domingo, 19 de junho de 2016

Tanto desperdício Portugal

Penáltis, postes, golos anulados, lamentos. Portugal foi melhor, foi muito melhor, mas foi igual à Áustria no que conta: golos. Dois pontos em dois jogos, um golo apenas e a corda na garganta para o derradeiro jogo.
 
A começar, até deu a ideia de que a Áustria queria fazer uma pressão alta, com Alaba a surgir como segundo avançado e a ser o primeiro a pressionar. Uma opção que, ver-se-ia depois, era muito mais defensiva do que ofensiva.
 
Portugal não demorou muito a mandar no jogo. Era assim que tinha que ser. Com um Moutinho um pouco melhor que no primeiro jogo, com um André Gomes em forma e com um William mais sereno com a bola no pé, a segurança em posse subiu. Depois, em vez de dois, havia três homens capazes de assumir a despesa na frente, o que é, evidentemente, um acrescento de soluções.
 
Mesmo com maior poderio físico na área defensiva, os austríacos cometiam erros, quer sem bola - confundidos com as movimentações de Nani e Ronaldo (o primeiro a aparecer mais liberto que o segundo) - quer com bola, altura em que o guarda-redes mostrava o quão mau é nesse particular.
 
Os austríacos também tiveram os seus momentos de subida à área adversária, mas não fizeram valer a maior estatura (numa das ocasiões valeu um grande corte de Vieirinha). Em tudo o resto, Portugal era melhor. Só que os golos, esses que decidem jogos, não apareciam. Nani podia ter marcado nas duas melhores ocasiões, só que o poste e Almer evitaram-no.
 
Mudança na tendência de jogo depois do intervalo? Zero. Portugal continuou bastante acima no jogo, diante de uma Áustria que sempre pareceu muito contente com o empate - a classificação não sugeria isso, mas...
 
Na seleção nacional, André Gomes ia multiplicando a sua influência na equipa, um pouco como Moutinho, que iam disfarçando o apagão por cansaço de Quaresma e Nani, que estiveram tempo a mais em campo.
 
Ronaldo apareceu, com duas excelentes abordagens à baliza (uma de cabeça, outra com o pé), só que Almer ganhou ambos os duelos. Apareceria um terceiro, e nesse o português tinha situação privilegiada: grande penalidade. O austríaco foi enganado, só que... Ronaldo também. Bola ao poste.
 
Parece que está escrito: com grupos acessíveis, Portugal tem a tendência para lhe dar outro toque de dificuldade. Agora, venha de lá essa calculadora. Até porque ficar em segundo lugar pode nem ser pior. Mas convém ganhar à Hungria...
 
Retirado de zerozero

Melhor em Campo. Raphael Guerreiro

2 comentários:

Anónimo disse...

Se houvesse tomates para sentar no banco o alegado melhor do mundo dos ultimos 320 anos.

Anónimo disse...

Tirando a finalização (que mesmo assim é discutível) o Ronaldo oferece o mesmo ao jogo que o Bebé do Rayo Vallecano.
Pedro