domingo, 26 de agosto de 2012

À segunda foi de vez

No dia em que o Estádio do Dragão bateu a marca dos sete milhões de espectadores desde que foi inaugurado em 2003, o FC Porto somou a primeira vitória no Campeonato após ter escorregado na estreia em Barcelos.
Como o resultado de 4 x 0 indica, foi um triunfo justo e construído com tranquilidade por parte da equipa de Vítor Pereira, que conseguiu manter sempre o Vitória de Guimarães bem longe da baliza de Helton.
Lucho González, com um remate em arco, começou por resolver o jogo, mas Hulk, que deve estar de saída, o mesmo Lucho e Jackson Martínez com um penálti à Panenka, ampliaram o marcador e deram tons de goleada ao jogo.
Após o triunfo do SC Braga frente ao Beira-Mar, o FC Porto junta-se aos Bracarenses com quatro pontos, ficando à espera daquilo que Benfica e Sporting serão capazes de fazer esta jornada, frente a Vitória de Setúbal e Rio Ave, respectivamente.
Vítor Pereira operou algumas mudanças na equipa titular que defrontou o Vitória de Guimarães, em comparação com aquela que empatou a zero com o Gil Vicente. Danilo, Alex Sandro e Christian Atsu foram lançados no 11, em detrimento de Miguel Lopes, Mangala e James Rodríguez, respectivamente.
Dos três, claramente, foi Alex Sandro quem se fez notar no início do jogo. Como se esperava a jogar em casa, o FC Porto foi uma equipa ofensiva e quase sempre o foi na primeira parte pelo corredor esquerdo, onde Alex Sandro esteve bastante activo.
No entanto, apesar de serem mais ofensivos do que o Vitória de Guimarães, bem mais diga-se de passagem, os Bicampeões Nacionais não conseguiam criar muitas ocasiões de golo. Antes do golo, Lucho González foi quem teve a melhor oportunidade, rematando à entrada da área mas com a bola a sair longe da baliza defendida por Douglas.
Com muita velocidade nas saídas para o ataque, os Dragões colocavam quase sempre a defesa do Vitória de Guimarães em sentido. Defesa essa que nada pôde fazer aos 16 minutos, quando Lucho González, após um ressalto, rematou em arco e só viu o esférico parar no fundo da baliza dos Minhotos.
Estava feito o 1 x 0 e cedo se percebeu que dificilmente o Vitória de Guimarães iria conseguir reagir. Isto porque a equipa treinada por Rui Vitória mal conseguia sair do meio-campo, sendo Barrientos, embora sem grande sucesso, aquele que mais vezes tentava levar a equipa para o ataque.
O domínio era completo por parte dos Dragões e sinal disso foi o facto de Helton não ter sido posto à prova nenhuma vez ao longo dos primeiros 45 minutos. Mas, apesar de tudo, as oportunidades junto da baliza de Douglas também não eram muitas, destacando-se apenas um remate em arco de Atsu mas que saiu fora do alvo, a dois minutos do intervalo.
Pode ter sido a melhor despedida de Hulk do Dragão. Quando se entra na última semana do mercado de transferências, o internacional Brasileiro está em vias de abandonar os Azuis e Brancos e perante o público que o acolheu desde que chegou do Japão fez questão de marcar, provavelmente, o último golo com a actual camisola. 
Numa altura em que o FC Porto parecia dormir à sombra do resultado de 1 x 0, pois entrou para a segunda parte a jogar num ritmo lento e bastante previsível, o que permitiu uma maior oposição por parte do Vitória de Guimarães, Hulk fez questão de quebrar com a monotonia aos 66 minutos.
 
O Incrível, num lance bastante típico em si, a cair para a zona interior desde o lado esquerdo, rematou forte com o pé canhoto e não deu qualquer hipótese de defesa a Douglas, fazendo o 2 x 0.
O golo terminou com as dúvidas que houvesse sobre o vencedor do encontro, mas não foi o último no Dragão, pois, apenas quatro minutos depois, Lucho González, através de uma recarga após um remate de Atsu, ampliou para 3 x 0, carimbando com um bis uma exibição muito bem conseguida.
Com o jogo completamente controlado e decidido, ainda houve tempo para Jackson Martínez brilhar. João Moutinho sofreu uma grande penalidade e, quando se pensava que seria Hulk, foi o Colombiano quem foi chamado a marcar. Não podia ter sido de forma mais artística. Jackson partiu para a bola e rematou à Panenka, estabelecendo em grande estilo o resultado final de 4 x 0.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Lucho González

5 comentários:

P. Ungaro disse...

Boas,

Acabaram as ferias !!!

Se duvidas existissem sobre VP, Lucho, Moutinho, Hulk Atsu, e o resto da equipa, a exibição do Campeão deita por terra os detractores.
Contra factos não ha argumentos, VP mexeu na equipa, sairam Miguel Lopes, Mangala e James e acertou na mouche. Para quem gosta de futebol esgte é um jogo para ver e rever e foi um prazer assistir á magnifica exibição do PORTO.
Se mantivermos esta bitola, esta exigência e esta dedicação temos certamente um futuro risonho.

Gostei, Gostei, Gostei muito !!!

PS - 2 jogos dois penaltis não marcados.

Um abraço

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

JOSE LIMA disse...

Caro The Blue One
A imagem do Porto subiu uns furos... e do blogue também.
Abraço

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Uma bela exibição cujo resultado peca por escasso tão demolidor foi a superioridade portista. Não foi assim o tempo todo. Nos primeiros 20 minutos da segunda parte os jogadores voltaram ao registo de Barcelos, mas sob a batuta de Lucho (que bela exibição)os Dragões acordaram e voltaram aos atributos da primeira parte, desta vez com mais pontaria.

Depois dos primeiros 15 minutos de jogo nunca tive dúvidas da vitória portista. A jogar daquela maneira era quase impossível não ganharem. Os Campeões nacionais dominaram em toda a linha e nunca deixaram os jogadores do Vitória pôr o pé em ramo verde, mesmo nos tais 20 minutos de «ausência».

Vítor Pereira desta vez não inventou e colocou os jogadores nos seus lugares, utilizando (a meu ver) os que, de momento, garantem um melhor rendimento. Parabéns também para ele.

Um abraçoo

Fernando Resende disse...

Visitem, comentem e partilhem:

http://suorecerveja.blogspot.pt/

Obrigado

Pedro Silva disse...

Meus caros eu não partilho do vosso entusiasmo e acho que devemos ter alguma contenção.

È verdade que o nosso FC Porto jogou bem, que o Lucho jogou muito bem, que Vítor Pereira soube “mexer bem no baralho”, mas há que perceber que o Guimarães pôs-se a jeito e que no passado VP já mostrou ter uns tiques que fizeram com que o FC Porto perdesse pontos onde não devia.

Vamos a ver se a vitola é para manter em Olhão.