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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Chegar, ver, marcar, relaxar e pressionar

imagem retirada de zerozero
Chegar, ver, marcar, relaxar e pressionar. Penso que esta é a melhor forma de descrever a prestação de hoje do Futebol Clube do Porto em Moreira de Cônegos diante ad equipa local. O único ponto de interesse desta partida foi, somente, o facto de esta ter dito respeito aos quartos-de-final da Taça de Portugal. Tudo o resto pareceu-me demasiado previsível.

Em certos momentos este jogo chegou mesmo a aborrecer-me. E a culpa foi de uma dupla de mexicanos que cedo “teceu” o “par de meias” que os azuis e brancos irão utilizar em dois dos muitos clássicos que vão ter de realizar diante do Sporting Clube de Portugal. Mas atenção. O mérito deste “aborrecimento” não é só da dupla Héctor Herrera/Miguel Layún. Há também que dar mérito ao Moreirense Futebol Clube por ter mostrado ser de uma fraqueza tal em termos de qualidade. Atente-se, a título complementar, que a única oportunidade em que os da casa conseguiram marcar o seu “golito” foi quando os atletas do FC Porto se deixaram “embriagar” pela arrogância de um 2 a 0 a seu favor. Aliás, logo após este golo o Moreirense voltou a desparecer do seu Comendador Joaquim de Almeida Freitas, fruto da pressão constante da equipa liderada por Sérgio Conceição.

Não havendo muito mais a acrescentar a esta naturalíssima vitória portista por terras minhotas, gostaria somente de deixar aqui uma questão que me parece pertinente.

Porquê razão o Vídeo Árbitro (o tal de VAR) nunca funciona nos jogos dos Dragões?

Ainda hoje os azuis e brancos fartaram-se de levar “pancadaria velha” sem que os infractores tivessem sido devidamente punidos. Já quando os atletas do Futebol Clube do Porto olhavam de lado para um seu colega da equipa adversária eis que eram logo admoestados pela equipa de arbitragem. Mistério…

MVP (Most Valuable Player): Miguel Layún. Layún realizou hoje uma excelente exibição num estádio que não é lá muito propício a extremos dada a sua pequenez em termos de dimensão do relvado. O internacional mexicano jogou e fez jogar. Marcou um bonito golo e mostrou a Sérgio Conceição (e não só) que pode contar com ele na posição de extremo.

Chave do Jogo: Surgiu na altura em que o Moreirense FC marcou o seu único golo da partida. Tal fez soar os alarmes da casa portista que depressa “alinhou a suas tropas” no sentido de não permitir que o seu adversário conseguisse sequer sonhar com o prolongamento.

Arbitragem: Arbitragem sem sobressaltos e a dar boa conta do recado. Apenas se critica o facto de Manuel Oliveira ter permitiu o abuso do poderio físico aos da casa.

Positivo: Espírito de grupo. Se há coisa que ficou bem patente no jogo de hoje é que esta equipa do FC Porto segue à risca o lema de “um por todos e todos por um”.

Negativo: Moreirense FC. Fraquinho, fraquinho, fraquinho, Com toda a certeza na Segunda Liga do nosso futebol existirão equipas com muito melhor qualidade do que este Moreirense FC. 
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado (11/01/2018)

domingo, 7 de maio de 2017

Ponto ganho ou ponto perdido, eis a questão

imagem de zerozero
Começo esta minha análise ao empate do Futebol Clube do Porto no terreno do CS Marítimo pela ausência de Layún. Com Maxi suspenso muitos foram os que acreditaram em Miguel Layún como dono e senhor da posição de defesa lateral direito para esta partida da Madeira. Nuno Espírito Santo (NES) contrariou tudo e todos ao abdicar do mexicano em detrimento de um miúdo de apenas 20 anos de idade da equipa B. A aposta à partida parecia arriscada, mas depois do que se viu no jogo de hoje penso que se pode dizer que NES encontrou uma alternativa interessante a Maxi Pereira. Isto porque Fernando esteve muito bem tando no plano defensivo como ofensivo, não tendo acusado - em momento algum - a pressão de ter disputado pela primeira vez um jogo deste calibre. Uma lição (mais uma) para os tais “portistas” que andaram a apregoar desgraças antes do moço ter entrado em campo.

