segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ao menos acabou bem

O FC Porto largou muitas gotas de suor para conseguir arrecadar os três pontos no Estádio do Bonfim, que fervilhou na segunda parte devido a algumas decisões de João Capela. Os Dragões demoraram a mostrar estofo ofensivo e erraram várias vezes defensivamente, numa partida em que Kieszek foi expulso no momento da inversão da partida e na qual Josué voltou a somar pontos.
 
Paulo Fonseca surpreendeu ao apostar em Josué, uma opção que, ainda assim, não era tão imprevisível como isso, atendendo a que o número oito dos Dragões foi recuperado para o futebol pelo técnico em Paços de Ferreira. O jogador foi aposta em virtude de Silvestre Varela não ter recuperado da lesão, ele que nem sequer figurou na ficha de jogo, tendo sido substituído à última hora por Carlos Eduardo.
 
O jogo começou com muito FC Porto e com um Vitória de Setúbal que logo aceitou a supremacia do adversário e manteve a contenção defensiva enquanto os Dragões mantinham a avalanche inicial.
 
Rúben Vezo foi o primeiro grande protagonista. Jackson fez tudo bem, inclusivamente o toque para a baliza, mas o defesa Setubalense tirou a bola em cima (mesmo em cima!) da linha de golo, decorridos que estavam quatro minutos.
 
Contudo, após os primeiros dez minutos, e na primeira vez que o Vitória chegou à baliza de Helton, ainda deu hipóteses ao guardião de brilhar, mas Rafael Martins foi certeiro na recarga e colocou os homens da casa na frente.
 
O FC Porto acusou em demasia o golo e demorou muito tempo a reagir, enquanto que o Vitória se ia galvanizando com o resultado, passando a ser uma equipa atrevida e que equilibrou o jogo em lances ofensivos.
 
Aliás, só perto do intervalo os comandados por Paulo Fonseca desempataram em oportunidades de golo (3 contra 4), mas não estavam a ser nada convincentes para quem assistia à partida, num jogo que contou com muito apoio dos Setubalenses, que acorreram em massa ao Bonfim.
 
O segundo tempo abriu com um FC Porto que continuou a tardar em sufocar o adversário, como se exigia a uma equipa que é Tricampeã Nacional, mas o golo surgiu cedo e o filme do jogo mudou depois desse lance.
 
João Capela assinalou falta de Dani sobre Jackson dentro da área e consequente grande penalidade. Nem o Colombiano, nem Lucho quiseram assumir a responsabilidade e foi o agora maduro Josué quem pegou na bola, a colocou na marca e acertou no alvo. Na sequência do lance, o Português foi à rede buscar o esférico e envolveu-se numa picardia com Kieszek, que perdeu a cabeça e acabou por ser expulso.
 
O guardião acabou por estragar a estratégia de José Mota, que teve que retocar a equipa. Mesmo assim, os Dragões não conseguiam desmoronar a alma Setubalense, incentivada pelos indignados adeptos, em fúria com o árbitro João Capela.
 
Até que entra Juan Quintero, aos 60 minutos, para, no minuto seguinte, abrir a lata da vitória com um grande golo, de pé esquerdo à entrada da área.
 
Paulo Fonseca respirava de alívio, mas não por muito tempo. É que o Vitória de Setúbal, que nada tem a ver com a equipa da época passada, acreditou mesmo com dez homens e causou calafrios constantes a uma defensiva Portista que mantém a tendência do excesso de confiança.
 
Com isso, foram vários os lances de perigo que rondaram a baliza de Helton, ele que viu Otamendi fazer o que Vezo tinha feito na primeira parte: tirar uma bola em cima do risco de baliza.
 
Os Dragões só puderam respirar de alívio aos 88 minutos, com Jackson Martínez a receber uma bola rasteira desde a esquerda e a marcar finalmente, ele que desperdiçou vários lances durante toda a partida.
 
Nota para o belo ambiente que se viveu no Bonfim, com muito entusiasmo dos adeptos, embora com algumas situações excessivas verificadas num jogo de futebol. Destaque também para a equipa Vitoriana, que não merecia resultado tão pesado pela forma exemplar como se apresentou em campo. Resta saber se José Mota vai perdoar Kieszek pelo disparate do Polaco..
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Juan Quintero

2 comentários:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Vitória mais suada do que podia ter sido se a equipa jogasse o que sabe, sem complicar.

Enfim, uma exibição cinzenta com os três pontos da ordem, mas... um verdadeiro campeão tem de jogar e dominar muito mais.

Um abraço

leportista disse...

Leportista
Estou convencido que logo no segundo a seguir tudo caiu no saco das omissoes. As equipas orientadas pelo Zé do Pau rarissimas vezes têm outro comportamento.A diferença deste para o Pacheco é que este encontrou padrinhos de peso là para os lados da Fonte da Moura, enquanto o outro continua a serrar sò como pode e nao pode muito.