segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Os serviços mínimos do costume

imagem retirada de zerozero
Começa a ser um hábito ver este Futebol Clube do Porto a ter de sofrer bastante para vencer. E o problema mais latente até que nem é o começar a partida a perder por uma bola a zero como sucedeu – mais uma vez! – hoje. É antes o dar-se a volta ao marcador, colocar-se em vantagem e não se conseguir controlar o jogo mesmo tendo em campo melhores unidades do que a equipa adversária.

Este tem sido um problema recorrente. Especialmente – repito – quando os azuis e brancos defrontam uma equipa organizada. Podemos dizer que a problemática passa, em parte, pela escassez de opções no plantel portista dado que o único jogador com capacidade para “colocar a bola no congelador” é Oliver Torres (e este até que nem está - novamente - na sua melhor fase), mas estou e crer que a ideia de jogo que Sérgio Conceição escolhe para os jogos do nosso campeonato colocam, algumas vezes, a vitória em risco. Digo isto porque hoje Sérgio fez as substituições que se exigiam numa partida que estava a ficar complicada. Com a equipa de Vila do Conde a não desistia de tentar o empate a dois, ter-se feito entrar Óliver e mudado o esquema táctico para um 4x3x3 mais racional e de posse com as entradas de Adrian López e Hernâni foi a melhor coisa que Sérgio conceição poderia ter feito. Contudo, a meu ver, tal é um reconhecimento de que esta coisa do “todos para cima deles até à exaustão” é um tremendo exagero. A equipa portista parece estar “estourada” em termos físicos e ainda nem chegamos a meio da época.

Contudo o mais importante foi alcançado. Com esta vitória de hoje, o FC Porto iguala o seu recorde de 15 vitórias seguidas! É um feito que merece ser destacado e cujo mérito é de Sérgio Conceição, equipa técnica e actual plantel. Já endeusar e bajular o dito até á exaustão é que não deve ser até porque é sempre perigoso criar-se a ilusão de que tudo está bem quando todos sabemos que ainda há muito campeonato para se disputar.

Segue-se agora um jogo treino no Estádio do Jamor diante de um tal de “Belenenses SAD”. A importância do dito é relativa porque a mais mentirosa competição de futebol do nosso país não merece senão o desprezo total do comum dos adeptos, contudo este poderá vir a ser importante dado que as paragens do Natal costumam fazer mossa no Dragão. A ver vamos o que vai acontecer.

MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. O espelho da exibição do FC Porto diante do Rio Ave FC. Muita força, pouca técnica e muito querer, a fórmula que permitiu aos Dragões vencer hoje e manter-se na liderança isolada da Liga NOS. Não tivesse Marega tido aquela arrancada e entrado em força na linha defensiva vila-condense e muito dificilmente os portistas teriam vencido hoje. Daí o este ser, para mim, o MVP desta +partida.

Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum alguma das equipas em campo foi capaz de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse, em definitivo, para o seu lado.

Arbitragem: Arbitragem bem conseguida de Tiago Martins, sem ceder a fitas dos jogadores ou a pressão vinda de fora. Análise e opinião de Luís Rocha Rodrigues (jornalista do site zerozero).

Positivo: As substituições de Sérgio. Já aqui o disse e volto a repetir que o factor positivo deste jogo foi a capacidade do treinador do FC Porto em perceber que o seu sistema do “tudo para a frente” nem sempre é solução.

Negativo: Correr até à exaustão. Correr feito doido até que pode fazer o gosto de muitos adeptos, mas é irrealista e apenas gera vitórias sofridas como as de hoje. A rever até porque ainda há muito jogo para se disputar até à tão querida renovação do título de campeão.

Artigo publicado no bolg o gato no telhado (23/12/2018)

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