Contudo ainda sobre a ausência de Layún gostaria de dizer que sou da opinião de que NES poderia ter aproveitado o jogador de uma outra forma. Uma vez que Jesús Corona parece estar – novamente – em baixo de forma, Miguel Layún poderia ter sido uma excelente alternativa dado que a posição de extremo direito não lhe é nada estranha dado que já a desempenhou, por mais do que uma vez, na selecção do México. Mas, ressalvo aqui um importante pormenor; somente NES sabe como e quando pode contar com os seus jogadores e em que posição estes podem e devem actuar, pelo que esta minha opinião pode não corresponder, na prática, à realidade. Mas é muito por aí que passa a razão do empate de hoje.

Era ponto assente que a partida de hoje seria tido menos fácil para o FC Porto. E a equipa portista sabia bem disto e até que o demonstrou em campo durante a primeira parte. Não foi de estranhar que os azuis e brancos estivessem a vencer na primeira parte do jogo. O CS Marítimo reagiu ao golo sofrido e nunca “deitou a toalha ao chão”. E faço aqui um pequeno desvio para dizer que este jogo foi muito interessante dado que a equipa da casa nunca deixou de lutar pelo seu objectivo que passava por pontuar diante dos Dragões. Os portistas foram respondendo à audácia maritimista até uma certa altura do jogo. Até uma certa altura em que – mais uma vez – a sua linha defensiva “adormece” num cruzamento para a área de Casillas e o Marítimo não desperdiça a oferta. Estava feito o empate e a partir daí foi frustrante ver o FC Porto a tentar dar a volta a um empate que até que lhe assentou bem tendo em consideração aquilo que fez em campo.

Ora é no lance do empate da equipa madeirense e na incapacidade demonstrada hoje por este FC Porto em dar a volta ao rumo dos acontecimentos que está o cerne da questão.

Já não é a primeira vez que a defesa portista sofre um golo destes. E se tal sucede é porque, ou NES não tem capacidade para preparar a sua equipa para que esta não cometa este mesmo erro, ou então os jogadores que tem à sua disposição não tem qualidade suficiente para estar ao serviço do Futebol Clube do Porto.

Relativamente à questão da incapacidade portista demonstrada hoje em ter dado a volta ao empate esta prende-se, a meu ver, com um enorme abaixamento de forma das “pedras chaves” deste Futebol Clube do Porto. Yacine Brahimi está muito em baixo de forma, Jesús Corona idem e Oliver já nem sequer consegue ser titular nesta equipa. Eu sei que Francisco J. Marques não gosta que se diga tal, mas o actual plantel do FC Porto é desequilibrado se bem que NES poderia, e deveria, ter lidado com estas situações de outra forma (já aqui falei numa delas uns parágrafos mais acima).

Como não sou derrotista nem gosto de discursos de treta, digo-vos que enquanto for matematicamente possível o título ainda é possível, mas só depois do resultado de Vila do Conde é que vamos todos poder dizer que este empate na Madeira foi um ponto ganho ou perdido na luta pelo dito cujo. E convêm não descurar a mais do que provável aproximação do Sporting CP de Jorge Jesus.

MVP (Most Valuable Player): Héctor Herrera. O “patinho feio” do actual Futebol Clube do Porto foi hoje o melhor em campo da parte dos azuis e brancos. Longe de ter estado perfeito na construção de jogo ofensivo, Herrera foi apesar de tudo o principal responsável pela boa primeira parte do FC Porto ao ter praticamente “secado” todo o meio campo do CS Marítimo. Faltou-lhe um pouco de mais capacidade no passe (um problema crónico neste atleta).

Chave do Jogo: Surgiu no minuto 69´ desta partida para resolver a contenda a favor da equipa da casa. Foi nesta altura que a equipa maritimista chegou ao tento da igualdade, resultado que esta depois se limitou a gerir com maior ou menor dificuldade.

