sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Era escusado

imagem retirada de zerozero
Vitória lusa em território polaco faz com que a qualificação para a fase a eliminar da Liga das Nações (UEFA Nations League) seja uma realidade com o acréscimo de que a qualificação para o próximo Europeu está, também ela, quase que garantida. Este é um dos aspectos positivos que retiro da partida que se realizou em solo polaco (mais concretamente no Stadion Slaski).

Para mais tenho de deixar aqui bem claro que gostei mesmo muito da reacção da nossa equipa quando se encontrou em desvantagem no marcador. Liderada por um fantástico Bernardo Silva (que enorme jogador!) na faixa direita, a nossa selecção foi para cima da equipa da casa e impôs o seu futebol. A ajudar ao caso esteve um cada vez mais “matador” André Silva (os “ares” de Espanha estão-lhe a fazer bem) e a Deusa da Fortuna que protegeu os nossos audazes rapazes aquando da marcação do segundo golo luso.

O problema esteve – lamentavelmente, digo eu – quando Portugal estava a vencer por 3 a 1 e Fernando Santos resolveu apostar no flop mais mediático de sempre da história do nosso futebol. Diante de uma equipa que por opção e forma natural de estar (digo eu) aposta num meio campo bem povoado e nas transições rápidas, colocar em campo um jogador que não sabe o que é vir atrás recuperar uma bola é o mesmo que dar o flanco ao adversário numa batalha decisiva. Renato Sanches é um jogador sobrevalorizado que tem como principal vantagem o facto de ser Senhor de um físico e técnica que lhe permite arrancar em força com a bola nos pés… O problema é que do “outro lado da barricada” estava uma equipa que em termos de físico e técnica não fica atrás do Renato… Daí que este tenha acabado por ser um “estorvo” e uma menos valia de um meio campo português que pretendia, naturalmente, controlar o meio campo dado que a vantagem de dois golos a isto lhe permitia. Felizmente Fernando Santos não é nenhum tolo nestas coisas do futebol e com a entrada de Danilo Pereira em campo este “emendou a mão” dado que Portugal conseguiu controlar o meio campo e colocar um ponto final nas perigosíssimas transições rápidas da equipa polaca.

Mas atenção. A aposta fora de tempo em Renato Sanches não justifica, de forma alguma, o tremendo erro da defesa portuguesa no segundo golo polaco… Está bem que muitos dos que jogaram hoje são atletas jovens que ainda tem muito para aprender, mas fossem outras as circunstâncias e lá se ia a margem de erro porque “são jovens”.

Em suma; missão cumprida, mas era escusado ter-se passado por aquela recta final da partida. Que sirva de lição para o que aí vem.

MVP (Most Valuable Player): Bernardo Silva. Nunca me canso de ver este atleta a jogar. Classe, técnica, remate fantástico, físico invejável e uma calma olímpica em qualquer situação de jogo. Este foi o Bernardo que tive o prazer de ver a jogar na Polónia com a camisola da nossa selecção, Marcou um “golaço” e fez a assistência que permitiu a André Silva empatar o jogo. Decididamente o MVP deste jogo sem sombra de qualquer dúvida.

Chave do Jogo: A entrada de Danilo Pereira. A entrada do internacional português fez com que a equipa de Todos Nós voltasse a tomar o pulso a uma partida cujo controle tinha perdido, acabando, desta forma, com a “fúria” de uma equipa polaca que acreditava piamente num empate a três golos.

Arbitragem: Del Cerro Grande começou muito bem, deixando jogar, sem muitas paragens, mas acaba por deixar muitas dúvidas num lance que poderia ter saído muito caro a Portugal. Por altura do segundo golo da Polónia, fica a ideia de que o lance é antecedido de uma bola fora. A equipa de arbitragem assim não entendeu e deixou seguir até ao golo.

Positivo: André Silva. E havia quem há uns tempos apontasse o seu injusto dedo acusador ao “matador” de Portugal. O jovem ponta de lança português continua a “dar cartas” em campo e a calar muita gente.

Negativo: Fernando Santos. A “tara” de Fernando Santos pelo Renato Flop Sanches ia custando uma vitória portuguesa em solo polaco. Nunca vou perceber a adoração do Mister por um atleta que só tem trancinhas para exibir. 
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado (11/10/2018)

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