segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Luís Filipe Vieira o Artista

Depois de deixar o Alverca dependurado enquanto seu presidente no ano de 2001 à espera de receber a massa da transferência de Mantorras assentou arraiais com armas e bagagens no clube da treta a convite de Manuel Vilarinho mas nem por isso desistiu de continuar a sua atividade na Construção Civil, Hotelaria e Turismo onde só tem acumulado prejuízos. 
 
Por exemplo uma empresa fundada por Eduardo Rodrigues e Luís Filipe Vieira em 1986 criou uma "holding" que segundo o jornal Expresso é agora um "somatório de dívidas". A Obriverca SGPS tem 392M€ em dívida, segundo a lista publicada pelo administrador dos credores.
O semanário adianta que a empresa vai avançar para liquidação, sendo que o processo poderá demorar entre três a quatro meses, de acordo com o administrador de insolvência, Jorge Calvete. O mesmo responsável admite a possibilidade dos credores - como a Caixa Geral de Depósitos (CGD) ou a Parvalorem - incorrerem em perdas face ao momento global de créditos reclamados. No caso das duas empresas públicas poderão ter a receber mais de 72M€.
 
Na lista de credores, o topo da tabela é ocupado pelo Novo Banco 169,9M€, em segundo lugar surge a CGD 60M€ e, em terceiro, Eduardo Rodrigues com 52M€ (devido a suprimentos que o próprio fez como acionista).
 
Lista dos principais credores (informação do Expresso agosto 2017)
 
1 - Novo Banco, via ex-BES: 169,9 milhões
2 - CGD: 60 milhões
3 - Eduardo Rodrigues: 52 milhões
4 - BCP: 33 milhões
5 - ex-Banif: 24,7 milhões (informação do Expresso em junho 2015)
6 - Estado, via Parvalorem: 12,6 milhões
TOTAL: 392 milhões
 
Vieira deve a quase todos os grandes bancos nacionais. CGD, NB, BCP, Banif. Salvou-se o BPI que não se meteu em negócios com a construtora. Já é pública a lista de maiores devedores do Banif e do BES. No entanto a CGD recusa-se a divulgar a listagem. Haverá mais outras dívidas? Será por causa disto que a CGD precisa de cobrar comissões aos reformados?
 
Empurrar as dívidas com a barriga para a frente parece ser a tática usada. Vejamos mais abaixo como se consegue uma “reestruturação” (eufemismo que significa enviar uma dívida para o teto) com a criação de uma empresa paralela que assume os prejuízos da Promovalor.
Há poucos dias Luís Filipe Vieira ganhou mais cinco anos para liquidar a dívida de quase 400M€ que tinha com o antigo Banco Espírito Santo e que passou para o Novo Banco, avança o mesmo semanário. A maior parte da dívida diz respeito à Promovalor, empresa gerida pelo filho do presidente do Benfica, Tiago Vieira que em conjunto com o vice-presidente do clube, Nuno Gaioso Ribeiro, criaram um fundo gestor de capital de risco - o Fundo de Investimento Alternativo Especializado, FIAE - que recebeu do Novo Banco a missão de rentabilizar os melhores ativos da empresa durante cinco anos, diz o jornal. Ora, o FIAE é gerido pela Capital Criativo, uma empresa fundada precisamente por Nuno Gaioso Ribeiro e da qual Tiago Vieira é acionista. É o que se chama “tirar a dívida de um bolso e meter no outro”.
 
Se as dívidas das suas empresas nunca mais vão ser pagas, as do Clube + Sad são complicadas. Quando pegou no Benfica falido de Vilarinho o Passivo ia em 82M€. Segundo o último RC anual (2016/2017) o passivo consolidado do Clube + SAD do Benfica é de 438M€ dos quais 280M€ é Passivo Financeiro.
 
Recentemente a “instituição” ganhou mais um lugar de destaque na imprensa internacional. O relatório 'The European Club Footballing Landscape', divulgado pela UEFA, mostra que o Benfica era, em 2015, o clube europeu com o segundo maior passivo. De acordo com o documento, as águias tinham uma dívida líquida de 336 milhões de euros. De acordo com os dados do organismo que manda no futebol europeu, o passivo do Benfica naquele ano representava 3,3 vezes as receitas anuais da SAD no mesmo período e 130 por cento dos ativos. O que quer dizer que mesmo que nos próximos 3 anos juntassem as receitas todas para liquidar as dívidas levavam 3 anos e 1 trimestre para o conseguir! Isto sem contar com aquelas que entretanto se acumulavam. 
 
Claro que outro órgão da treta, A BOLHA, do freteiro Delgado, escondeu estes dados dos seus leitores e revela apenas os valores dos Proveitos com as vendas de Ederson, Lindelof, Semedo e Mitroglou. Esqueceram-se de dizer que transformou o Seixal numa fábrica de chouriços e anda por esse Mundo fora a despachar as suas pérolas.
Luís Filipe Vieira também foi constituído arguido no caso de burla ao BPN, enquanto empresário, por suspeitas de burla agravada. O inquérito teve início em 2009, depois do banco ter feito uma denúncia contra os encarnados por terem recebido um crédito com um valor elevado de forma fraudulenta por outra sociedade. O BPN dizia-se lesado num crédito nunca pago, cujo valor chegou a atingir os 17,4 milhões de euros, diz o Jornal de Notícias.
 
Enquanto isso uma extensa teia de cartilheiros sem vergonha afadiga-se a “apagar tudo” enganando os sócios do clube da treta que “não sabem da missa a metade”.
Até à próxima dívida

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