Arbitragem: Não creio que a equipa de arbitragem tenha estado mal neste jogo. È verdade que aqui e acolá terá pactuado com o anti jogo do CS Marítimo (especialmente após o golo do empate), mas não me pareceu que tivesse surgido algum lance polémico que ditasse um qualquer outro resultado final. Arbitragem razoável esta que Jorge Sousa e seus pares levaram a cabo no Estádio dos Barreiros.

Positivo: A primeira parte do Futebol Clube do Porto. Equipa concentrada e a dar tudo em campo. È este o Futebol Clube do Porto que quer ser campeão e lutar até ao fim pela título.

Negativo: A segunda parte do Futebol Clube do Porto. Na segunda parte desta partida a equipa azul e branca esqueceu-se de tudo o que tinha feito tão bem na primeira parte.

Artigo publicado no blog o gato no telhado (06/05/2017)

segunda-feira, 6 de março de 2017

Pensamento da Semana: Evidências

Esta equipa do FCP ridicularizada por todos, portistas e restante tralha...tem à 24ª Jornada...o melhor ataque e defesa...quando eram os outros que tinham ataques de luxo...contratações que faziam corar qualquer portista (assim dizia MSTs e afins) e jogadores valiosos em triliões de euros, cobiçados por todo o mundo...hilariante...

...Eu acho que mesmo que o FCP não ganhe o campeonato...nunca uma equipa do FCP que ninguém dava nada por ela...fez tanto em tão pouco tempo...e a ser roubada escandalosamente...

...Claro...claro...que os egos inchados vão dizer que já sabiam que era óptima...o treinador é que era fraco...e estava na cara que o Soares é que era, bla,bla,bla...o costume a que já estamos habituados desta gente...os que não rendem são culpa da SAD despesista...:-)) Nunca erram...e acertam em todos os que rendem...

...Mas se perdermos... não faltarão... os mesmos que disseram que o plantel desta época era ridículo...a atribuir culpas ao treinador...à SAD por não ter ido buscar Soares mais cedo...bla...bla...bla...

...Só mais uma coisinha...contra uma equipa totalmente inofensiva...remetida ao seu ferrolho...é natural que Layún...que sempre jogou melhor a atacar do que a defender se destaque...pois não teve que fazer nenhuma acção defensiva...

...pegar na exibição de ontem para dizer que é melhor do que o Maxi e que estava na cara que é melhor...é simplesmente ridículo...esta malta nem sequer tem memória de 4 dias atrás com a Juventus...arrepiante...só comparados com a memória selectiva do MST...:-) Num jogo onde a nossa defesa seja posta à prova...eu meto de caras o Máxi...Layún tem um passado a enterrar-nos defensivamente em jogos importantes medonho...mas se jogar à frente até disfarça...e eu acho que ontem com aquele Nacional até o Máxi brilhava como brilhou em muitos jogos esta época...com exibições até muito melhores do que a de ontem...não tão gordas mas melhores..


in SOU PORTISTA COM MUITO ORGULHO

Escusado será dizer que subscrevo tudo na íntegra. 
 
Aliás, já venho dizendo há muito tempo que uma cisma é pior do que uma doença. Espero que depois desta grande vitória diante do CD Nacional esta mesma doença já tenha sido curada de vez (tenho dúvidas).

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Miguel Sousa Tavares vs Rui Gomes da Silva

Vejam lá que no defeso desta anunciada pré-época, me deu para comparar MST com RGS. Sabem a que conclusões cheguei? Que são iguaizinhos! Sem tirar nem pôr. Senão vejamos: Ambos nasceram no Porto, cursaram Direito, prestam serviço como comentadores da Cofina, escrevinham na BOLHA, nenhum percebe rigorosamente nada de Futebol, Regulamentos, Arbitragem, Contas, etc. e são acérrimos críticos do nosso clube e de Pinto da Costa. Enquanto RGS não faz segredo dessa posição, MST finge que é portista. Mas é um crítico nato de Pinto da Costa. As únicas exceções costumavam ser em Maio ou Junho quando, durante a sua presidência, conquistámos 20 Campeonatos Nacionais, 12 Taças de Portugal, 19 Supertaças, 2 Champions, 2 Uefas, 1 Intercontinental, e 1 Supertaça Europeia. Coisa pouca já se vê. Noutra área o senhor Tavares acha bem que se paguem prémios para ganhar! Não admira. Ambos são pagos para dizer bem do Benfica e mal do Porto!
 
