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domingo, 24 de julho de 2016

Reviravolta e mais qualquer coisinha

Foi um FC Porto de duas caras na vitória frente ao Vitesse, da Holanda. Uma equipa com pouca capacidade ofensiva na primeira parte, mas, no segundo tempo, uma equipa diferente, para melhor. Voltaram a levantar-se problemas para Nuno Espírito Santo, mas também apareceu uma solução. Jogar com um homem, nesta caso foi Bueno, mais perto do avançado, partindo um pouco o tradicional 4x3x3. 
 
Não está ainda no ponto este novo Dragão, mas começa a parecer mais equipa e, com mais alguns ajustes no plantel, pode voltar a ser o FC Porto que nos habituou.
 
Com uma equipa totalmente diferente daquela que jogou contra o PSV, os dragões evidenciaram alguns problemas familiares e outros que ainda não se tinham visto. Desde logo, e o mais gritante, é a falta de capacidade para criar oportunidades. A culpa não pode ser toda colocada nas costas de Aboubakar, mas é certo que o avançado camaronês precisa de melhorar. Salta a vista a falta de homens no ataque e até se pode começar a pensar se este 4x3x3, que atuou na primeira parte, é a melhor solução para o FC Porto.
 
Outra coisa que se notou, foi a falta de João Carlos Teixeira. André André e Josué gostam de ter bola, mas acabam por não ter a capacidade de rotura do jovem reforço. Também falta Danilo Pereira e, neste jogo, notou-se por mais que uma vez a falta de um destruidor no meio campo. O golo, por exemplo, surgiu de um lance onde não houve capacidade de matar a jogada. 
 
A segunda parte trouxe um FC Porto diferente. Desde logo com Bueno, o tal jogador que parece estar sempre fora das opções. O certo, é que com o jogador espanhol, os dragões melhoraram. Bueno jogou mais perto de Aboubakar e, mal entrou, combinou bem com o avançado num dos melhores lances portistas de todo o jogo. Apenas a finalização errada do camaronês impediu o empate. Outra das alterações foi a entrada de André Silva, novamente para jogar no flanco direito. O jovem avançado é daqueles que nunca joga mal e esforça-se em todos os lances, ainda assim não é na direita que mais brilha. 
 
O FC Porto, com Bueno, passou quase sempre a jogar numa espécie de 4x4x2, ou 4x2x3x1, e notou-se mais capacidade de sufocar o adversário e ter bola mais perto da área da equipa holandesa. Faltou, neste período, mais eficácia no momento do último passe e da finalização. Apesar disso, os últimos 20 minutos, e depois das entradas de Corona, Otávio e João Teixeira, viu-se uma equipa com muita qualidade no ataque. Corona empatou e, de penálti, André Silva fez o 2x1, um resultado justo para o que o FC Porto fez, especialmente na segunda parte. 
 
É um dragão ainda à procura das melhores soluções. Há processos, e com qualidade, mas falta um trabalho mais concreto no ataque. Já aqui dissemos André Silva será, com certeza, uma boa solução para a temporada. Não podemos dizer o mesmo de Aboubakar e, por isso, convém lembrar que o mercado está aberto e há bons pontas de lança disponíveis.

Retirado de zerozero

Melhor em Campo. Bueno

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Muita parra, pouca uva

Contra o adversário mais complicado até agora, eis que surge a primeira derrota do FC Porto nesta pré-temporada. 3x0 frente ao PSV, um resultado demasiado pesado para o que aconteceu na partida. Erros de Felipe, falta de capacidade para criar oportunidades, mas processos interessantes para os dragões frente aio campeão holandês, que recentemente também venceu o Sporting por 5x0.
 
Novamente nesta partida, tal como na anterior, ficou visível que André Silva é boa solução para o ataque, mas falta alguém que dê mais peso e acutilância entre os centrais adversários. O mercado está aberto e o FC Porto tem de começar a olhar com mais urgência para a questão do ponta de lança.
 
Tal como se tinha visto frente ao Osnabrück, os dragões entraram bem na partida. Com Evandro a jogar como trinco e com Otávio na esquerda, o FC Porto tinha bola e sabia o que fazer com ela. Muitas vezes sob a batuta de João Carlos Teixeira a equipa apresentava boas movimentações mas, mais uma vez, pecava na criação de oportunidades. André Silva esforçava-se para dar linhas de passe, mas depois não dava solução entre os centrais. 
 
Com mais ritmo de jogo, foi normal ver o PSV a equilibrar as contas. Foi nessa altura que Felipe ia mostrando qualidade. Forte nas antecipações e implacável pelo ar o central ia rubricando uma boa exibição. Só que, essa boa partida, ficou manchada com dois erros que mostram que, apesar de estar com ritmo de jogo, o antigo jogador do Corinthians ainda está a adaptar-se ao clube e às exigências do futebol europeu. Primeiro ofereceu a bola ao ataque do PSV e não se posicionou bem no primeiro golo. Depois abordou mal um lance, obrigou Herrera a fazer falta e, na marcação desse livre, ainda foi fazer um auto-golo. É certo que os erros são para fazer na pré-temporada, mas Felipe sabe que tem a missão de ser o patrão da defesa portista.
 
Os golos afetaram a equipa e, mesmo com jogadores que sabem ter a bola, o PSV tomou conta do jogo. Ainda que sem permitir grandes oportunidades, ficou notório que o FC Porto ainda procura os melhores processos, especialmente no setor ofensivo.
 
