quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Com os oitavos tão perto

O FC Porto deu mais um passo seguro na caminhada rumo aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Em Haifa, foi quase sempre mais lúcido do que um Maccabi que quis e conseguiu mostrar mais do que tinha mostrado no Porto, mas que revelou menos atributos qualitativos, frente a um Dragão mais seguro e capaz. Tello e André André marcaram e brilharam, Layún fez o outro. O FC Porto era favorito e demonstrou-o uma vez mais.
 
Os primeiros dez minutos foram enganadores. Talvez tenham sido surpreendentes para o FC Porto, pela forma como o Maccabi se apresentou pressionante e crente. Talvez tenham sido para Lopetegui, que pedia uma posse controlada num relvado de vidro, que ameaçava esburacar-se rapidamente. Talvez tenham sido para quem via a partida e poderia achar que, afinal, os Israelitas podiam mesmo dar muito trabalho.
 
Tudo isso foi enganador, porque apenas nesse período houve equilíbrio. Depois, os Dragões perceberam que era o lado esquerdo da sua defesa que o adversário procurava explorar, perceberam que as mudanças de ritmo na zona central baralhavam o Maccabi e perceberam que a defesa contrária é demasiado macia para as exigências de uma Liga dos Campeões.
 
Verdade que Casillas teve que fazer uma grande defesa ao quarto de hora, mas não menos verdade que, ao intervalo, o 0 x 1 era curto. Tello fez aquilo que Aboubakar, mais do que uma vez (uma delas escandalosa), não conseguiu.
 
Só era preciso um pouco de gestão para apagar o pouco fogo que os Israelitas ainda tinham (acalentado pela dupla substituição ao intervalo) e depois dar o toque final no marcador.
 
André André encarregou-se disso, fazendo brilhar a sua cabeça rapada no confronto com o couro da bola. Com o 0 x 2, era mesmo apenas uma questão de não adormecer. Isso aconteceu por Casillas, numa reposição de bola, mas o Espanhol acordou no imediato com uma grande defesa e o alarme soou na cabeça de toda a equipa.
 
A segunda parte até foi mais difícil no sentido de segurar o ímpeto do adversário contrário, mas também criou mais espaços para a transição. Foi um FC Porto menos normal, sem tanta posse, mas igualmente capaz de ficar por cima, no jogo e no marcador.
 
Layún fechou as dúvidas que nem o penálti (inexistente) de Zahavi colocaram em causa. O FC Porto é líder e está praticamente apurado.
 
Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Tello

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