Isto tudo vem a propósito de MST na Bolha, no vómito de 10 de Maio, ter enviado um recado aos leitores e amigos portistas. Passo a citar: “informo-os que a Sad do nosso clube perdeu, e em toda a linha, o processo que me havia instaurado por delito de opinião, reclamando-me um milhão de euros de indemnização por danos morais.”
 
Sim prevíamos isso. Os pasquineiros tem carta-branca para insultar, difamar, mentir, inventar, adulterar, embirrarem com quem lhes apetece, tudo a coberto de fontes anónimas nunca divulgadas. No mesmo pasquim MST começa por elogiar o Benfica “que mostrou a razão por que se tornou o principal favorito à vitória, depois de uma recuperação notável e uma não menos notável capacidade sistemática de vitória.” Tudo notável, claro, apenas se esquecendo das notáveis nomeações do tratador dos cãezinhos amestrados, Vítor Pereira, que contribuiu, e de que maneira, para os dois últimos campeonatos.
E continua referindo-se ao FC do Porto: “quando o consolo e o primeiro título ganho em três anos, é a conquista do campeonato da segunda divisão, é porque descemos mesmo muito fundo.” Acrescento eu: o que faria se ficássemos no antepenúltimo dos últimos como ficou o clube da treta e, ainda-por-cima, com as habituais aldrabices de Secretaria! Mais adiante: “o FC do Porto prepara-se para deixar sair Layún que é apenas o melhor jogador da equipa, recado soprado pela Sad que não quer pagar os 6,5 milhões que custa a aquisição definitiva do passe de Layún…”
Pois. Não queremos pagar os 6,5 milhões provavelmente para não termos o problema do clube da treta que apresenta um Passivo astronómico, Capitais Próprios negativos, Empréstimos Obrigacionistas para tapar os anteriores, situação de insolvência das empresas do presidente, tudo no valor de mais de 600 milhões de euros. Por isso andam pelos quatro cantos do Mundo com o catálogo debaixo do braço a venderem a toda a pressa os melhores jogadores da equipa, assim como tinham feito com as bailarinas acima. Quantas estão hoje na ”instituição”?
 
Na terça-feira dia 17 de Maio voltou à carga, desta vez para criticar o facto de José Peseiro colocar Helton no lugar de Casillas no jogo da Taça! Tenho a certeza absoluta que se o treinador escolhesse Casillas, o homem diria: “que pena, Helton merecia a oportunidade”! Como o jogo correu mal a Helton acertou, e não perdeu tempo na croniqueta desta semana no pasquim que lhe paga. Cruxificou o homem e acrescentou-lhe os seus outros dois cristos prediletos: Herrera e Varela.
 
O nosso Clube não está bem mas o senhor Miguel Sousa Tavares está finito! Portistas destes dispensamos bem. Mais vale meter a viola no saco, rumar a outras paragens e continuar a escrever calhamaços pelo Natal. Do nosso presidente e dos portistas em geral pode contar com a mais completa indiferença. Tal como RGS ninguém lhes liga patavina.
 
Até à próxima

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Pensamento da Semana: Uma mentira contada muitas vezes não se torna verdade

Confesso que há já muito tempo - mas muito tempo mesmo - que passo ao lado de muita coisa que a Comunicação Social Desportiva diz e escreve. É raro ouvir comentadores de futebol porque seio que, à partida, ouvi-los é pura perca de tempo porque estes mudam de opinião como quem muda de cuecas e porque estes tem mais interesse em defender a sua camisola do que em falar sobre futebol.

