domingo, 26 de agosto de 2018

Quando não se aprende a lição

imagem retirada de zrozero

Efectivamente quando não se aprende com os erros é, mais do que natural, que os mesmos erros voltem a ser cometidos. A partida do Jamor colocou a nú algumas debilidades que tanto o plantel portista como Sérgio Conceição deveriam ter analisado e procurado corrigir. Em bez disto tivemos um treinador teimoso que voltou a insistir no onze que “tremeu” diante do “Belenenses SAD” e desta vez o VAR “apenas” serviu para que a derrota caseira não tivesse sido ainda maior. Isto segundo o que rezam as crónicas, dado que no Estádio é impossível ter-se a certeza do que passa em termos arbitrais.

Antes do golo inaugural dos azuis e brancos dizia para mim mesmo que das duas, uma; ou alguém ia ter um lance de génio individual que culminaria no golo inaugural da partida ou então um lance de bola parada ia determinar quem marcaria o primeiro tento. Tendo em consideração que o plantel dos portistas é – de longe – mais forte e completo do que os dos vimaranenses, a minha convicção era a de que um o golo inaugural ia ser da autoria do Futebol Clube do Porto. Yacine Brahimi acabou por me dar razão. Mas este ficou longe (muito longe!) de me dar alguma paz de espírito dado que os azuis e brancos não estavam a justificar a vantagem no marcador. O golo de André Pereira – em claro fora de jogo segundo as crónicas – pode ter dado a ilusão a muito boa gente de que a vitória portista era certa. A mim não.

O que eu ia vendo não me agradava. É verdade que o Vitória Sport Clube (mais conhecido por “Guimarães”) estava a praticar um futebol muito “fraquito”. A ideia com que fiquei era de que Luís Castro “montou” a sua equipa para vir ao Dragão “roubar” um ponto ou, na pior das hipóteses, não sofrer muitos golos numa derrota que poderia ser apelidada de natural tal a diferença de qualidade entre as equipas. Contudo nada disto se reflectiu no relvado. Tal era evidente e eu, mero espectador entre os muitos outros do Estádio do Dragão, receava um possível golo dos vimaranenses. Isto porque tinha bem viva na memória o sucedido no Jamor na jornada anterior e porque era notório que a equipa portista ia acusar um eventual golo. Somente Sérgio Conceição foi incapaz de ver tal. E, comos e não bastasse a “cegueira” do Mister, eis que este retira do campo o único jogador que fazia a diferença para o FC Porto… Brahimi, para o bem e para o mal, era o único que mostrava ser capaz de “prender” a equipa do Vitória e de ir “colando” o desastre monumental que era o meio campo do Futebol Clube do Porto.

Sérgio errou. Não com a saída de Yacine que por ter sido feita na altura em que foi sublinha o facto de que o atleta estava mesmo lesionado. Conceição errou porque mesmo sabendo que estamos na fase da época em que estamos e que a sua equipa já tinha mostrado sérias debilidades no controlo do jogo, este aposta na troca por troca em detrimento de um reforço do meio campo. Acredito que a troca do lesionado Brahimi por Oliver poderia ter ajudado a conservar um enfadonho e afortunado 2 a 0 a favor do FC Porto do que a aposta num Corona que nada mais fez senão ter-se lesionado. A entrada tardia de Oliver em campo acabou por ser – mais uma – forma de Sérgio ir “queimando o atleta em lume brando” dado que este já não conseguiu colocar a ordem que o meio campo portista tanto necessitava uma vez que entretanto já o Vitória SC tinha marcado o seu golo por força de (mais um!) disparate defensivo de Sérgio Oliveira.

Ora bem. Tudo isto para concordar com Sérgio Conceição quando este diz que perdeu bem diante de um fraquíssimo Vitória. Contudo este poderia aproveitar para também fazer mea culpa pois esta é uma derrota que é, praticamente, fruto da sua teimosia em não ver o óbvio e em insistir na sua programação. Errar é Humano, é um facto. Já errar porque se ignorou o que de mal se fez anteriormente não é Humano. É estupidez crónica. A ver vamos se daqui a uma semana - novamente em casa - diante do Moreirense a estupidez crónica não marca presença.

MVP (Most Valuable Player): Yacine Brahimi. Longe de ter sido brilhante, o internacional argelino foi o melhor em campo. Jogou e procurou fazer com que a sua equipa jogasse à bola. Marcou um belo golo. A sua saída forçada é a demonstração clara da sua crassa importância.

Chave do Jogo: Saída de Brahimi por lesão. Já aqui falei nisto. Até à altura em que Yacine saiu do campo o Vitória SC foi incapaz de explorar as muitas fragilidades do FC Porto. A saída de Brahimi (e a caricata Grande Penalidade cometida por Sérgio Oliveira) foi a “chave” de que os comandados de Luís Castro necessitaram para vencer em pleno Estádio do Dragão.

Arbitragem: Erro grave no segundo golo portista, justificado pela falha de comunicação com o VAR entre os 15 e os 45 minutos. Foi sempre rigoroso na disciplina e largo nas apreciações na área, mas quase sempre com coerência.

Positivo: Ambiente do Estádio do Dragão. Um estádio “a rebentar pelas costuras” é o que se deseja em todo e qualquer jogo de futebol. 

Negativo: Sérgio Oliveira. È um grande jogador, é um facto, mas não pode continuar com o duplo papel de construtor de jogo/recuperador de bolas.

Artigo publicado no blog o gato no telhado (25/08/2018)

1 comentário:

Felisberto disse...

SC reclama por reforços, mas ainda não incluiu nenhum dos que chegaram!
Diz ele que precisam de tempo para se adaptarem ao FC PORTO.
Então nesse caso se vierem reforços no úçtimo dia de Agosto, só lá para Novembro é que esses ditos jogarão?!
SC a encarnar JJ?