segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Derrota amarga

Na guerra da liderança, levou a melhor o Benfica depois de triunfar por 2 x 0 no estádio do Dragão. Bis de Lima, que até nem era um titular garantido no Clássico face ao bom momento de Jonas, dá vantagem de seis pontos às Águias no topo da tabela classificativa. Confirmada a primeira derrota dos Dragões na Liga.
 
No futebol, como na vida, o Povo tem quase sempre razão. Diz-se na gíria futebolística que quem não marca se arrisca a sofrer e assim foi, nos primeiros 45 minutos, no estádio do Dragão.
 
Depois de uma coreografia apaixonante, num estádio vestido de gala para um dos jogos mas apetecíveis da Temporada, começou o FC Porto por cima, como bom anfitrião, afirmando, ao longo da primeira meia hora, que quem manda no Dragão é ele próprio.
 
O Benfica falhava nos passes, tinha Lima, que relegou Jonas para o banco, muito afastado do resto da equipa, e Gaitán e Salvio estavam uns furos abaixo daquilo que habituaram os amantes do futebol, sobretudo no passe e no futebol voltado para o ataque. Talisca, que até se tem destacado como goleador das Àguias, estava quase sempre mais perto de Casemiro do que da baliza Portista, numa tentativa de suster a criatividade que saía do meio-campo Portista.
 
Recuado, foi através das bolas nas costas que o Benfica foi sofrendo perigo ao longo dos minutos iniciais ante um FC Porto de linhas baixas, precisamente, para ganhar espaço nessas costas dos seus adversários.
 
A velocidade de Tello fazia das suas na direita – arrancou um amarelo a André Almeida logo no primeiro minuto numa falta que ficou a uma curta distância de se tornar numa grande penalidade – e Brahimi, muito apoiado por Óliver Torres, conseguia surgir quase sempre em boa posição na esquerda.
 
Ainda assim, voltamos ao início, quem não marca arrisca-se a sofrer e o Benfica comprovou-o pouco depois da meia hora. Fabiano ainda não tinha aparecido no jogo e num lance que parecia inofensivo – lançamento lateral – Maxi colocou a bola em zona central e Lima, de forma pouco ortodoxa – com a anca – fez o primeiro das Águias.
 
Óliver Torres levou para o intervalo o dístico de melhor dos Azuis e Brancos, Enzo do lado do Benfica era o menos mau, longe de ser exuberante, e Júlio César foi sempre seguro.
 
O segundo tempo até começou com uma sucessão de livres para os Dragões, mas rapidamente se percebeu que o filme seria outro, com o Benfica a surgir muito mais organizado, a tapar todos os caminhos que os Dragões usaram, na primeira parte, para criar desequilíbrios.
 
Dez minutos depois do reatamento, a organização dos Encarnados deu frutos, de novo: boa combinação entre Gaitán e Talisca, este remata para Fabiano defender mas não agarrar e Lima, na recarga, faz o segundo.
 
Lopetegui respondeu com dupla alteração, lançou Quintero e Quaresma, abdicou de Tello e Herrera, e apesar das tentativas do Mustang – um dos mais inconformados dos Dragões – não conseguiu inverter a derrota. À passagem dos 77 minutos o FC Porto ainda conseguiu introduzir a bola na baliza adversária, mas Jorge Sousa assinalou – e bem – mão de Jackson Martínez e o tento não contou.
 
Já com Luisão de fora – saiu lesionado e César entrou para o seu lugar – e Aboubakar na partida por troca com Alex Sandro, o FC Porto ainda acertou na barra, por Jackson Martínez, mas nada mais fez até ao final a não ser ameaças sem consequência para a baliza guardada por Júlio César.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Martins Indi

Sem comentários: