domingo, 13 de março de 2016

De trambolhão em trambolhão até à vitória final

Esteve por um fio, mas continua na luta. Num jogo que parecia totalmente controlado e resolvido, os azuis e brancos permitiram o empate ao União e voltaram a ser inconstantes, mas os festejos chegaram no fim, com o pontapé de Corona. O União esteve à beira da surpresa.
Não fossem as claques, o golo e uma ou outra decisão de arbitragem e o clima da primeira parte seria de idêntico entusiasmo ao do aquecimento. O fresco atmosfera, a derrota e Braga e a delicada situação pontual podem explicar os ânimos arrefecidos, mas a ligação dos adeptos à equipa já foi bem melhor...
Sérgio Oliveira sempre ajudou a amenizar esse aspeto. O público gosta dele, gosta de o ver ao lado de Rúben Neves e ele gosta de jogar, logicamente. Foi do seu pé que saiu o passe para Maxi, que foi assistir Aboubakar, ávido pelo golo depois de alguns passes falhados, num jogo onde Peseiro lhe indicou novamente o onze, depois de Suk o sentarno banco.
Esse golo, diga-se, foi o espelho da primeira parte. FC Porto a mandar e a insistir, obediente à máxima de não desistir, embora com lacunas variadas. Maxi, o melhor do primeiro tempo, teve mérito, ele que também soube ser assertivo na hora de defender os (poucos) ataques de um União claramente a explorar a profundidade dada pela defesa portista.
Layún também não esteve mal, ele que claramente sente o bichinho de subir no terreno. Mal estiveram os extremos azuis e brancos. Corona ainda não deu com o clique que precisa, Brahimi continua com clique a mais, desesperado em querer resolver tudo por si e pouco dado a futebol simples.
Do outro lado, valia a tal verticalidade de uma equipa robusta a meio, mas com pouca criatividade. Lamentável, para Norton de Matos, foi a cerimónia de Miguel Cardoso quando teve o empate à vista.
Curiosamente, foi preciso esperar pelo intervalo para a animação chegar, com uma campanha publicitária a proporcionar momentos divertidos. Uma situação que, certamente por coincidência, trouxe um FC Porto mais disposto para o segundo tempo. Ritmo mais alto, mais dinâmica de um futebol que também passou a ser pelo meio e, voilà... golo. Tudo resolvido. Pelo menos parecia.
Parecia, mas não foi. Primeiro, porque a equipa adormeceu, confortável com o 2x0. Depois, porque Herrera não foi capaz de fazer o terceiro, numa excelente jogada individual. Por fim, e com claro mérito, porque Norton de Matos foi muito acertado nas substituições, metendo Cádiz e Danilo Dias para agitar o ataque.
Agitou tanto que marcou dois de rajada e fez soltar o lógico desagrado nas bancadas. Num ápice, os assobios tomaram conta do estádio, inicialmente com os jogadores portistas a serem os visados (Brahimi foi o mais), depois na direção do anti-jogo da equipa forasteira, que acabou por dar o tónico de apoio que a turma da casa precisava.
De raiva, o pontapé de Corona, com Ricardo Campos mal batido, acabou por ser o suspiro quando já se temia o fim da luta pelo campeonato. Os dragões estão nela, mas, com esta permeabilidade, não será nada fácil... 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Brahimi

3 comentários:

Felisberto disse...

Melhor em campo: Brahimi??????????

Desculpe lá, mas Herrera foi muito mais sóbrio e até eficaz (marcou um belo golo).
Sérgio foi muito mais abnegado e esclarecido.
E até Layun foi muito mais perigoso no ataque - apesar de ser um crime por o homem a central.

Claro que é só a minha opinião. Não leve a mal.

Pedro Silva disse...

Levar a mal? Porque haveria eu de levar a mal a opinião do Felisberto? Só porque é contrária à minha? Nem pensar meu caro! Sinta-se à vontade para expor aquilo que pensa.

Quem me dera que muitos dos que por aqui comentam tenham o mesmo tipo de postura do meu caro.

Anónimo disse...

Gostei do Brahimi, mas também acho que o Herrera foi o melhor em campo.
Tenho também opinião, que os 1ºs 50 minutos foram do melhor que fizemos desde o início da época. Bem sei que a partir daí foi um descalabro, mas...