Contudo a minha paciência tem limites. E é me de todo impossível ficar quieto e calado quando até a Comunicação Social dita generalista começa a contar uma mentira vezes sem conta para que a dita se torne verdade. 

Vem isto a respeito da grande penalidade a favor do Futebol Clube do Porto no jogo do passado domingo. 

E não, não me interessa absolutamente nada o que dizem sobre a legalidade/ilegalidade do lance porque isto é uma “pescadinha de rabo na boca”. 

O que realmente me tem incomodado é ouvir e ler muita gente que defende a peregrina ideia de Miguel Leal, treinador do Moreirense FC, de que o FC Porto “virou o jogo” a seu favor após a grande penalidade que Layún converteu. Isto porque eu estive no Dragão e vi perfeitamente que o Moreirense não perdeu força alguma após a marcação da dita. Muito pelo contrário! Inclusive na segunda parte os Cônegos estiveram quase a marcar o 3.º golo não tivesse Iker Casillas feito duas defesas extraordinárias. 

E quem tiver dúvidas sobre o que digo pode sempre ver aqui o resumo da partida. 

Eu bem sei que uma grande franja da nossa Comunicação Social quer servir um determinado público alimentando as patetices de um certo indivíduo que fala grosso lá para os lados da capital, mas metam uma coisa nesta vossa cabeça: uma mentira contada muitas vezes não se torna verdade!

domingo, 31 de janeiro de 2016

Regresso ao "Somos Porto!"

O FC Porto foi à Amoreira afastar fantasmas e dizer que está bem vivo. A equipa azul e branca entrou a perder, mas recuperou muito bem, mostrando já o dedo de José Peseiro num futebol bem mais variado e veloz que o dos últimos tempos. O Estoril deu boa réplica enquanto conseguiu, mas o triunfo é inquestionável para os portistas, que assim pressionam os rivais.
«Como é que é possível?» Foi isso que se leu nos lábios de José Peseiro ao minuto 3. O novo treinador do FC Porto tinha acabado de ver, numa bola parada, a equipa ficar em desvantagem, perante um melhor arranque do Estoril, estendido até à primeira dezena de minutos.
Existiu, de facto, um período de questionamento. Para uma equipa que está a tentar recuperar, pontual, futebolística e animicamente, sofrer um golo tão cedo é duro revés. Mas o FC Porto não deixou que isso ditasse o destino. Aos poucos, as linhas foram reagrupando e do banco vinham as indicações certas, a explicar aquilo que era necessário fazer.
José Peseiro não tinha enganado na conferência de imprensa. Esta equipa ia estar melhor do que contra o Marítimo. Verdade! Os dragões já começam a perceber que o fio de jogo não tem que ser sempre o mesmo e que jogar de forma variada, em vertigem e transição rápida, também dá resultado.
Percebe-se que ainda estejam em fase de aprendizagem das novas variações de futebol, mas nada como os golos para ajudarem a elucidar. O primeiro é exemplo claro disso: rápida transição, Layún a conduzir e Aboubakar a marcar. O segundo, ainda que na sequência de uma bola parada, não deixa de consolidar a ideia de que há várias formas de lá chegar e não apenas uma...
No meio de tudo isto esteve o Estoril, que não merece menos palavras. A equipa de Fabiano Soares voltou, tal como contra o Benfica, a marcar cedo e desta vez não se encolheu. Porém, notou-se que não estaria à espera de tanta velocidade na circulação e movimentação dos portistas.
Os estorilistas mostraram boa tendência para criar (nota para Mattheus, a demonstrar qualidade), mas pareceram pecar por Diogo Amado estar muito escondido na hora de ter bola, já que pareceu ter como grande prioridade anular Herrera. E não tiveram pernas para os laterais portistas, no fundo, os desequilibradores.
Não deixou de ser curioso o fio do segundo tempo e, sobretudo, um FC Porto mais na expectativa. Depois da grande primeira parte a que se assistiu, num ritmo muito alto, passou a ser progressivo na equipa azul e branca a face de expactativa.
Não que os dragões tenham recuado muito as linhas, mas sim porque a ofensiva baixou a primeira zona de pressão e permitiu ao Estoril pensar com bola, se bem que sempre em zonas recuadas. À entrada no meio-campo contrário, os estorilistas logo colidiam com a ação dos portistas. Por isso, os lances de perigo continuaram a acontecer por erros da defensiva azul e branca - quiçá, o maior problema que Peseiro tem para resolver, tal a frequência com que os seus centrais falham com a bola nos pés.
Fabiano Soares tentou de tudo para mexer nas formas de construção, só que a sua equipa foi decaindo progressivamente, quer pelos espaços fechados, quer pelo desgaste, quer também porque o segundo tempo foi bem mais pausado por sucessivas faltas.
Muito mais confortáveis, os homens do ataque portista foram jogando com isso e, com mais espaços para trabalhar no último terço, só não resolveram mais cedo porque o desperdício foi notório (que dizer do escandaloso falhanço de Aboubakar?). Valeu que André André, que faz a equipa subir de produção quando ele mesmo o consegue, foi mais eficaz e arrumou o assunto. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Miguel layún

