A grande aposta de Luís Filipe Vieira para este ano é Vítor Pereira o senhor que conduz a arbitragem sem ter que dar satisfações a ninguém, seja na Liga ou, como toda a gente já percebeu, na futura estrutura de Arbitragem da Federação. O engraçado comentador benfiquista Rui Silva do programa Dia Seguinte das segundas-feiras já não consegue esconder a sua simpatia pelo senhor.
Presumivelmente Sportinguista o homem que como árbitro nunca passou da mediania, pese embora a boa imprensa lisboeta que sempre teve (leia-se, a Bola e o Record), anda há anos a vegetar pelas estruturas da arbitragem, antes como árbitro, depois como “instrutor” (?) dos seus comparsas com os resultados desastrosos que se conhecem e, por ultimo, na Liga onde “trabalhou” à rédea solta nas famosas nomeações cirúrgicas. Estas, não são mais do que “escolher” para os jogos da “instituição” os árbitros que tendenciosamente a favorecem e, ao contrário, para os seus dois mais directos rivais, despacha os Paixões e os Xistras, cãezinhos amestrados que às vezes, por ironia do destino, “não reconhecem o dono”.
O mais engraçado desta situação é que são os próprios árbitros, os primeiros a terem razão de queixa, por serem “atirados ás feras” todos os fins-de-semana. Essa foi uma das razões que levou o “pode-ser-o-João” a recusar-se a apitar o famoso jogo da 2ª jornada da Liga, Beira-Mar X Sporting. É tradicional a grande rivalidade entre os dois circos da Segunda Circular. Ora, nomear um benfiquista para um jogo do Sporting, é mesmo atirar com o homem para a fogueira. E o senhor Vítor Pereira ficou a falar sozinho quando depois outros árbitros internacionais, se recusaram a dirigir jogos dos
Calimeros. Já toda a gente percebeu que Vítor Pereira se ajoelha aos pés do clube do regime. No ano passado quando o clube mais-maior-grande-do-mundo reuniu num almoço os Fernandos Guerras do regime para que nos seus pasquins dessem destaque às asneiras dos árbitros sempre que prejudicassem o clube, logo o senhor apareceu, de cinco em cinco jornadas, de corda ao pescoço a dar umas explicações esfarrapadas.
Por tudo isto, só há uma coisa que ainda não percebi ou, melhor dizendo, até tenho medo de perceber. Porque motivo o Dr. Fernando Gomes, reconhecidamente o melhor candidato que poderia ter aparecido para dirigir uma Federação completamente fossilizada por anos e anos de compadrios, negociatas e incompetentes, vai ter que engolir estes 2 sapos: Hermínio Loureiro, e Vítor Pereira? Terá sido alguma encomenda?
Termino esta trilogia de crónicas dedicadas às eleições na FPF, com uma análise sucinta sobre a apresentação oficial das candidaturas. Factos mais salientes: além da desistência de António Sequeira e as “contratações” de ultima hora com apoios sonantes para os candidatos Fernando Gomes (JoãoVieira Pinto) e para Carlos Marta (Carlos Ribeiro), fica uma novidade que não augura nada de bom para o lado dos Calimeros, ou seja, o apoio de Luís Duque ao estranho dueto, Carlos Marta/Toni. Não deveria o empregado da SAD leonina estar sintonizado com as escolhas do seu Presidente, e concordar com a preferência de Godinho Lopes por Fernando Gomes, e Humberto Coelho?
Nas listas para a Arbitragem, reina a confusão. Assim, a candidatura de Fernando Gomes alinha com o seguinte quinteto: Vítor Pereira (?), Domingos Gomes, António Silva, Elmano Santos (?), e José Pratas, que se vai bater com os cinco da APAF (apoiados por Carlos Marta): Luís Guilherme, Lucílio Baptista (?), Vítor Carvalho, Joaquim Matias, e Armando Ferreira). Como é provável que nenhuma fará o pleno, através do método de Hondt, são escolhidos entre os 10 candidatos, os 5 mais votados independentemente da lista pela qual concorrem. Assim, bastará um voto na lista da APAF, para Lucílio Baptista, o pior árbitro português de sempre, ficar no Conselho.
Como, pelo regulamento eleitoral, os candidatos ao lugar de presidente não podem ser cooptados, o primeiro a entrar pela lista da APAF/ Carlos Marta poderá ser o “criador” da Taça Lucílio Baptista, que tem sido o abono da família da “instituição”.
Claro que a esta jogada não é alheia a presença do grande derrotado destas eleições, Fernando Seara, que por trás das cortinas movimenta as marionetas. Resumindo e concluindo: todo o elenco da Direcção e Assembleia-geral da lista de Fernando Gomes será o vencedor (aqui não funciona o método de Hondt, vencerá a lista que tiver mais votos) e, no Conselho de Arbitragem, vão ficar candidatos das duas listas.
Até para a semana
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