sábado, 12 de maio de 2018

Castelo com vista para os Aliados

A fechar uma campanha vitoriosa, o já campeão nacional vai ao Castelo. O clima de festa permanece na equipa comandada por Sérgio Conceição, mas antes de nova comunhão com os adeptos, agora nos Aliados, há uma partida para jogar. Uma partida sem grandes objetivos no que toca à classificação... mas com um recorde a atingir pelos portistas e a ambição de um desfecho positivo para os vitorianos.
 
Do lado vimaranense, a intenção passa por terminar a temporada com distinção, de modo a oferecer à incansável massa adepta uma vitória no D. Afonso Henriques no fim de uma temporada que ficou aquém das expectativas. A Liga Europa tornou-se numa autêntica miragem para os pupilos de José Peseiro graças ao empate do Rio Ave na deslocação a Paços de Ferreira (e sem esquecer um jogo na Feira que resultou na ira de José Peseiro), mas um triunfo contra o recém-coroado campeão trará um travo doce depois da longa amargura.

Relativamente aos azuis e brancos, a história é bem diferente. Sérgio Conceição escreveu o seu nome no livro de conquistas do reino do Dragão enquanto treinador, depois de ter alcançado 37 vitórias numa única temporada. Um número assinalável e que é apenas superado por André Villas-Boas na fantástica temporada de 2010/11. Mas ainda há margem para um pequeno extra no cair do pano: os 88 pontos no campeonato, que simbolizariam um recorde da equipa no campeonato português.
 
Dúvidas para dissipar no Castelo

Não haverá grandes razões para descanso do lado do Vitória SC, que encerra aqui a temporada, mas há certezas entre os indisponíveis e dúvidas que vão perdurar até perto do arranque. Se os lesionados Welthon, Celis e Vigário sabem já que não estarão em campo, tal como o castigado Pedro Henrique, há dois virtuosos do ataque que ainda ambicionam fazê-lo: Hurtado e Raphinha.
 
Raphinha tem em vista a mudança para Alvalade e o Vitória SC prepara a sucessão, e este jogo poderá já demonstrar uma ou outra solução interna, mesmo tendo em conta o provável ataque ao mercado. Se o brasileiro falhar o jogo, poderá bem ser Sturgeon a demonstrar o que tem a dar na equipa inicial.

Depois de todo o drama que foi uma temporada com mudanças no comando técnico e sem o atingir dos objetivos a que a equipa se propunha, até se pode dizer que o Vitória atravessa um momento positivo, com os triunfos consecutivos diante de Moreirense e Tondela. Na era Peseiro foram já 14 pontos conquistados em 27 possíveis, um registo que sem ser extraordinário é digno face ao passado recente.
 
Ainda há um campeão para fazer

Em mais de uma ocasião Sérgio Conceição foi alvo da mesma questão: com o campeonato já assegurado, e tendo em conta que há um jogador do plantel que ainda não entrou em campo - o guarda-redes Vaná - e vários jogadores com poucos minutos somados, podemos esperar uma revolução na equipa?
 
O treinador portista não parece estar inclinado a fazer favores especiais ou a fazer mudanças de maior, mas parece certo que podemos esperar uma ou outra surpresa na equipa inicial e o desenrrolar do jogo poderá bem permitir sair da rotina habitual de substituições e trazer algumas caras menos frequentes ao relvado.

Com cabelo pintado ou não, com mais ou menos sorrisos esboçados no relvado, o Dragão tem este último objetivo para atingir e o foco está no tal número 88. Depois, sim, será tempo de festa rija e da primeira receção nos Paços do Concelho em 19 anos.
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Artigo publicado no site zerozero

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