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Crónica de uma vitória à Porto

Não se pode dizer que tenha sido da depressão à euforia, mas a mudança do estado de alma no Dragão foi bastante considerável. Antes do apito inicial, a derrota do Sporting atiçou os Dragões, que voltaram a dar uma demonstração de força para chegarem à liderança isolado.
Falar da recepção do FC Porto à Académica implica, obrigatoriamente, começar o filme pela Choupana, pois foi da Madeira (há umas semanas era um fantasma, agora é uma benesse) que veio uma das principais motivações para o jogo: o Sporting caía e os Portistas podiam, pela primeira vez no reinado de Lopetegui, a liderança isolada era uma possibilidade.
A notícia invadiu o Estádio. Depois dos festejos dos adeptos, ainda durante o aquecimento da equipa, a lição emocional passou pelo balneário e ficou à vista assim que o jogo começou. Este voltava a ser um FC Porto imponente.
A injecção foi letal e o Dragão, espicaçado, rapidamente encostou às cordas uma ténue Académica, vergada ao poderio dos jogadores adversários e a um Estádio que retomou a crença - notou-se até pela forma como o público cantou.
Tudo parecia numa perfeita simbiose e ainda mais assim ficou quando Danilo abriu o activo, numa bola parada. Uma justiça precoce para uma primeira parte onde se viu Casillas em trabalhos apenas nos últimos cinco minutos. Mais do que atitude, a Académica precisou de dois nomes que não pôde utilizar - os emprestados Gonçalo Paciência e Leandro Silva, que têm estado em crescendo na influência na equipa.
De resto, a equipa Azul e Branca pouco ou nada teve que temer, até porque, do regresso dos balneários, veio também o golo da tranquilidade. Uma tranquilidade que foi do colectivo ao individual, visto que Aboubakar, depois do golo em Santa Maria da Feira, afastou definitivamente a crise com outra cabeçada.
Depois de dois golos de bola parada, ambos com o selo de qualidade de Miguel Layún, os Azuis e Brancos passaram para a corrida e tiveram no calcanhar de Herrera o momento mais bonito da noite.
Uma noite que só não foi perfeita para a família Portista porque o calcanhar de Rabiola encontrou Rui Pedro para o tento (made in Porto) de honra da Académica. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Miguel Layún

