quarta-feira, 7 de março de 2018

A eliminatória ao contrário

imagem retirada de zerozero
Não me vou alongar muito na análise deste empate a zero bolas do Futebol Clube do Porto em Liverpool. Não o vou fazer porque a forma como hoje o Dragões enfrentaram o Liverpool FC era a forma como os azuis e brancos deveriam ter enfrentado a equipa inglesa na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League.

É um facto que Liverpool de Jürgen Klopp tem um orçamento muito superior ao FC Porto de Sérgio Conceição. O outro facto – não menos importante - é que não há vergonha nenhuma em se ter perfeita consciência das suas limitações e entrar em campo procurando dar tudo por tudo. Foi isto que o Futebol Clube do Porto fez hoje em Anfield. E era isto que este deveria ter feito há coisa de 15 dias em vez de “ligar a cavalaria”.

E não me venham cá com a “letra” de que o Liverpool não marcou porque não quis. Hoje o Liverpool FC jogou para vencer e teve oportunidades para tal. O seu modelo de jogo foi o mesmo de sempre. Pressão sobre a linha defensiva do FC Porto por parte dos ingleses foi coisa que não faltou até ao apito final da partida. O problema da equipa do norte de Inglaterra é que um tal de Felipe esteve em campo e um outro tal de Casillas soube estar à altura daquilo que lhe foi sendo exigido. Isto a somar, obviamente, áquilo que fiz referência anteriormente.

Agora que a “aventura” europeia chegou ao fim é apontar todas as “baterias” para o Campeonato e a Taça de Portugal. Dois objectivos primordiais que estão ao perfeito alcance deste FC Porto. Ah, e espero que Sérgio Conceição tenha percebido que para se jogar na europa do futebol é necessário “mudar o chip”. Deixar a “cavalaria” a repousar no Quartel de vez em quando é uma boa ideia.

Uma última nota para dizer que não é num único jogo em que nada se decide que se vai avaliar a qualidade (ou falta dela) de um jovem atleta. Bruno Costa mostrou hoje algumas coisas interessantes e outras não tão interessantes. É um “miúdo” que tem de ter tempo de jogo para poder mostrar a sua real valia. Como muitos outros da formação do Futebol Clube do Porto. Contudo tal não invalida que o caminho a seguir pela equipa portista não seja o da aposta na “prata da casa”. Mas cada coisa no seu tempo e devido lugar até porque o futebol é muito “cruel”.

MVP (Most Valuable Player): Felipe. Antes de o sempre perigoso ataque inglês ameaçar a baliza de Casillas, este tinha de superar um tremendo “muro” chamado Felipe. Grandiosa exibição do defesa central brasileiro. Nada passava por Felipe que esteve sublime na marcação dos seus adversários através de um sentido posicional tremendo.

Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse, em definitivo, para o seu lado.

Arbitragem: Arbitragem sem complicações e a decidir bem em dois lances nas áreas, sem motivo para penálti.

Positivo: Iker Casillas. “Velhos são os trapos”. Que o diga e confirme o guardião Iker que respondeu sempre afirmativamente sempre que o Liverpool FC criava um lance de perigo na baliza azul e branca.

Negativo: André André. De todos os que entrarem em hoje em campo o André foi o que menos aproveitou para mostrar a todos que é uma alternativa na qual Sérgio conceição pode confiar.

Artigo publicado no blog o gato no telhado (06/03/2018)

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