmas, à conta das suas alas e dos processos simples (tão simples) que a equipa fez com êxito. Primeiro, com Brahimi e Layún a tabelarem com espaço na esquerda para o golo de Herrera. Depois, com idêntica combinação na direita que deixou Maxi à vontade para cruzar para Brahimi, que soltou outra vez o seu génio.
 
As asas do Dragão varreram os fantasmas antes mesmo de estes vestirem a batina branca. E, se dúvidas ainda houvesse em relação à mudança da sorte, essas dissiparam-se quando Corona foi traído pelo relvado quando tentava cruzar, levando a bola directamente para a rede, num belíssimo desenho acidental.
 
Norton de Matos tinha a sua estratégia deitada por terra em metade de uma parte. Por isso, à sua equipa, apostada em dar corpo ao miolo, nada mais restou do que jogar pelo emblema e pela possibilidade de se mostrar.
 
Aos poucos, foi-se vendo um FC Porto mais relaxado, mas não menos compenetrado na necessidade de manter as distâncias no marcador. O União cresceu, sobretudo depois do intervalo, e mostrou que tem capacidades e valores interessantes, ainda que alguma precipitação.
 
Por seu turno, a equipa Portista foi sendo alvo de gestão de Lopetegui, a pensar no apertado calendário. Brahimi foi um dos exemplos, num conjunto que apenas teve o sobressalto da expulsão de Osvaldo, que obrigou o técnico Espanhol a maiores cuidados para a recta final da partida, já com Maicon em campo.
 
Nada que interferisse com a concretização de um triunfo simples, robusto e capaz, que até deu para ganhar contornos de goleada, com o quarto já nos descontos. O FC Porto volta a afastar o nevoeiro também na classificação e já vê novamente o leão a dois pontos. 
 
Retirado de zerozero

Melhor em Campo. Miguel Layún

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