sexta-feira, 3 de julho de 2015

Futebol Clube do Porto 2014/15 (IX)

Para encerrar eme definitivo o dossiê Treinador falta-me falar ainda de um aspecto muito importante e que poderá ser a chave do sucesso da próxima Temporada Azul e Branca.
 
Julen Lopetegui herdou uma pesada herança da dupla Paulo Fonseca/Luís Castro. O primeiro chegou ao Dragão com uma ideia clara no que ao sistema táctico diz respeito: implantar o 4x2x3x1 que tanto sucesso lhe tida dado no Paços de Ferreira. Fonseca pouco, e até mesmo nada, se importou com o facto de no Futebol Clube do Porto o 4x3x3 ser o sistema táctico que estava profundamente enraizado em todas as equipas do Clube há já largos anos. Fonseca ignorou também na altura que não tinha Jogadores para o tal de 4x2x3x1 e os sinais de tal foram mais do que muitos (todos nos recordamos, sem sombra de dúvida, das fragilidades defensivas da equipa).
Quando as coisas começaram a correr mal e a pressão da massa adepta a aumentar eis que o agora Treinador do SC Braga “perde completamente o rumo” e a equipa Portista deixou de ter um claro sistema de jogo. A certo momento parecia que ninguém sabia bem o que fazer em campo dado que quase tudo funcionava como os discos pedidos da Rádio festival. Luís Castro ainda “emendou” um pouco o problema mas já era tarde e este não pôde fazer melhor do que dar continuidade ao que já estava feito.
 
Temos portanto que Julen Lopetegui teve de voltar a colocar o Futebol Clube do Porto a jogar no sistema táctico com o qual o Dragão melhor se identifica e que vem sendo adoptado em todos os sues escalões de formação.
 
Só que isto de se mudar o sistema táctico não é o mesmo que mudar de camisa todos os dias. Estas coisas levam tempo porque existem determinados “tiques” e movimentos que não se perdem/criam de um momento para o outro. Por vezes uma época inteira não é suficiente para se mudar aquilo que se trabalhou na época anterior. 
E foi basicamente isto que sucedeu com o FC Porto 2014/15. Julen teve de aproveitar o que de bom tinha o Porto de Fonseca, acabar com o que de mau existia no sistema utilizado e, ao mesmo tempo, criar uma equipa competitiva que fosse capaz de dar o sue melhor em todas as frentes em que o Clube Azul e Branco esteve envolvido. 
 
É um facto incontornável Tudo isto não é mais do que aquilo que por norma se exige a um Treinador de topo como são todos os que passam pelo FC Porto e tem sucesso, mas estas coisas levam o seu tempo e exigem muita, mas mesmo muita, paciência da parte de todos os elementos que compõem uma equipa de futebol profissional.
 
È verdade que se Julen Lopetegui não tivesse optado pela rotatividade excessiva no início da época se calhar o Futebol Clube do Porto poderia ter apresentado uma alternativa devidamente trabalhada ao seu tradicional 4x3x3 quando o jogo do adversário assim o exigisse, mas não é possível construir-se uma casa a partir do telhado. 
 
Infelizmente a não existência de um sistema táctico alternativo trabalhado foi um triste facto que custou alguns pontos aos Portistas em jogos onde era preciso dar mais do que um “safanão” na equipa… 

3 comentários:

Carrela disse...

Dada a situação, a correr quase sempre atrás do prejuízo, não terá dado tempo para evoluir o tal sistema alternativo.
Foi o ano 0.
Agora, e pelas contratações, parece que será uma realidade mais forte.
Vamos aguardar.

Abraço

Anónimo disse...

Viva,
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Obrigado

Pedro Silva disse...

@ Carrela

A impressão que eu tenho é que nunca houve um verdadeiro sistema alternativo. E já expliquei aqui porquê.

Aquele abraço!!!