domingo, 6 de dezembro de 2015

A primeira reviravolta

Pela primeira vez com Julen Lopetegui como treinador, o FC Porto conseguiu vencer um jogo com reviravolta no marcador. Os Azuis e Brancos foram surpreendidos pelo Paços de Ferreira nos instantes iniciais do jogo e viram-se em desvantagem a partir dos oito minutos, quando Bruno Moreira bateu Iker Casillas, após alguma cerimónia dos jogadores da casa em afastar a bola da sua área, após um canto pacense.
A equipa orientada por Jorge Simão sabia claramente ao que ia e deu que fazer ao sector recuado dos dragões na primeira parte. A jogar com os flancos muito abertos, onde Diogo Jota e Edson Farias faziam uso da velocidade para surpreender os marcadores directos, os Castores procuravam fazer uso do contra-ataque na tentativa de surpreender ainda mais o FC Porto no seu próprio reduto.
No entanto, como lhe competia, o FC Porto procurou começar a mandar no jogo, embora nem sempre da melhor mania. Os Azuis e Brancos mantinham-se lentos e enquanto assim foi o Paços de Ferreira foi conseguido manter-se longe da sua área. Todavia, foi uma questão de tempo até aos Dragões aumentarem o ritmo e quando isso aconteceu o jogo teve apenas um sentido, provocando por diversas vezes o erro do adversário.
O golo do empate aconteceu, por isso, num período em que o conjunto de Lopetegui já estava por cima do encontro. Um toque de classe de Jesús Corona por cima de Marafona, após o passe de Brahimi, foi a forma encontrada pelo FC Porto para chegar à igualdade. O 1 x 1 lançou definitivamente os Dragões no encontro, pois até então apenas por duas vezes – ambas em cabeceamentos de Maicon após lances de bola parada - tinham obrigado o guarda-redes Pacenses a intervir. Martins Indi, novamente Corona e Herrera – principalmente o médio Mexicano – tiveram a possibilidade de confirmar a cambalhota no resultado, mas a igualdade manteve-se.
Na segunda parte, ao contrário do que havia acontecido na primeira, o FC Porto entrou melhor que o Paços de Ferreira e Iker Casillas não foi alvo de qualquer incómodo. Na etapa complementar, os Portistas chegaram a ter mais de 70 por cento de posse de bola, mas nem sempre jogaram bem, pois sentiram dificuldades para chegarem com perigo à baliza adversária. 
O golo da vantagem, porém, acabou por surgir de grande penalidade, num lance oferecido pelo defesa Pacense, Marco Baixinho. Um passe atrasado mal medido para Marafona permitiu a pressão de Herrera e o Mexicano acabou por ser derrubado em falta pelo defesa que já havia errado anteriormente. Foi o primeiro penálti de que o FC Porto dispôs esta temporada e Miguel Layún, apesar do guarda-redes ter adivinhado o lado, não desperdiçou a possibilidade de oferecer o triunfo que permite manter a pressão sobre o Sporting, líder à entrada para esta jornada.
O FC Porto venceu por 2 x 1, mas pelas claras ocasiões que desperdiçou podia ter alcançado um resultado mais volumoso. Depois de Herrera ter falhado escandalosamente no término da primeira parte, no segundo tempo foi Aboubakar, por duas vezes, e Cristian Tello quem desperdiçaram a possibilidade de inscrever o nome na lista de marcadores de forma inacreditável. E numa equipa com as ambições do FC Porto, não convém haver tanto desperdício. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Brahimi

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Missão cumprida

Está resolvido. Foi quase com esta rapidez que o FC Porto tratou o jogo na Choupana (que voltou a estar em risco de não se realizar devido às condições climatéricas) frente ao União. Pragmáticos e assertivos, os Azuis e Brancos não tremeram, devolveram tranquilidade a Lopetegui e, mais importante que tudo, repuseram os dois pontos de distância para o líder Sporting.
 
À partida para o desafio, pairavam as dúvidas: era o nevoeiro, que, tal como há um mês, colocava em risco o jogo; era a malapata Portista de não ganhar na ilha da Madeira há 942 dias; era Julen Lopetegui, que vinha sendo contestado por causa das exibições mais recentes.
 
Num ápice, tudo se resolveu. Os Azuis e Brancos, apesar de uma entrada que até nem foi imperial, eliminou muito cedo os fantasmas, à conta das suas alas e dos processos simples (tão simples) que a equipa fez com êxito. Primeiro, com Brahimi e Layún a tabelarem com espaço na esquerda para o golo de Herrera. Depois, com idêntica combinação na direita que deixou Maxi à vontade para cruzar para Brahimi, que soltou outra vez o seu génio.
 
