domingo, 5 de janeiro de 2014

Vingança, doce vingança

«Nunca voltes a um local onde foste feliz». Há dias no futebol em que os velhos ditados se podem utilizar. Este encaixou perfeitamente no "filme" do jogo para a Taça de Portugal entre FC Porto e Atlético. Os Dragões, com naturalidade, eliminaram os Alcantarenses da prova Rainha (6 x 0).
O duelo com o Atlético, o primeiro deste ano de 2014, marcou uma mini revolução no onze do FC Porto. Antes da visita ao Estádio da Luz, onde vai defrontar o Benfica na próxima jornada do Campeonato, Ricardo, Diego Reyes, Josué e Kelvin foram novidades no onze Paulo Fonseca. O treinador do FC Porto contou também com Alex Sandro, Lucho, Varela e Jackson, enquanto que a baliza voltou a ser propriedade de Fabiano Freitas.
O Atlético, que não vence há sete jornadas na Segunda Liga, procurava no Dragão repetir o feito de 2007. Na altura, a 7 de Janeiro, o Atlético - que militava na 2ª divisão B - eliminou os Dragões por uma bola a zero. Era, pois, com esperança de repetir a "graça" que o Atlético entrou no palco Portista.
Cientes de que na Taça de Portugal as surpresas costumam acontecer, os primeiros minutos viram um FC Porto a tentar resolver rapidamente a partida. Logo aos seis minutos, Jackson Martínez disparou contra o ferro depois de bom trabalho de Varela pela direita. O cruzamento do internacional Português foi para o segundo poste onde apareceu o avançado Colombiano a rematar de primeira, mas a bola a acertar "com estrondo" na barra da baliza do Atlético.
Estava dado o primeiro aviso por parte dos Portistas, que tinham mais iniciativa e, naturalmente, mais posse de bola. O conjunto da Segunda Liga, em zonas mais recuadas e próximas da sua baliza, tentava responder em contra-ataque. Bijou aos 21 minutos, tentou alvejar a baliza Portista mas sem perigo.
Não demorou muito a equipa de Paulo Fonseca a abrir o marcador. O guarda-redes Filipe Leão - que demonstrou algum nervosismo na baliza do Atlético – comprometeu as aspirações da sua equipa. Aos 24 minutos, Silvestre Varela abriu o activo num erro do guardião do conjunto de Alcântara. Varela recebeu de costas para a baliza a bola à entrada da área, rodou e chutou rasteiro; a bola passou por baixo do corpo do guarda-redes e foi "devagarinho" para o fundo das redes. O guarda-redes do Atlético aparentava, pois, ser um Leão "sem garras" na Invicta.
O FC Porto dominava e controlava como queria uma partida que ia decorrendo a um ritmo lento. Por esta altura, os Dragões totalizavam 79 por cento de posse de bola contra 21 do Atlético que, no entanto, tentava pressionar os Dragões com linhas mais subidas.
Foi, por isso, sem ponta de admiração que os Azuis e Brancos ampliaram a vantagem, aos 37 minutos, por Steven Defour. O Belga aproveitou para desviar, com um ligeiro toque, a bola de Filipe Leão, depois de de um cruzamento de Kelvin.
Ao intervalo o FC Porto, sem dificuldades, vencia por duas bolas a zero um Atlético que não tinha ameaçado Fabiano Freitas. A equipa de Alcântara, sem fulgor, ia deixando os Portistas "passear" o seu futebol. A vantagem de dois golos para os Tricampeões nacionais era, por isso, escassa.
Para a segunda parte, pois claro, os adeptos do FC Porto queriam ver mais golos. E, na verdade, não tiveram que esperar muito. O segundo tempo levava dois minutos quando o placard voltou a funcionar. Varela cruzou da direita para o centro da área e Kelvin, com um ligeiro toque, levou a bola a bater num defesa do Atlético e a encaminhar-se para dentro da baliza.
Se ainda existiam dúvidas elas foram aqui dissipadas. O FC Porto tinha a partida ganha e podia começar a pensar no duelo com o Benfica, na próxima semana, para o Campeonato.
Até final, a história do jogo bem pode ser contada com os golos. Silvestre Varela, aos 73 minutos, fez o quarto golo. Após muita confusão na área do Atlético, a bola sobrou para Varela, que, com a baliza aberta, empurrou para o quarto da noite.
O quinto golo chegou pouco depois. Ao minuto 75, Josué, de livre, atirou forte e colocado e Otamendi "penteou" a bola para o fundo das redes. No entanto, uma vez mais, o guarda-redes do Atlético ficou "mal na fotografia".
O sexto golo nasceu dos pés de Kelvin. Aos 90 minutos, o Brasileiro fechou a contagem na noite do Dragão com um remate rasteiro.
O FC Porto está nos quartos-de-final da Taça de Portugal. Já o Atlético, depois de ter sido tomba-gigantes em 2007, regressou ao palco Portista mas, desta vez, sem o final feliz que teve antes.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Silvestre Varela

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