segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Quintero resolve!

O FC Porto arrancou a ferros uma importante vitória diante do Paços de Ferreira. Em casa emprestada, a equipa de Costinha retardou ao máximo o golo Portista, que acabou por acontecer por Jackson Martínez, depois de o Colombiano ter desperdiçado um punhado de boas oportunidades.
Para este jogo, Costinha apostou em Rodrigo Antônio para o lado direito da defesa e em Hélder Lopes para a esquerda. Caetano foi a grande novidade Pacense, actuando numa das faixas, com Hurtado do outro lado no apoio a Carlão. Quem também regressou foi Sérgio Oliveira, depois de ter ficado no banco na partida frente ao Zenit, defrontando a equipa que o formou para o futebol.
Na equipa de Paulo Fonseca, o destaque foi para a esperada entrada no onze de Maicon, que substituiu o lesionado Eliaquim Mangala. De resto, Josué continuou a merecer a confiança do técnico, tal como Licá, que têm sido as surpresas do início de época Portista.
O FC Porto entrou a mandar, como seria de esperar. Logo no primeiro minuto, Jackson Martínez teve um bom lance mas atirou ao lado. Era dado o mote para aquilo que seria a primeira parte do encontro.
Defour (6') foi o senhor que se seguiu, antes de Jackson (11') voltar a falhar o alvo, a tendência que mais se verificou na primeira parte do desafio. Jackson tentava dentro de área, os outros tentavam de fora, como foi o caso de Licá (18'), mas o destino era sempre a linha final, nunca o enfiamento da baliza de Degra.
Os primeiros vinte minutos foram de pressão alta do FC Porto que, a partir daí, baixou o seu ímpeto ofensivo, enquanto que o Paços de Ferreira encaixava nas marcações e defendia melhor, não deixando os Portistas entrarem na grande área.
Do outro lado estava o espectador Helton, que ia assistindo à partida ao longe, mas que foi chamado a intervir aos 37 minutos após venenoso remate de Sérgio Oliveira, isto já depois de Jackson ter atirado contra as pernas de um adversário aos 33'.
E a tarde de desacerto era mesmo do Colombiano, que finalizou a primeira parte tal como a iniciou: a falhar, em bela posição, depois de um bom domínio de bola. Ainda antes do descanso, nota para a lesão de Danilo, que teve que ceder o lugar a Jorge Fucile.
Para a segunda parte, pedia-se mais tranquilidade à equipa Pacense, beliscada pelos maus resultados neste início de época, e mais clarividência aos Portistas. Os Dragões entraram como tinham feito na primeira parte: a pressionar, a atacar, a criar oportunidades e... a falhar!
Licá foi, agora, o homem mais em foco, perdendo uma boa chance aos 48' e desviando de cabeça ao lado aos 62'. No entretanto, Jackson já tinha perdido outro lance.
O tempo ia passando, Paulo Fonseca lançava Quintero e Ricardo para dar mais profundidade à equipa e Costinha retirava Vítor do campo, apostando em Rui Miguel e via a sua equipa passar por vários calafrios mas aguentar, ora pelo desacerto do adversário, ora por cortes na hora H, ora por Degra, que sacou uma grande defesa a remate de Fernando aos 75'.
Esse lance, que aconteceu pouco depois de Maicon dar uma fífia e permitir a Carlão e a Sérgio Oliveira desperdiçarem uma grande oportunidade, resultou em canto. Na sequência do canto, surge o golo Portista, pela cabeça de Jackson, num lance em que o central Grégory fica a ver o avançado cabecear na sua zona.
Desbloqueado o nulo, cabia depois ao Paços de Ferreira repor a igualdade, num cenário negro para a equipa, que via a quinta derrota em cinco jogos oficiais cada vez mais perto. Do outro lado, o jogo passou a ser jogado com o relógio, com a satisfação própria de uma equipa que via de perto uma vitória diante de um adversário bem fechado.
A equipa Pacense ainda tentou, por bolas bombeadas para a área, mas o FC Porto provou ser uma equipa organizada a defender e voltou a não sofrer golos, algo que ainda só aconteceu em Setúbal.
Nota para Jackson, que ainda desperdiçou uma oportunidade num dos últimos lances do encontro, quando se isolou perante Degra.
Nas contas finais de uma partida apitada por Rui Costa (teve algumas críticas no golo por suposta falta de Jackson), o FC Porto conseguiu a quarta vitória da temporada, o Paços averbou a quinta derrota. 

Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Juan Quintero

2 comentários:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Exibição pouco conseguida, um tanto cinzenta em que a falta de eficácia foi a nota dominante. Jackson marcou e deu a magra vitória, mas falhou uma mão cheia de oportunidades, em zonas privilegiadas de finalização, algumas das quais com o guarda-redes contrário, completamente impotente, rematando deficientemente e até mesmo despicientemente.

Foi uma performance geral que não convenceu. Falta de velocidade, imaginação, criatividade e eficácia, perante um adversário acantonado junto da sua área e que pouco mais desenvolveu.

Vitória justa mas escassa.

Um abraço

JOSE LIMA disse...

Pois é Ricardo
No princípio parecia tudo fácil. A história do triângulo, direito ou invertido, os laterais a subir, os trincos idem aspas, Lucho perto de Jackson, bons centros dos alas e o Porto a facturar. Analisando do meio-campo até lá à frente, de repente tudo se alterou. O triângulo parece um dueto, os laterais estão colados à defesa, os alas não avançam ate à linha de fundo nem sequer “metem para dentro” quando os laterais, por mera casualidade, sobem.
Sem Lucho à direita, Josué não consegue ocupar o lugar. Fernando parece que tem um saco de batatas atado às pernas, recua, recua, faz faltas à entrada da área, enfim, o mesmo trapalhão de “antigamente”. Défour é o pronto-socorro que não faz esquecer Moutinho. O lado esquerdo é o menos mau, trabalha bem, com Sandro muito bem e Licá a ganhar o lugar.
Restam Jackson e Lucho. O primeiro faz quilómetros por jogo, desgasta-se nas diagonais à espera de passes a rasgar que nunca chegam, e Lucho, outrora com aberturas mortais de 30 metros, paradoxalmente anda perdido num espaço diminuto. Aquele que vai do círculo central até à entrada da área. Também não percebo o motivo porque Jackson foge sempre para a esquerda, sabendo que a perna desse lado é cega e não acerta com a baliza.
Como diria a “voz”: É tudo por agora...
Abraço