quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mau demais mesmo para um Particular

A Selecção Portuguesa empatou no encontro de preparação para os derradeiros jogos da qualificação para o Mundial do Brasil, num jogo que fica marcado pela grande moldura humana presente no Estádio do Algarve, que viram Portugal desperdiçar várias oportunidades e que souberam que há boas novidades vindas da Irlanda do Norte.
 
Portugal tem tido um histórico bastante favorável frente aos Holandeses nos últimos encontros, mas, desta vez, não conseguiu mais do que empatar.
 
Paulo Bento apresentou algumas mudanças no onze das Quinas, tentando dar rotinas a jogadores que não costumam ser primeiras opções do Selecionador.
 
Nani, Raúl Meireles, João Moutinho, Varela ou Vieirinha eram, todos eles, cartas fora do baralho, por se encontrarem lesionados. Além destes, Rui Patrício e Bruno Alves também não foram opções iniciais, com Paulo Bento a delinear um onze com: Beto; João Pereira, Pepe, Luís Neto e Fábio Coentrão; Miguel Veloso, Rúben Amorim e Rúben Micael; Cristiano Ronaldo, Danny e Hélder Postiga.
 
A Selecção Portuguesa não foi convincente no primeiro tempo, teve pouca agressividade sobre a bola, chegou poucas vezes com perigo à baliza de Vorm e, pior do que isso, sofreu um golo.
 
Aconteceu aos 17 minutos e resultou de um trabalho pela direita, com a bola a sobrar par Strootman que, à entrada da área, desferiu um potente remate sem hipóteses para Beto, mas com muitas culpas para os jogadores que rodeavam o médio da Roma, ele que rematou completamente à vontade numa zona em que se impunha outro tipo de pressão.
 
Portugal só perto da meia hora de jogo é que conseguiu criar real perigo, só que Rúben Micael, depois de cruzamento rasteiro pela direita, e com a baliza escancarada, não foi suficientemente astuto e certeiro, levando os Portugueses ao desespero.
 
Portugal entrou efectivamente bem melhor no segundo tempo, pressionando muito alto os Holandeses, que se viram na obrigação de recuar no terreno, e criando variadíssimas oportunidades para empatar o encontro.
 
Fábio Coentrão e (sobretudo) João Pereira envolveram-se muito bem nas movimentações ofensivas e foi pelos flancos que Portugal mais desequilíbrios criou, só que a pontaria não estava a pender para a Selecção das Quinas.
 
Coentrão (48'), Ronaldo (64') ou Paulo Machado (72') foram alguns dos exemplificadores do desperdício Lusitano, frente a uma Holanda encolhida, recolhida e a pôr-se a jeito para que a rede de Michel Vorm balançasse.
 
Ora pois que Ronaldo - se calhar nem é o verdadeiro, como diz o outro, mas é, sem dúvida, o melhor - manteve-se em campo para o que desse e a verdade é que deu em canto pela esquerda, toque de Pepe, remate do capitão e golo da Selecção, decorridos que estavam 87 minutos.
 
Explosão absoluta nas bancadas do Estádio do Algarve, com 29.021 espectadores (recorde do estádio) a vibrarem com o 40º golo de Ronaldo com a camisola das Quinas.
 
Até final, e com festa nas bancadas, nota apenas para o anti-jogo Holandês, estranhamente desinteressada em jogar um encontro particular, e para um livre de Ronaldo mesmo a fechar, com Vorm a encaixar.
 
Da Irlanda do Norte chegaram as melhores notícias da noite: a Rússia, que tinha perdido em Portugal em Junho, voltou a cair, agora aos pés dos Irlandeses e perdeu a margem de erro que ainda tinha.
 
Portugal ainda depende da Selecção Russa, mas um deslize da Selecção de Capello pode, a partir de agora, voltar a fazer com que Paulo Bento mude o discurso.
 
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Luís Neto

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