As asas do Dragão varreram os fantasmas antes mesmo de estes vestirem a batina branca. E, se dúvidas ainda houvesse em relação à mudança da sorte, essas dissiparam-se quando Corona foi traído pelo relvado quando tentava cruzar, levando a bola directamente para a rede, num belíssimo desenho acidental.
 
Norton de Matos tinha a sua estratégia deitada por terra em metade de uma parte. Por isso, à sua equipa, apostada em dar corpo ao miolo, nada mais restou do que jogar pelo emblema e pela possibilidade de se mostrar.
 
Aos poucos, foi-se vendo um FC Porto mais relaxado, mas não menos compenetrado na necessidade de manter as distâncias no marcador. O União cresceu, sobretudo depois do intervalo, e mostrou que tem capacidades e valores interessantes, ainda que alguma precipitação.
 
Por seu turno, a equipa Portista foi sendo alvo de gestão de Lopetegui, a pensar no apertado calendário. Brahimi foi um dos exemplos, num conjunto que apenas teve o sobressalto da expulsão de Osvaldo, que obrigou o técnico Espanhol a maiores cuidados para a recta final da partida, já com Maicon em campo.
 
Nada que interferisse com a concretização de um triunfo simples, robusto e capaz, que até deu para ganhar contornos de goleada, com o quarto já nos descontos. O FC Porto volta a afastar o nevoeiro também na classificação e já vê novamente o leão a dois pontos. 
 
Retirado de zerozero

Melhor em Campo. Miguel Layún

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Era escusado tanto sofrimento

Praticamente dois meses depois, Aboubakar voltou a marcar para a Liga Portuguesa. O avançado Camaronês desbloqueou um empate que persistia «teimoso» no Dragão e encaminhou o FC Porto para a vitória por 2 x 0 sobre o Vitória de Setúbal.
Um golo para exorcizar fantasmas. Assim sentiu Aboubakar naquele minuto 70; libertou-se das críticas, saiu-lhe um peso de cima. Nem festejou; deixou que festejassem por ele.
O cruzamento foi de Layún - que está em grande forma - e o internacional Camaronês, solto de marcação - Nuno Pinto marcou com os olhos - cabeceou para um indefeso Raeder. O FC Porto desfazia o nulo depois de 70 minutos a «bater» sem sucesso. O jogo Portista moeu a resistência Sadina que furou no golpe de Aboubakar.
Antes do momento da noite no Dragão, a partida teve uma história de paciência. O Vitória entrou com a intenção de ser personalizado e jogar o futebol que tem impressionado um pouco toda a gente, mas depois de quinze minutos interessantes acabou por cair na teia do ADN Azul e Branco.
Pouco a pouco, o FC Porto assumiu o jogo, cavou a diferença na posse mas... faltava o golo; e Aboubakar era o mais perdulário. Entre os minutos 26 e 35, três momentos de golo iminente, mas faltou sempre qualquer coisa; duas vezes foi o enquadramento com a baliza, uma a pontaria mais afinada, porque atirou à figura de Lukas Raeder.
Pelo meio, Rúben Neves viu o cartão amarelo mais rápido da carreira (aos 10 minutos) e já não regressou do balneário. Julen Lopetegui queria outra coisa e lançou André André. Até aos 70 minutos viu mais do mesmo, até que de tanto circular e tentar lá chegou ao golo de Aboubakar. Um prémio justo, diga-se.
Se antes do golo a história era de sentido único, nada mudou depois. E aos 84 minutos, o melhor em campo tratou de se premiar; Miguel Layún, que já tinha estado perto do golo na primeira parte, voltou a marcar, com um belo pontapé de fora da área, um pouco à semelhança do que tinha feito em Haifa, a meio da semana. O Mexicano aterrou, em definitivo, no Porto e é por esta altura um garante de qualidade; defensiva e ofensiva. Um luxo, 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Miguel Layún