quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Haja um James para arrombar o cofre

James Rodríguez resolveu aos 83 minutos aquilo que o FC Porto devia ter arrumado muito mais cedo. Os Dragões bateram o Paris SG por 1 x 0, na 2ª jornada da Liga dos Campeões, e assumem com isso a liderança do Grupo A.
Se Carlo Ancelotti viajou da Cidade Luz com a curiosidade de ver o FC Porto, ao intervalo do desafio no Dragão já levava que contar aos seus jogadores. A entrada em jogo dos Portugueses foi avassaladora e ao longo dos primeiros 45 minutos repetiram-se os lances de perigo junto à baliza de Sirigu. Ainda assim, o aniversariante Ibrahimovic nunca deixou que os Portistas se entusiasmassem e foram dele as melhores acções do PSG.
Mas primeiro o FC Porto. Em País de austeridade, os milhões de Paris não passaram com facilidade; aquela postura Portista foi o cabo dos trabalhos para um PSG desconfiado, que deixou Pastore e Lavezzi no banco e apostou em três médios com tração atrás. Mas nem assim, porque de uma assentada contam-se seis ocasiões flagrantes do FC Porto só na primeira metade do jogo.
Começou com um desvio de James Rodriguez logo aos três minutos que acabou nas mãos de Sirigiu e prosseguiu segundos depois com um tiro de Moutinho à malha lateral. Os primeiros cinco minutos foram diabólicos e só não culminaram com a vantagem Portista por mero acaso. Do acaso acabou por nascer a primeira situação Francesa: Helton entregou mal e Nenê cruzou perfeitinho para a cabeça de Ibrahimovic. O cabeceamento do Sueco levava selo de golo, mas também uns centímetros de erro no cálculo.
Verratti apresentava-se ao Porto como o "motor" do jogo Parisiense e durante alguns minutos a equipa de Ancelotti respirou melhor, até sofrer novo susto aos 17 minutos, quando João Moutinho tirou tinta ao poste direito. Mas com Ibra, nunca se sabe e pouco depois o Dragão ficou em suspenso. De repente, o avançado Sueco apareceu isolado mas quis desembrulhar um presente especial; era um golo de anatologia, aquele de calcanhar, mas Helton sacudiu para canto.
Sempre com Ibra no retrovisor, o FC Porto procurou a felicidade na frente, mas Jackson, também ele de parabéns, errou o alvo depois de aparecer na pequena área a cabecear. Antes dele, James tinha visto Sirigu negar-lhe o golo que, diga-se, assentava que nem uma luva à superioridade Portista na primeira parte. Parte que acabou envolta em polémica: Ibrahimovic – quem mais – isolou-se mas Howard Webb travou-o para assinalar falta a favor do... PSG. Falhou na lei da vantagem o juiz Inglês e o FC Porto livrou-se de um golo quase feito.
Assim como na primeira, foi a segunda. O PSG andou às voltas com nova entrada vertiginosa do FC Porto, parente "pobre" no estatuto financeiro mas que nem por isso deixou de esbanjar "à rico" o que podia – e devia – ter sido um resultado bem diferente. Da lentidão de Jackson (52’) ao remate à meia volta de James (59’), até à defesa de Sirigu aos pés de Varela (60’), a superioridade Portista jamais se traduziu no mais importante e mais rentável às aspirações Azuis e Brancas: golos. Sim, no plural, porque o Dragão teve crédito para isso e muito mais, mas gastou "à toa" perante um milionário que nunca se importou de sair do Dragão com as sobras pontuais.
Mas há mais. Atsu, por exemplo, acabado de entrar não perdeu tempo em alistar-se no role dos perdulários, nomeadamente aos 79 minutos, permitindo nova defesa a Sirigu; tudo isto num encontro que só teve dois sentidos ao longo de 90 minutos: o do topo norte na primeira parte e o do sul na segunda. É certo que pontualmente o PSG subia, mas apenas para visitas inofensivas à baliza de Helton. 
Foram 83 minutos de espera nervosa nas bancadas do Dragão. A superioridade Portista parecia não encontrar correspondência no mais importante, até que James Rodríguez desatou o nó que o próprio FC Porto tinha criado nos minutos anteriores. O Colombiano finalizou com um belo remate de pé esquerdo ao poste mais distante uma bola que sobrevoou a área do PSG e lhe caiu no pé que mais gosta. Mérito também para João Moutinho, construtor do lance no flanco esquerdo que acabou por valer o triunfo Azul e Branco.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: João Moutinho

2 comentários:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Foi no fundo a vitória do colectivismo ainda que o resultado tenha sido colorido com uma autêntica obra de arte de James.

Quando se joga com esta atitude, o mais provável é ganhar. Pena foi a ineficácia no remate, que a não acontecer, transformaria este magro resultado num outro mais amplo e mais justo.

Apesar de tudo, ainda houve algumas falhas defensivas de «palmatória», felizmente sem consequências, mas que convém não repetir.

Estão todos de parabéns e espero que daqui para a frente todos se empenhem da mesma forma, seja que adversário for.

Um abraço

Penta disse...

caríssimas(os),

num dia a todos os níveis frustrante, só mesmo o nosso FC Porto nos conseguiu dar uma alegria e encher-nos de orgulho!

que a exibição de ontem tenha continuidade já no próximo encontro, é o que mais desejo!


somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II