domingo, 29 de julho de 2018

Faltou o “sal” numa boa partida de futebol

imagem retirada de zerozero
Estive hoje no Estádio do Dragão para ver, in loco, a apresentação do Futebol Clube do Porto aos sues associados e adeptos. Se estava à espera de ver uma boa partida de futebol? Não. Claro que não. Estamos na pré-época. O que eu não esperava era por esta altura ver uma equipa azul e branca com boas ideias de jogo. O problema da partida de hoje esteve, tão simplesmente, na forma - ainda - algo atabalhoada como se processa o futebol portista ao longo dos 90 e poucos minutos. Ainda há muito “repelão”, alguma bola infantilmente perdida e uma lentíssima movimentação entre linhas. A juntar a tudo tivemos aquele azar “NESiano” na hora de se rematar à baliza adversária, pois se não era o guarda-redes a fazer o impossível, eis que surgia o poste ou a aselhice dos atletas de azul e branco vestido impediram que hoje os Dragões tivessem alcançado uma justa vitória.

Não quero ser optimista (e muito menos pessimista). Estes jogos de preparação valem o que valem é verdade, mas tenho de ser honesto e confessar que gostei de algumas coisas que vi. Repito o que já aqui disse, as ideias desta época de Sérgio Conceição parecem estar lá e tudo indicia que vamos ter um Dragão bem mais racional na hora de “atacar” a baliza da equipa adversária. Resta é saber se esta forma de estar em campo será suficiente para se vencer novamente o nosso campeonato e, ao mesmo tempo, fazer melhor figura na Europa do futebol do que na época transacta.

De resto creio que é uma boa ideia a aposta num onze com um lateral mais ofensivo (Alex Telles) e um lateral menos ofensivo (Maxi Pereira). Tal permite á equipa posicionar-se com outra segurança em campo, fazendo da circulação da bola a sua maior arma. O problema está naquilo que já aqui falei: maior velocidade nas transposições entre linhas. Tal pode muito bem ser apenas um mal próprio da altura da época em que nos encontramos, mas se o Sérgio conseguir melhorar este aspecto, então penso que iremos ter um Dragão bem mais forte esta temporada. Pelo menos mais racional e equilibrado entre sectores.

Vamos a ver como isto irá correr no próximo jogo (já a “doer”!) diante do CD Aves. Estas primeiras partidas “a sério” Vão ser determinantes para toda a nova época. O que não invalida que não tenha gostado do que vi hoje.

E já agora, se este mesmo Newcastle United FC jogar desta forma na “sua” Premier League, o mais normal é este “levar” (e de que maneira!) dos seus adversários. Ou isto muda ou então não me acredito que consigam a tão desejada manutenção.

MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Alvo de uma marcação homem a homem implacável, o internacional maliano destacou-se, essencialmente, pela sua enorme capacidade de trabalho. Capacidade que serviu para “fazer a cabeça em água” aos defensores da equipa inglesa que viram em Marega um perigo constante para a sua baliza enquanto este esteve em campo. Faltou-lhe o golo, mas hoje estava escrito que ninguém marcaria.

Chave do Jogo: Inexistente. O Newcastle United nunca mostrou ter capacidade para dominar o jogo e o FC Porto, por muito que tenha trabalhado para isto, não conseguiu verdadeiramente criar um lance que fizesse com que o desfecho final lhe fosse favorável.

Arbitragem: Arbitragem típica de jogo de pré temporada.

Positivo: Felipe/Diogo Leite (mais uma vez!). Mais uma excelente prestação da dupla Felipe/Leite. Se a equipa britânica foi muitas vezes obrigada a lateralizar o seu futebol de ataque foi muito porque esta dupla lhe barrou sempre o caminho na zona central.

Negativo: Ausência de Oliver. O pequeno internacional espanhol não é um portento em termos fiscos, mas tem uma qualidade de passe e leitura de jogo acima da média. Merecia bem mais oportunidades de comandar o meio campo portista do que o Otávio e o Herrera.

Artigo publicado no blog o gato no telhado (28/07/2018)

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