quarta-feira, 17 de junho de 2015

39 anos depois "matou-se o borrego"

A Selecção Portuguesa adoçou a partida para férias com um triunfo que tem o seu quê de histórico, uma vez que desde 1976 (!) que não se registava um triunfo sobre a Itália. Na noite de Genebra, Éder estreou-se a facturar de Quinas ao peito na finalização de um lance pintado de forma sublime por Eliseu e Ricardo Quaresma.
 
Fernando Santos desenhou o esquema Português num 4x3x3 tradicional e entregou as alas ofensivas a Silvestre Varela e Ricardo Quaresma. A missão do duo era servir Éder, o homem de área que acabaria por viver uma noite para mais tarde recordar, precisamente após assistência do extremo do FC Porto.
 
Foi ao minuto 52, já depois de uma primeira parte onde Quaresma fez pouca coisa bem para quem reclama um lugar ao sol na equipa nacional. Mas com ele – e com os da sua 'espécie' – tudo pode mudar num piscar de olhos e a trivela com patente do «mágico» do Dragão encontrou um Éder pleno de atitude a ser feliz entre os centrais Italianos. O avançado do SC Braga andou bem perto da melhor exibição de sempre pela Selecção. Bravo!
 
Mas seria de uma tremenda injustiça narrar esta história apenas pelo ponto de vista destes intérpretes, porque a felicidade Portuguesa começou nos pés de um herói improvável. Eliseu, que até tinha começado no banco mas foi chamado depois da lesão de Fábio Coentrão (24'), deixou dois Azzurri para trás numa iniciativa individual digna de um playmaker e lançou Quaresma para o resto da história.
 
Antes e depois do golo Português houve oscilação no domínio do jogo mas uma constante na equipa Portuguesa. Ou melhor, duas constantes. José Fonte e Danilo Pereira foram chamados pelo «Engenheiro» e a resposta de ambos não podia ter sido mais afirmativa. O defesa central do Southampton mostrou ser de aço: frio e inquebrável, nunca complicou o que não era para ser complicado e foi em grande parte obra sua que Immobile, El Shaarawy e companhia raramente criaram estragos na defensiva Lusa.
 
Quanto a Danilo, uma aparição de luxo num palco maior de Selecções. Sereno e com sentido de posição, limpou muitas bolas e ajustou-se rapidamente após uma entrada em que as linhas estavam mais longe. Numa altura em que o Sporting e o Benfica são apontados como interessados, o Marítimo sorri perante a valorização internacional de um «diamante» cada vez mais lapidado.
 
Pouco mais sobra para contar de um compromisso que se jogou com a cabeça no descanso. Como notas de rodapé, ficam um cabeceamento de Bonucci ao poste da baliza de Beto (50') e um remate perigoso de El Shaarawy ainda no primeiro tempo. A Itália chegou a ter o domínio do encontro – com Pirlo, sempre ele, na batuta – e até estava melhor quando Éder escreveu a história do encontro. Já bem perto do minuto 90 - e depois disso - Beto reclamou para si as defesas da noite. E depois acabou.

Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: João Moutinho

1 comentário:

Luís Miguel disse...

As selecções não interessam nada.