Na antecâmara de Málaga, o FC Porto não perdeu a cabeça nas tarefas internas e bateu o Estoril Praia por 2 x 0, no jogo que abriu a cortina da jornada 22 do Campeonato Português. Para já, há liderança à condição no Dragão, sobrando para o Benfica a resposta ao desafio Portista.
A ponte era tão antiga quanto traiçoeira, a que liga o quotidiano da bola nacional e o charme do palco maior do futebol europeu: a Liga dos Campeões. O FC Porto, líder deposto há uma semana, precisava de a correr esta sexta-feira à noite, começando na ponta amarela do Estoril Praia antes de poder virar a cabeça na direção de Málaga. Havia perigo, mas o Dragão mostrou passos firmes e seguros desde o primeiro metro, resolvendo a travessia sem problemas.
Antes do jogo, os intervenientes. Após quatro jogos a lançá-lo a “conta-gotas”, Vítor Pereira decidiu entregar a titularidade a James Rodríguez e quem pagou com o lugar foi o russo Izmaylov. Novidade também na outra ala, onde o ganês Atsu mereceu prioridade à frente de Silvestre Varela. Vítor Pereira queria mais velocidade, mais verticalidade, depois do nulo em Alvalade e de exibições menos fulgurantes.
Posto isto, a história do FC Porto que atravessou a ponte sem problemas, fruto de um início de caminhada decidido e imperial. Os primeiros minutos mostraram a intenção, o quarto e o 14º confirmaram a entrada forte. Primeiro foi Maicon a subir mais alto que o oponente «Canarinho» e a desviar o canto batido por James Rodríguez para golo; depois foi Jackson Martínez a converter a grande penalidade que castigou a mão de Mano.
Tudo simples, tudo fácil, tudo resolvido. Que sossego de serão para Vítor Pereira, que aos 15 minutos da travessia já via sem preocupação o La Rosaleda, do outro lado da ponte, a quatro dias de caminho e com os quartos-de-final da Liga dos Campeões como destino do roteiro Portista.
Nesta caminhada que se previa a dois na noite do Porto, nem houve tempo para o agradável Estoril Praia desta época se ambientar e ajustar ao jogo. Perdeu-se na entrada e nunca mais encontrou o caminho de volta à estrada desta ponte. Da primeira parte sobra, por exemplo, um livre de Carlos Eduardo ao poste (39’), mas nada mais.
Do outro lado, previsível à distância de uma viagem a Málaga, o FC Porto travou o ritmo do jogo, sentindo-o seguro depois do duplo golpe madrugador. Abrandou-o para rotações sonolentas e Vítor Pereira não gostava – pelo menos foram esses os sinais; e os adeptos muito menos, manifestando um descontentamento de luxo sobre uma vantagem que lhes roubou o espetáculo cedo de mais.
Para lá da gestão activa em campo desde o minuto 15, o FC Porto assumiu declaradamente nos primeiros minutos do segundo tempo que o jogo estava talhado à medida para poupanças nas peças-chave, já a pensar no desafio em Málaga, na próxima quarta-feira; assim o confirmaram as saídas, primeiro de Lucho González e James Rodríguez, aos 56 minutos, e depois de Steven Defour, aos 70’.
Entre tudo isto – e para lá disto – viu-se um jogo com sentença ditada nos primórdios desta história. Sem verdadeiras ocasiões de perigo de parte a parte - com excepção a um cruzamento de Varela (84') que Jefferson quase desviava para autogolo -, o FC Porto jogou sempre com o futuro próximo em mente e o Estoril quase nunca foi capaz de espalhar um pouco do futebol que o tem notabilizado em 2012/13. Ficam os três pontos na Invicta e o transfer de pressão para a Capital, onde no Domingo o Benfica recebe o Gil Vicente em busca de uma liderança temporariamente perdida.
Retirado de zerozero
A ponte era tão antiga quanto traiçoeira, a que liga o quotidiano da bola nacional e o charme do palco maior do futebol europeu: a Liga dos Campeões. O FC Porto, líder deposto há uma semana, precisava de a correr esta sexta-feira à noite, começando na ponta amarela do Estoril Praia antes de poder virar a cabeça na direção de Málaga. Havia perigo, mas o Dragão mostrou passos firmes e seguros desde o primeiro metro, resolvendo a travessia sem problemas.
Antes do jogo, os intervenientes. Após quatro jogos a lançá-lo a “conta-gotas”, Vítor Pereira decidiu entregar a titularidade a James Rodríguez e quem pagou com o lugar foi o russo Izmaylov. Novidade também na outra ala, onde o ganês Atsu mereceu prioridade à frente de Silvestre Varela. Vítor Pereira queria mais velocidade, mais verticalidade, depois do nulo em Alvalade e de exibições menos fulgurantes.
Posto isto, a história do FC Porto que atravessou a ponte sem problemas, fruto de um início de caminhada decidido e imperial. Os primeiros minutos mostraram a intenção, o quarto e o 14º confirmaram a entrada forte. Primeiro foi Maicon a subir mais alto que o oponente «Canarinho» e a desviar o canto batido por James Rodríguez para golo; depois foi Jackson Martínez a converter a grande penalidade que castigou a mão de Mano.
Tudo simples, tudo fácil, tudo resolvido. Que sossego de serão para Vítor Pereira, que aos 15 minutos da travessia já via sem preocupação o La Rosaleda, do outro lado da ponte, a quatro dias de caminho e com os quartos-de-final da Liga dos Campeões como destino do roteiro Portista.
Nesta caminhada que se previa a dois na noite do Porto, nem houve tempo para o agradável Estoril Praia desta época se ambientar e ajustar ao jogo. Perdeu-se na entrada e nunca mais encontrou o caminho de volta à estrada desta ponte. Da primeira parte sobra, por exemplo, um livre de Carlos Eduardo ao poste (39’), mas nada mais.
Do outro lado, previsível à distância de uma viagem a Málaga, o FC Porto travou o ritmo do jogo, sentindo-o seguro depois do duplo golpe madrugador. Abrandou-o para rotações sonolentas e Vítor Pereira não gostava – pelo menos foram esses os sinais; e os adeptos muito menos, manifestando um descontentamento de luxo sobre uma vantagem que lhes roubou o espetáculo cedo de mais.
Para lá da gestão activa em campo desde o minuto 15, o FC Porto assumiu declaradamente nos primeiros minutos do segundo tempo que o jogo estava talhado à medida para poupanças nas peças-chave, já a pensar no desafio em Málaga, na próxima quarta-feira; assim o confirmaram as saídas, primeiro de Lucho González e James Rodríguez, aos 56 minutos, e depois de Steven Defour, aos 70’.
Entre tudo isto – e para lá disto – viu-se um jogo com sentença ditada nos primórdios desta história. Sem verdadeiras ocasiões de perigo de parte a parte - com excepção a um cruzamento de Varela (84') que Jefferson quase desviava para autogolo -, o FC Porto jogou sempre com o futuro próximo em mente e o Estoril quase nunca foi capaz de espalhar um pouco do futebol que o tem notabilizado em 2012/13. Ficam os três pontos na Invicta e o transfer de pressão para a Capital, onde no Domingo o Benfica recebe o Gil Vicente em busca de uma liderança temporariamente perdida.
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Christian Atsu
1 comentário:
Depois de um calendário rigoroso e antes de um jogo para a Champions, não me choca este tipo de exibições, tanto mais que ela aconteceu depois de quase garantida a vitória.
É verdade que esta equipa, mesmo em poupança, tinha a obrigação de oferecer melhor espectáculo.
Agora todos esperamos um bom desempenho frente ao Málaga, até para justificar de algum modo esta economia de esforço.
Um abraço
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