domingo, 3 de fevereiro de 2013

Xeque Mate

De cabeça e nas alturas, assim venceu o FC Porto no «castelo» D. Afonso Henriques. Três golos de cabeça embalaram o Dragão para um 4 x 0 imaculado, numa Liga em que a clivagem entre Dragões, Águias e tudo o resto assume a cada jornada maior dimensão (preocupante para o interesse do futebol nacional).
Tal como o Benfica em Braga na jornada anterior, Guimarães constituía em teoria e nas páginas da História um dos mais complicados obstáculos para o FC Porto; e tal como as Águias na «Pedreira», também os Dragões trataram de provar ainda na primeira parte que há um – ou dois, ou três – Mundos a separar os dois «colossos» nacionais das restantes equipas.
Não obstante as boas intenções Vitorianas no papel, isto só deu FC Porto desde o minuto inicial. Antes do golo de Mangala, Douglas evitou o golo a Varela (13’) e o perigo rondou mais uma ou outra vez a baliza do guardião Brasileiro do Afonso Henriques. Previa-se com facilidade a vantagem Portista selada pelo central Francês aos 15 minutos, saltando tão mais alto que Paulo Oliveira para um cabeceamento indefensável.
Entre os golos, nota para Marat Izmaylov. O Russo, titular em Guimarães no lugar do lesionado Steven Defour (que já estava a substituir James Rodríguez), desenhou a mais bela jogada da primeira parte, quando aos 19 minutos «furou» entre dois adversários e com um passe a «rasgar» lançou Jackson Martínez; o Colombiano seria travado por Douglas, por enquanto.
Sem que Helton visse o perigo de perto – o manto Vitoriano não estica sempre -, o FC Porto chegou ao 0 x 2. Novamente na sequência de um canto, novamente nas alturas, novamente de cabeça. Agora foi Jackson Martínez a aplicar as «leis da bola», de cima para baixo, celebrando o 16º golo na Liga portuguesa. O 17º e o 18º chegariam mais tarde.
Por «mais tarde» entenda-se o minuto 56, primeiro, quando a segunda parte corria à medida de um FC Porto controlador com base nos dois golos de vantagem. De repente o colombiano surgiu isolado perante Douglas – a passe de Fernando - e não falhou, aumentando os números da vitória Azul e Branca para 0 x 3. Tudo resolvido, tudo fácil, até no historicamente difícil «berço» de Portugal.
Mas o show de Jackson ainda não tinha acabado, selado antes com um hat-trick puro aos 73 minutos. Varela fez tudo bem, olhou e encontrou a cabeça do melhor marcador do Campeonato.
No dia em que o Sporting abriu mais uma ferida com a derrota em Vila do Conde, por 2 x 1, também a Norte se registou um momento que em nada consola a Alma Leonina. Liedson, símbolo e ídolo em Alvalade, estreou-se de Dragão ao peito quando pisou o relvado do Estádio D. Afonso Henriques para jogar os últimos 15 minutos da partida, rendendo um antigo Capitão e ídolo de... Alvalade, João Moutinho. E sobre Izmaylov também já se falou...

Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Jackson Martinez

2 comentários:

Pedro Silva disse...

Dá gosto ver o FC Porto a jogar!

Contudo há que ter cuidado com estas comparações. O Porto joga à Porto e o Barcelona à Barcelona. Nada de misturas.

Não alimentemos ilusões que podem ser perigosas, pois basta um jogo correr mal para que se passe de bestial a besta.

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Vitória indiscutível, num campo difícil frente a um adversário aguerrido. Exibição muito agradável, mais uma, a demonstrar o bom momento que a equipa atravessa. Muitos golos, muito controle, muita posse e boa circulação de bola. Que mais pedir a esta equipa? O título, naturalmente e uma boa prestação na Champions.

Um abraço