quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Crónica de um treino

O Feirense bateu o FC Porto por 2 x 0 e terminou o grupo no segundo lugar, deixando os Portistas na última posição e sem qualquer ponto conquistado. Com opções alternativas de ambos os lados, existiram alguns aspectos interessantes a analisar (como o losango de Peseiro).
 
Tacticamente, o arranque de jogo foi interessante para perceber duas tendências: de um lado, um 4x3x3 retraído, mas bem trabalhado, onde os princípios de Pepa se adaptaram bem às circunstâncias de uma partida onde (apesar das hipóteses matemáticas) não existia a necessidade de pegar no jogo; do outro lado, um conjunto alternativo à procura de encaixar ideias frescas e inovadoras.
 
Passou muito por aí a curiosidade de olhar este FC Porto. Numa disposição táctica de 4x4x2 em losango, sobresaíam as dinâmicas de um miolo onde Varela foi chamado a ser o estratega e as liberdades entregues aos laterais para se aventurarem no terreno. García fê-lo com mais qualidade que um Ángel que continua a pecar no cruzamento - apesar de o Espanhol ter estado melhor que em Famalicão.
 
Obviamente, as lacunas nos Azuis e Brancos ficaram patentes, não apenas em alguns posicionamentos, como também no entrosamento dos dois avançados, que ainda é escasso. Mas registaram-se pontos interessantes, quer pela liberdade do próprio Varela (interessante adivinhar como pode Bueno aparecer nestas acções), quer pelas diferentes variantes de ataque que a equipa dispõe.
 
Perante tudo isto estava um Feirense confortável e a observar tranquilo as várias experiências. Face a um FC Porto notoriamente em aprendizagem, os Fogaceiros iam aproveitando as lacunas dos Dragões e não apenas evitavam com relativa facilidade eventuais sustos, como os criavam na frente.
 
O golo, já perto do intervalo, não chocou quem assistia, pois a tal aprendizagem portista ainda se dava muito pouco ao risco ofensivo, o que fazia com que a primeira parte tivesse sido, do ponto de vista do espectáculo e oportunidades, claramente deficitária.
 
Na grande penalidade, Hélder Castro bateu Helton, alegrou os da casa e, com o auxíliodas palavras de Peseiro ao intervalo, alegrou o segundo tempo.
 
Aí, com muito maior velocidade na circulação, os Dragões ganharam mais espaços. Depois, entrou outro pormenor na equação: o aspecto mental. Numa equipa que ainda procura a serenidade, os momentos de decisão trouxeram outro défice à equipa Portista, sobretudo ao nível do passe quando o jogo acelerava.
 
Mesmo chegando com maior força à baliza de Dele, o passe passou a finalização e o desacerto continuou. Para arrumar com as contas, o Feirense fez o segundo, numa desatenção da defesa Portista aproveitado por Porcellis.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo:Suk

1 comentário:

Anónimo disse...

Só os jogadores que foram treinados pela nulidade basca é que estiveram na sua "normalidade". Os outros estiveram bem e o esquema de Peseiro é interessante.