sexta-feira, 11 de abril de 2014

Caricatura do Dragão

O FC Porto está fora da Liga Europa. A equipa de Luís Castro, depois do 1 x 0 no Dragão, cometeu demasiados erros defensivos e viu o Sevilla virar e sentenciar a eliminatória nos primeiros 30 minutos de jogo. Depois da felicidade que Sevilha significou em 2003 e 2011, agora a cidade da Andaluzia significou mais um rude golpe na época Azul e Branca, depois dos fracassos no Campeonato e na Liga dos Campeões.
 
O Dragão acabou por ter uma noite negra e disse 'adeus' a mais uma Competição, depois da Liga dos Campeões e do Campeonato. Mais uma vez, Quaresma foi o melhor, mas nem o fabuloso golo do número 7 chegou.
 
Na turma do Sevilla, Unai Emery teve Daniel Carriço de regresso e não hesitou em lançá-lo num onze que começava com Beto na baliza e que acabava com Reyes, Vitolo e Carlos Bacca na frente de ataque. Do lado Portista, face às ausências por castigo de Fernando e de Jackson Martínez, Luís Castro não surpreendeu e lançou em campo Herrera para o meio campo (Defour ocupou o lugar 6) e Nabil Ghilas na frente de ataque. Mangala, que tinha ficado de fora na partida para o Campeonato, envergou a braçadeira de Capitão e juntou-se a Diego Reyes no centro da defesa.
 
A primeira parte é muito simples de descrever: 30 minutos iniciais de sonho para o Sevilla e de verdadeiro pesadelo para o FC Porto. Foi nesse espaço temporal que os Espanhóis fizeram os três golos com que o jogo foi para o intervalo.
 
Tudo começou, é bom que se diga, de forma irregular. Aos cinco minutos de jogo, Danilo até pode ter cometido falta dentro de área, até pode ter sido imprudente (ainda que as dúvidas fiquem no ar), só que, primeiro que tudo, esteve mal o Assistente ao não assinalar fora-de-jogo no início do lance.
 
Indiferente a isso, Ivan Rakitic enganou Fabiano, inaugurou o marcador e igualou a eliminatória. Poder-se-ia achar que o jogo passaria a ser de contenção, mas não. Os Sevilhanos, puxados por um público fervoroso, carregaram na tecla da pressão e deixaram o Dragão como uma 'barata tonta'.
 
Isso mesmo ficou claramente presente nos dois golos seguintes. Primeiro, Danilo saiu a jogar onde não podia e perdeu a bola, Diego Reyes foi lento e deixou Vitolo fugir para o Espanhol bater Fabiano, com a bola passar por baixo das pernas de Mangala. Depois, passividade gritante no centro da área, onde a bola foi 'pingando' até que Carlos Bacca decidiu rematar. Para a rede, pois claro.
 
O resto do primeiro tempo foi de amenização. O Sevilla, com a eliminatória a seu favor, baixou o ritmo, o FC Porto tentou equilibrar o desafio e conseguiu-o, mas não mais do que isso.
 
Para o segundo tempo, Luís Castro, claramente desagradado com o desempenho dos seus Homens (não era para menos), operou duas alterações: entraram Ricardo e Quintero, saíram Carlos Eduardo e Silvestre Varela.
 
A reacção foi imediata. Primeiro Quaresma, num livre 'à Quaresma', junto à linha lateral, meteu a bola no poste mais distante e Beto sacudiu para o ferro. Depois foi Herrera, à entrada da área, a rematar também para fabulosa defesa do guardião Português, que voltou a dar uma 'palmada' para o ferro.
 
O tempo passava e escasseava, mas surgia uma situação que beneficiava o FC Porto. Coke, imprudente, viu o segundo amarelo numa falta sobre Quaresma e foi expulso, um pouco antes de também o ter sido Luís Castro, por protestar um lance na grande área do Sevilla - bem ajuizado pelo árbitro.
 
Contudo, nem contra dez os Portistas foram audazes para conseguirem reentrar na eliminatória, mesmo depois de ter entrado o outrora 'salvador Kelvin', para o lugar do desastrado Danilo.
 
Aliás, os Sevilhanos é que haveriam de voltar a marcar, por Kévin Gameiro, em contra-ataque. A eliminatória ficava, aos 79 minutos, irremediavelmente fechada e, mesmo com o fabuloso golo de Quaresma no primeiro minuto de descontos, de fora da área e 'na gaveta' da baliza de Beto, o FC Porto terminava assim a sua participação nas Competições Europeias 2013/2014. Restam aos Portistas tentarem as conquistas das Taças internas... 
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Ricardo Quaresma

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