quinta-feira, 19 de setembro de 2013

3 pontos e nada mais

O FC Porto venceu mas não convenceu. Fazendo jus ao que Jorge Jesus tinha dito no dia anterior, «isto é a Champions», embora os Portistas precisem de mostrar bem mais argumentos para conseguirem melhorar a performance da época anterior. Perante uma equipa muito bem organizada, Lucho González fez o tento solitário que coloca os Dragões na frente do grupo, juntamente com o Atlético de Madrid.
 
Para o onze, e tal como se esperaria, Paulo Fonseca apostou em Josué para ocupar a vaga deixada em aberto por Defour. Mangala regressou ao onze e o trio de ataque foi entregue a Licá na esquerda, Varela na direita, e Jackson Martínez ao centro.
 
Com as principais figuras da equipa em campo, seria de prever uma entrada mandona em campo por parte da equipa de Paulo Fonseca, mas nada disso aconteceu.
 
Muito desligada e congelada a meio campo, a equipa Portista nunca conseguiu fluir o seu futebol no primeiro tempo. É justo que se dê mérito aos Austríacos, pela forma como secaram o movimento de Lucho González (talvez aí a maior dificuldade em o FC Porto impor o seu futebol) e pela inteligência em aproveitar os espaços na defesa Portista - Alex Sandro concedia muito terreno entre si e os centrais.
 
Contudo, as principais razões da apatia Portista estavam na própria equipa. Alex Sandro e Danilo não subiram com a qualidade e com a quantidade que é costume, Varela não apareceu, Fernando, Lucho e Josué falharam passes em número preocupante e Jackson não via a bola chegar aos seus pés. Licá ia remando contra a maré, mas era escasso e inconsequente.
 
O primeiro e único lance do primeiro tempo para os Azuis e Brancos foi precisamente numa excepção ao descrito anteriormente. Aos 27 minutos, Lucho chamou a subida de Danilo que entregou a Jackson, mas o Colombiano atirou por cima.
 
A segunda parte trouxe um FC Porto ligeiramente mais atrevido nos primeiros minutos. Era isso que se exigia à equipa de Paulo Fonseca e foi isso que começou por acontecer, resultando no golo, aos 55 minutos.
 
Mais uma vez numa excepção à regra, Danilo chegou ao último terço e entrou na área, cruzando rasteiro e atrasado, ao encontro de Lucho, com El Comandante a abriu o activo, para suspiro de Paulo Fonseca e da comitiva presente em Viena.
 
O resultado deveria ter o condão de acalmar a equipa para que esta enveredasse para um jogo mais convincente, só que não foi isso que se passou.
 
Otamendi foi o expoente máximo da insegurança Portista, que foi permitindo ataques dos Austríacos, culminados numa bola ao ferro, após um livre pela direita. Os sustos sucederam-se durante cerca de 15 minutos, nos quais a equipa da casa ia explorando os espaços da defesa Portista.
 
Findo esse período, a equipa de Viena perdeu gás e, mesmo não tendo feito nenhum massacre, permitiu ao FC Porto ter outro tipo de controlo sobre a bola e sobre o desenrolar do encontro.
 
Mangala ia compensando as falhas dos colegas e demonstrava maior segurança, Fernando ia acalmando no meio campo e Paulo Fonseca pedia posse de bola, com as entradas Izmaylov, Herrera e Quintero.
 
Perante as últimas ofensivas dos da casa, os Dragões seguraram os três pontos e o milhão de euros, mas os adeptos do clube Português não terão ficado convencidos com a falta de rasgo da equipa. Um aspecto a rever, mesmo que a passagem por Viena tenha, mais uma vez, significado sucesso.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Mangala

3 comentários:

JOSE LIMA disse...

Puxa! Que pessimismo, parecem o MST. Se é verdade que a primeira parte foi muita fraquinha, na segunda dominámos o jogo com 63% de posse de bola, e não venham com a conversa dos passes para trás. Posse de bola é não deixar o adversário tê-la. Tenham calma que “isto” ainda vai no início…
Abraço

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Salvou-se o mais importante, o resultado. O resto foi pouco menos que miserável, na maior parte dos 90 minutos. Muitas perdas de bola, passes mal efectuados, muita desconcentração, pouca velocidade e nenhuma inspiração e ainda muita «abébias» na defesa.

Felizmente os austríacos nunca acertaram com as redes, nas várias ocasiões que tiveram para marcar. Até o poste foi nosso amigo.

Mau de mais para este nível de competição. Fiquei preocupado com o que vi.

Um abraço

rui disse...

Concordando com toda a cronica e acrescentaria que as substituições foram tardias.
Tambem a equipa do Austria de Viena impediu com um estrutura bem montada e bem posicionada o nosso habitual jogo,sem gazuas foi muito difícil abrir a baliza adversaria e foi necessário o Danilo abrir a lata e Lucho oportuníssimo concluir. Creio que alguns jogadores acusaram a estreia nestas lides europeias e num estadio de grande cariz desportivo,passes falhados,defesa a brincar e o Helton a fazer o numero de frisson habitual.Paulo Fonseca não gostou,ninguem gostou valeu o resultado.
Agora vamos ao Estoril que de certeza irá acusar o esforço do jogo com o Sevilha contudo temos que encarar todos os jogos como se fossem decisivos logo nada de facilitar.