domingo, 13 de maio de 2018

Acabar em beleza

imagem retirada de zerozero
Jogo típico do nosso futebol este Vitória SC 0 x FC Porto 1. O Guimarães, como equipa claramente inferior que foi nesta partida, tinha como estratégia principal remeter-se à defesa na esperança de que um lance de sorte (ou de arte) dos seus avançados fizesse com que a bola entrasse na baliza portista. Tal até que podia ter acontecido na primeira parte desta partida muito por culpa de um Futebol Clube do Porto que parecia “meio adormecido” do que por culpa de um muito mediano Vitória Sport Clube. E pouco mais há a dizer de uma primeira parte de um jogo em que o actual campeão nacional foi, acima de tudo, arrogante e altamente preguiçoso.

A segunda parte foi diferente. E foi muito por culpa de Sérgio Conceição que percebeu que a sua equipa não tinha mostrado tudo o que deveria ter mostrado na primeira parte. Os Dragões entraram muito mais decididos e empenhados. Até Oliver Torres parecia mais disposto a mostrar a sua real valia depois de uma primeira parte em que praticamente se “arrastou em campo”. A primeira grande consequência disto mesmo foi um maior recuo da equipa da casa. O Vitória de Guimarães, praticamente, deixou de criar lances de perigo na área portista. Estava jogado o primeiro trunfo de Conceição. O segundo viria com a entrada de Soares para o lugar de Paciência. Esta alteração sentenciou um jogo que exigia uma maior velocidade de execução por parte dos azuis e brancos diante de um cada vez mais apático Vitória SC.

O grande golo de Marcano acabaria, portanto, por ser uma consequência normal face ao que se ia vendo em campo. E, justiça lhe seja feita, Sérgio Conceição acertou em cheio na substituição de Paciência até porque Tiquinho trouxe há ferente de ataque portista a velocidade que lhe faltava. Não estou com isto a desvalorizar o trabalho de Gonçalo Paciência que deu tudo o que tinha em campo, mas hoje a velocidade do Tiquinho era muito mais importante do que o físico do Gonçalo.

E pouco mais há a dizer dado que o resto do jogo serviu para que Sérgio Conceição desse tempo de jogo a quem o terá feito por merecer nos treinos (pelo menos foi esta a mensagem que Conceição passou).

Na próxima semana irei fazer um balanço da época até porque nem tudo é assim tão maravilhoso como muitos querem fazer crer. Na próxima época há muito para melhorar e há que aproveitar da melhor forma aquilo que hoje se começou a construir.

MVP (Most Valuable Player): Tiquinho Soares. Não jogou de início, é um facto, mas a velocidade do avançado brasileiro foi a autora da “brecha” que permitiu que Marcano pudesse determinar a “conquista” definitiva do castelo de Guimarães e do recorde de pontos da Liga portuguesa.

Chave do Jogo: O início da segunda parte acabou por ditar quem iria vencer esta partida. A forma autoritária como o Futebol Clube do Porto reentrou foi a chave que fez com que os portistas vencessem um jogo que até esta altura estava equilibrado.

Arbitragem: Arbitragem com algumas incoerências técnicas, com algumas faltas com pouca lógica, mas sem grandes problemas. O lance mais duvidoso, em que Marcano toca com o braço na bola, parece ter sido bem decidido, embora se aceitem as dúvidas.

Positivo: Sérgio Conceição. O treinador portista esteve muito bem na exigência de mudança de postura da sua equipa para a segunda parte. Isto para além de ter estado bem na troca de Gonçalo paciência por Tiquinho Soares.

Negativo: O jogo era quase quem em exclusivo para se cumpri calendário, mas diante de tão fraco Vitória exigia-se uma primeira parte muito melhor da parte do FC Porto. 
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado (12/05/2018)

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