A expectativa era enorme para o clássico da 21ª Jornada. SL Benfica e FC Porto entraram para esta ronda empatados na liderança mas são os Campeões Nacionais que saem na frente do Campeonato, com mais três pontos que os Encarnados e com vantagem no tão falado confronto directo.
Num jogo que se dizia que valia quatro pontos, os dois grandes rivais do Campeonato Português protagonizaram um excelente espectáculo de futebol e que só engrandece a Liga e a luta pelo título.
Duas equipas a jogar com vontade de ganhar, grandes golos, reviravoltas no marcador, emoção e futebol positivo foram ingredientes presentes no clássico, cujo triunfo sorriu ao FC Porto, com Maicon, aos 87 minutos, a oferecer a liderança isolada aos Dragões.
Uma entrada à Dragão permitiu ao FC Porto surpreender o Benfica no Estádio da Luz e praticamente dominar o jogo nos primeiros 15 minutos. Com a defesa subida, mais posse de bola e muito forte na recuperação da mesma, a equipa de Vítor Pereira entrou a dominar e rapidamente chegou ao golo.
Foram precisos sete minutos para Hulk soltar uma bomba verdadeiramente incrível que só terminou no fundo da baliza de Artur Moraes, guarda-redes que bem tentou mas nada pôde fazer para evitar o golo dos Campeões Nacionais. Num lance que começou em Fernando, em mais uma recuperação de bola, Hulk, na direita, puxou o esférico para o pé esquerdo e com um remate de fora da área inaugurou o marcador.
A entrada forte e personalizada sem dúvida que surpreendeu o Benfica, que praticamente entrou no jogo aos 15 minutos, quando já perdia por 0 x 1. Mas as Àguias acordaram e aos poucos conseguiram subir mais no terreno e fazer recuar o FC Porto, ganhando mais luta no meio-campo.
Com isso, criou a primeira ocasião de perigo por intermédio de Cardozo, mas o Paraguaio, com a defesa dos Azuis e Brancos a pedir fora de jogo, permitiu a Helton brilhar com uma excelente defesa, que manteve o 1 x 0 no marcador.
Após a oportunidade de Cardozo, os comandados de Jorge Jesus imprimiram velocidade no jogo, o FC Porto ressentiu-se e teve que recorrer às faltas, com três jogadores (Álvaro Pereira, Rolando e Otamendi) a serem admoestados com o cartão amarelo.
À passagem da primeira meia hora, com o Benfica melhor, Aimar, de cabeça, voltou a estar perto de marcar, mas as oportunidades mais claras de golo foram do FC Porto aos 35 minutos, com Janko e Álvaro Pereira a verem Artur Moraes, por duas vezes consecutivas, a negar o 0 x 2.
Apenas dois minutos depois foi a vez de João Moutinho ficar perto de marcar, com a bola a raspar na barra antes de sair através da marcação de um livre, e tanto desperdício em tão pouco tempo deu em dissabor, pois, ao minuto 41, Cardozo restabeleceu o empate.
Num lance com alguma sorte, a bola chegou até Cardozo que, marcado por Janko mas apenas com Helton pela frente, rematou com força de pé esquerdo e devolveu a igualdade aos encarnados, um resultado justo que se registava ao intervalo, tendo em conta o domínio repartido do bom jogo a que se assistiu nos primeiros 45 minutos, com ambas as equipas a mostrarem que queriam os três pontos e a liderança isolada.
Melhor início de segunda parte para o Benfica era impossível. Três minutos jogados e Oscar Cardozo, de cabeça, deu o melhor seguimento a um livre de Pablo Aimar e colocou os encarnados pela primeira vez em vantagem.
Após ter iniciado o jogo quase a perder, nos primeiros minutos do segundo tempo a equipa de Jorge Jesus conseguiu dar a cambalhota no marcador e ser superior ao FC Porto em campo.
Órfão de Lucho no meio-campo e de Hulk na ala, os forasteiros sentiram muitas dificuldades para sacudir o jogo ofensivo das águias, que, no entanto, tiveram o primeiro revés com a saída de Aimar lesionado.
