sábado, 25 de junho de 2016

BREXIT Uma Bomba ao Retardador

O Mundo acordou hoje 24 de Junho de 2016 sob a decisão do Reino Unido abandonar a União Europeia ao fim de 59 anos da formação inicial depois dos fundadores Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e os Países Baixos terem dado o pontapé de saída.
Em 1973 a Dinamarca, Irlanda e Reino Unido aderiram à União Europeia aumentando para nove o número de estados membro. Nos anos 80 é a vez de se juntarem a Grécia, Espanha e Portugal. É assinado o Ato Único Europeu, um tratado programa, destinado a eliminar as dificuldades que se opõem ao livre fluxo de comércio na UE, criando assim o “Mercado Único e a livre circulação de pessoas e bens”. Na parte relativa ao futebolzinho permitiu exportarmos ao abrigo desse regime comunitário centenas largas de jogadores que, de outra forma, não cumpriam os pressupostos para ali trabalharem. Vai ser difícil exportar mais Mangalas e outros seres estranhos.
 
Nos anos 90 negoceiam-se dois tratados, o Tratado da União Europeia ou Tratado de Maastricht, de 1993, e o Tratado de Amesterdão, de 1999. Nessa década a União Europeia conta com mais três parceiros a Áustria, Finlândia e Suécia. Com o acordo de Schengen, as pessoas podem viajar sem passaporte e atravessam livremente as fronteiras.
No novo milénio mais países aderiram com a propósito de combater a criminalidade e sair da crise económica que atravessava a comunidade. Os estados membros passam então a ser: a Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta. Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, e Suécia, a outros se anunciam.
 
Os efeitos são imprevisíveis, desde logo a quebra brutal das ações, a própria libra, e por tabela o Euro e a subida da taxa de juro. Os nossos compatriotas que por lá trabalham não se deverão preocupar para já, visto que o prazo previsto para que toda a legislação política, direito comunitário etc. seja adaptado à nova realidade, será pelo menos de dois anos, bem como a necessidade de rever toda a legislação do tratado entre os restantes países com esta saída/surpresa. 
 
Como é um assunto na moda as geringonças de outros membros já pedem referendos à permanência ou saída dos seus estados. Enquanto isso andamos nós tão preocupados com o alargamento da Liga para 20 clubes!
 
Até à próxima

5 comentários:

Anónimo disse...

EXCELENTE...EXCELENTE José Lima
O historial todo colocado ao pormenor e a confirmação do choque económico e social que já se faz sentir.
Gostaria de estar enganado mas, parece-me que o pior está para vir.

A Irlanda do Norte e a Escócia vão aproveitar esta ocasião única para referendarem eles próprios a permanência na UE. Ora se a votação for maioritária pela permanência a Irlanda e Escócia ( previsível) quebra finalmente o cordão umbilical que dá corpo ao actual e ainda Reino Unido. Por outras palavras a desagregação da Inglaterra como a conhecemos há centenas de anos.
Depois este facto fomentará o efeito dominó na Espanha, com a Catalunha e no País Basco.O resultado imediato é sem dúvida que a Alemanha ganhou ainda mais poder do que já tinha.A Europa não voltará a ser a mesma.

Fernando Tavares disse...

EXCELENTE...EXCELENTE José Lima
O historial todo colocado ao pormenor e a confirmação do choque económico e social que já se faz sentir.
Gostaria de estar enganado mas, parece-me que o pior está para vir.

A Irlanda do Norte e a Escócia vão aproveitar esta ocasião única para referendarem eles próprios a permanência na UE. Ora se a votação for maioritária pela permanência a Irlanda e Escócia ( previsível) quebra finalmente o cordão umbilical que dá corpo ao actual e ainda Reino Unido. Por outras palavras a desagregação da Inglaterra como a conhecemos há centenas de anos.
Depois este facto fomentará o efeito dominó na Espanha, com a Catalunha e no País Basco.O resultado imediato é sem dúvida que a Alemanha ganhou ainda mais poder do que já tinha.A Europa não voltará a ser a mesma.

Anónimo disse...

Fomos, somos e seremos sempre governados por corruptos e como tal, a nossa situação na UE é a de indigentes.
Mas se sairmos, quem nos emprestara dinheiro a baixo juro para ir amortizando as dívidas que alguns foram acumulando em benefício próprio e pagar as batatinhas para não morrer-mos de fome? Estará Portugal disposto a ter uma inflação de 20% e um salário mais baixo que o da Bulgária?

JOSE LIMA disse...

Obrigado por terem comentado. A situação é muito delicada e provavelmente terá consequências gravosas para os países mais modestos.

Unknown disse...

Também votei para sair... temos que acabar com esta porcaria de One World Order e a criação de um super poder europeu. Isso e o que a família Rothchild e Rockerfella querem fazer mas tomarão um grande pontapé no traseiro. Se a Escocia e Irlanda do NOorte quiserem sair do Reino Unido para ficar na EU estarao a fazer um grande erro e dentro de 10 anos vao querer regressar. Turquia, Macedonia e mais estao a caminho, todos a mamar sem contribuir com nada. Nasci em Londres e trabalho toda a minha vida a pagar impostos aqui enquanto outros vem ca com as maos estendidas a pedir esmola. Eles nao querem trabalhar e integrar num pais novo, querem simplesmente mamar na teta. Dentro de 10 anos tambem vao querer meter Israel na EU, mas eles teriam de ter condições especificas. Vou perder um pouco de poder de compra com a minha libra mas ao medio/ longo prazo estamos muito melhor. Quando ir a Portugal usarei meu BI portugues, e quando regressar uso o meu passaporte ingles. POWER TO THE PEOPLE!!!