Só o mais puro dos optimistas podia pensar, antes da primeira meia-hora de jogo, que o FC Porto iria chegar ao intervalo a vencer, ainda para mais por dois golos sem resposta. Na verdade, os Azuis e Brancos iniciaram muito mal o encontro com o Maccabi Tel Aviv, equipa Israelita que chegou ao Dragão ainda sem qualquer golo apontado nas primeiras duas jornadas, mas que podia se ter estreado nesse capítulo.
Os rasgos individuais de alguns jogadores do FC Porto, nomeadamente Yacine Brahimi e Maxi Pereira, eram coisa pouca para os imensos erros que o sector mais recuado ia cometendo. Alguns passes errados, especialmente de Marcano, permitiram aos Israelitas pôr a defesa dos Dragões em sentido. A acrescentar a isso, o meio-campo, nomeadamente Imbula, teimava em decidir sempre mal, ao ponto de Lopetegui ter mandado Danilo Pereira aquecer, tendo estado mesmo na iminência de entrar.
Num encontro em que o FC Porto se mostrava demasiado partido – atacantes sozinhos porque o meio-campo decidia mal e defesa a entregar a bola aos atacantes adversários através de passes errados – e quase sempre a tomar a opção do caminho mais difícil, só um lance aos 25 minutos, em que Layún cruzou para Aboubakar rematar ao lado, é que foi capaz de parar a exibição amarela (cor do equipamento do Maccabi) estava a ter até então.
Curiosamente, Layún e Aboubakar foram os protagonistas do primeiro golo do FC Porto, que aconteceu aos 37 minutos. Do ponto de vista exibicional, a equipa de Lopetegui melhorou desde o minuto 30, nomeadamente com os dois laterais a darem mais profundidade ao corredor na ajuda aos extremos. E foi num desses movimentos, neste caso pela esquerda, que Layún assistiu primorosamente Aboubakar para o primeiro golo, num tento que colocou os Dragões em vantagem e que permitiu ao atacante Camaronês acabar com um jejum que durava desde 16 de Setembro, quando facturou na Ucrânia perante o Dynamo Kyiv.
E ainda os adeptos do FC Porto festejavam o primeiro golo, quando Yacine Brahimi, após passe de Aboubakar, apareceu isolado e ampliou a vantagem. Em apenas quatro minutos, os Azuis e Brancos sentenciaram praticamente a partida com dois golos, algo que nada fazia prever, principalmente pela (má) exibição protagonizada durante os primeiros 30 minutos.
O 2 x 0 permitiu aos Dragões irem mais descansados para o intervalo. Nesse sentido, o segundo tempo foi mais de gestão do resultado. Embora o Maccabi Tel Aviv tenha tido bola, o FC Porto, nesses casos, controlou quase sempre à distância. A excepção foi um remate de longa distância de Avraham Rikan, que passou um pouco por cima da baliza de Casillas, guarda-redes que, apesar das vezes em que a bola rondou a sua baliza, não teve verdadeiramente que se aplicar para a defender.
Nos momentos da bola na sua posse, os jogadores do FC Porto não forçaram demasiado no ataque, embora tenham estado perto do 3 x 0 quando viram a bola bater no poste e ainda quando Aboubakar, em excelente posição, atirou por cima. Ou então, quando Maxi Pereira não fez melhor, após passe de Danilo Pereira. O mais importante para os Dragões, os 3 pontos, já estava conseguido e, a avaliar pela primeira volta agora completa, a porta dos oitavos de final da Liga dos Campeões abre-se mais a cada jornada que passa.
Retirado de zerozero
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Brahimi
10 comentários:
Vivemos do génio de Brahimi, voluntarismo de Aboubakar e trabalho de Maxi. Uma jogada nivel Liga dos Campeões que Maxi falhou, dois passes à distância sde Danilo e a pasmaceira do costume. Para quando um fio de jogo consistente e ambicioso?
20 vitórias consecutivas no Dragão!
15 jogos de CL e apenas 1 derrota, fora, com o Bayern.
É mais que óbvio que tudo isso foi conseguido apenas e só por génio individual de A, por voluntarismo de B e por trabalho de Z.
Não é fácil engolir Julen... é muito grande!
@ Carrela
Julen tem o seu mérito neste recorde mas ainda existem muitas arestas por limar. Uma delas é a de o nosso FC Porto demorar tanto tempo a "arrancar" no jogo, a outra prende-se com o fraco aproveitamento das bolas paradas, há ainda algum desacerto na linha defensiva (especialmente na fase de construção de jogo ofensivo) e, por último, existe ainda alguma dependência das jogadas individuais para se resolver alguns jogos (aquilo que o anónimo fez referência).
Mas nada disto retira mérito ao Basco. Este continua a ter a sua malapata (já aqui falei nela: treino), mas nada lhe retira o mérito naquilo que a equipa Azul e Branca alcançou ontem.
@ Pedro Silva
É evidente que temos defeitos, quem não os têm?
Os "defeitos" que apontas, são consensuais!
Já o depender das jogadas individuais, onde se quer chegar?
Dependemos como todas as equipas dependem dos seus grandes jogadores!
E uma coisa é fazer criticas construtivas ou reparos, apontar falhas, aspectos menos conseguidos, outra completamente diferente e para a qual não há paciência, é fazer comentários básicos de vota a baixo, em que se reduz tudo a defeitos e a incompetência de Julen.
Onde quer chegar esta gentinha?
Basicamente querem ser os espertinhos do "eu não dizia que o Lopetego era o burro?"
Cumps
@ Carrela
"E uma coisa é fazer criticas construtivas ou reparos, apontar falhas, aspectos menos conseguidos" (...)
Basicamente tento pautar as minhas analises/opiniões sobre o nosso Futebol Clube do Porto seguindo esta linha de pensamento. Evidentemente que não estou isento de erros (também sou adepto) mas tento ser o mais justo possível respeitando a opinião de todos os outros Adeptos.
Aquele abraço!!!
Caro Carrela, para quê chamar nomes a Lopetegui, se sempre nos honra com a sua prosápia?
Sr, Carrela, até o Luis Castro não perde há não sei quantos jogos e olhe que tem apanhado algumas equipas melhores que o Macabi
@Pedro Silva
Sem dúvida que o faz... por isso é que sou frequentador deste blog.
E nem sempre concordo com as opiniões aqui expressas.
Abraço
Os comentários inteligentes do Carrela, deixam-nos descansados quanto ao QI do nosso treinador. Oremos irmãos.
O Basileia, esse colosso europeu no dizer dos servos e vassalos de Lopetegui, hoje perdeu em casa com esse colosso sediado próximo do mosteiro dos Jerónimos. A proeza do Sr. Lopetegui, não foi lá grande proeza, pois não Sr. Carrela?
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