Não gostando do que via, Vítor Pereira, aos 58 minutos arriscou. Colocou James Rodríguez em campo, tirou Rolando, deslocou Djalma para lateral-direito e passou Maicon para o lado de Otamendi.
O treinador do FC Porto teve coragem e foi recompensado seis minutos depois, pois foi o colombiano que chegou esta madrugada a Lisboa a fazer o 2x2. Num lance em que o Benfica tinha uma vantagem de quatro avançados para dois defesas, Fernando, tal como no primeiro golo, recuperou a bola e James conduziu o contra-ataque. À entrada da área encarnada, tabelou com Fernando e, de pé esquerdo, rematou, sem hipótese para Artur e restabeleceu o empate.
A partir da igualdade, os dragões passaram a controlar mais o meio-campo e era a vez do Benfica, que entretanto também ficou sem Garay por lesão e sem Emerson que foi expulso, correr atrás da bola.
Com mais um jogador, o FC Porto mostrou que estava na Luz para ganhar o jogo e Vítor Pereira mostrou isso, tirando João Moutinho e colocando Kléber em campo.
Mas foi num lance de bola parada que os forasteiros chegaram à vitória, com Maicon a cabecear para o terceiro golo, que confirmou mais uma reviravolta no marcador e a liderança isolada do FC Porto.
Melhor em Campo. Fernando
3 comentários:
Não sei se repararam mas Maxi Pereira cuspe em James Rodriguez assim que o arbitro apita para o final do jogo, se alguém tiver gravado o jogo que reveja essas imagens!! É importante!!
@The Blue One,até me espanta que não tenhas escolhido o Maicon para melhor em campo.;)
Foi um grande jogo de futebol.Com muita emoção,com as duas equipas a jogarem para ganhar.Pena que os derrotados tenham tentado encontrar desculpas na arbitragem quando o árbitro errou para os dois lados (vide penalti de Cardozo por marcar antes do golo em fora de jogo do Maicon).
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Uma ressalva para o Vítor Pereira. Errou no início do jogo, a escolha de Djalma foi um erro. Ele cometeu vários erros e a bola queima-lhe muito.E errou ao colocar o central em melhor forma do Porto a jogar a lateral direito.
No entanto,quando chegou a desvantagem não sei o que deu a VP.Ficou possuído.
Tirou um central para colocar James,passou um extremo para lateral direito, depois com o resultado em 2-2 o que até não era mau ele demonstra vontade férrea na vitória e ainda lança Kleber no lugar de Moutinho.
Arriscou muito e até achei que poderia ser em demasia,mas o risco compensou.
Acho que o melhor em campo foi o James. A sua entrada foi o momento decisivo do jogo para o Porto.
Ele demonstrou o que é um jogador à Porto. Depois de 15 horas de viagem e 80 minutos nas pernas, chegou,jogou e decidiu. Um golo de enorme classe e é ele que comanda a equipa e ainda marca o canto que dá o 3º golo.
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Maicon quando passa para central faz um jogo incrível e é recompensado com o golo da vitória.
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Só espero que agora o VP não repita sempre o mesmo onze e deixe o Maicon a lateral direito e o James de fora...
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Um abraço.
Foi um jogo bem conseguido, e, é justo dizê-lo, com uma óptima leitura de Vítor Pereira. Confesso que torci o nariz quando vi Maicon de novo na lateral direita, quando me parecia que deveria iniciar a central para contrariar a maior estatura de Cardozo, em relação a Otamendi. Mas percebi a ideia do treinador. Preferiu o equilíbrio defensivo já que a tendência do constante adiantamento de Palito, aconselhava o outro lateral menos subido. Djalma na esquerda foi nitidamente para compensar os avanços de A.Pereira e tentar travar os de Maxi.
Até nas substituições VP esteve à campeão. Arriscou e petiscou. Eu que não sou um particular fã do treinador dou-lhe os meus parabéns muito sinceros. Espero que este desempenho tenha sido a regra para manter. Se assim for ninguém ousará criticá-lo de novo.
Justa vitória, conquistada com todo o mérito e muita raça. O caminho fica aberto para a renovação do título, mas é preciso manter os pés bem firmes na terra. Há ainda caminho difícil para desbravar. Não percamos a serenidade.
Um abraço
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