A entrada para a segunda parte trouxe Rúben Neves no lugar de Evandro. Não que o brasileiro tenha estado mal, mas o jovem português deu à equipa mais certeza no passe. Com isso os portistas fizeram cerca de 20 minutos de muita qualidade. Com os extremos a serem apoiados de foram constante pelos laterais e com Herrera a ser uma épecie de plataforma giratória da equipa, faltou apenas a criação de oportunidades claras de golo. André Silva ainda tentou e voltou a mostrar alguns bons apontamentos, mas voltou a sentir-se a falta de um ponta de lança com mais peso entre os centrais.
 
As alterações de Nuno Espírito Santo, que apenas não trocou José Sá na baliza, pareciam que iriam dar mais acutilãncia ao FC Porto, mas numa rápida jogada de contra-ataque o PSV fez o terceiro golo, transformando resultado numa injustiça de valores.
 
Não está tudo mal neste FC Porto. Há bons processos e uma dinâmica que a equipa não tinha na temporada passada. Falta afinar a defesa e, talvez, dar músculo a este ataque.

Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Rúben Neves

domingo, 13 de julho de 2014

Lá como cá

O Mundial Brasil 2014 está quase a terminar e penso que existem ilações que todos deveríamos retirar em vez de darmos força e corpo aos odiozinhos pessoais que tem ganho uma força tremenda na Nação Azul e Branca nos últimos tempos.
 
É um facto incontornável que tanto Scolari como Paulo Bento são donos de uma postura tal que tem inimigos em quase todos os lados e é nesta altura complicada que todos saem da sua toca para os trucidar.
Não estou aqui a defender Scolari e Bento. Pelo contrário são duas personagens pelas quais não sinto simpatia alguma e muito menos acho que os deva defender seja de que maneira for. O que está em causa é o facto de muita gente do Planeta Azul e Branco entrar numa de “cascar” nos dois, “obedecendo assim ao Dono”, em vez de olhar para o que realmente está a falhar na Selecção do Brasil e Portugal.
 
Senão vejamos; tanto uma Equipa como a outra tem Jogadores de Classe Mundial que à sua maneira fazem a diferença pela positiva. A Escrete tem Neymar e a Selecção das Quinas tem Cristiano Ronaldo por exemplo. Mas a mabas falta-lhe entrosamento e renovação de ceer5tos sectores. A ambas faltou-lhes, e falta, entrosamento e um fio condutor que faça delas uma equipa no verdadeiro sentido do termo.
E como se conseguir este entrosamento? Dando continuidade ao que se vai fazendo desde as camadas jovens. Tanto em Portugal como no Brasil todos os escalões de formação seguem um esquema táctico e uma forma de jogar que cria raízes em várias gerações de Jogadores. É isto que a actual Alemanha tem feito, a Holanda também e a Inglaterra optou agora por fazer o mesmo.
 
Ora então o que falhou na Canarinha e na Portuguesa? Tudo! Dizer que os culpados dos descalabros Luso e Brasileiro foram os seus Treinadores é o mesmo que ser-se obtuso e demonstrar não perceber absolutamente nada de futebol. 
 
Tudo falhou e há que apurar responsabilidades junto de todos os corpos directivos e Técnicos das respectivas Federações em vez de se entrar na individualização do insucesso porque se formos por este caminho o problema vai-se manter mesmo que à frente das respectivas Selecções se coloquem Treinadores de Classe Mundial como José Mourinho e Pep Guardiola.
 
Lá como cá o problema é complexo e é preciso que, com caracter de urgência, se faça alguma coisa com racionalidade e não com a emotividade irracional que é marca registada dos Latinos.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Pensamento da Semana: Mais vale cair em graça do que ser engraçado

Acompanhei com a atenção possível o jogo Portugal x Holanda. Paulo Bento foi forçado a experimentar outras opções para além daquelas com as quais conta habitualmente. E o que vi eu? 
 
Uma tremenda pobreza franciscana. Das “novas apostas” de Bento não vi nada mais senão o famoso “brinca na areia” e a exibição dos habituais do Paulo foi de levar as mãos á cabeça. Apenas Ronaldo se safou mas em muitos momentos deixou-se levar pela maré.
 
É um facto que a Holanda também não estava muito interessada em jogar à bola. Assim como é evidente que os Holandeses estavam mais interessados em distribuir pancadaria do que em jogar futebol- Também é obvio que o jogo não contava para nada dado que se tratou de um Particular… Mas a verdade seja dita, estamos a falar da Selecção Nacional onde supostamente jogam os melhores Jogadores Lusos!
 
Mas pior que a exibição das alternativas de Bento é o branqueamento que a Comunicação Social Desportiva faz deste péssimo jogo. A Paulo Bento tudo é permitido… Até presentar os adeptos com um jogo terrível.
 
Mas é como diz o Povo e muito bem, mais vale cair em graça do que ser engraçado.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mau demais mesmo para um Particular

A Selecção Portuguesa empatou no encontro de preparação para os derradeiros jogos da qualificação para o Mundial do Brasil, num jogo que fica marcado pela grande moldura humana presente no Estádio do Algarve, que viram Portugal desperdiçar várias oportunidades e que souberam que há boas novidades vindas da Irlanda do Norte.
 
Portugal tem tido um histórico bastante favorável frente aos Holandeses nos últimos encontros, mas, desta vez, não conseguiu mais do que empatar.
 
Paulo Bento apresentou algumas mudanças no onze das Quinas, tentando dar rotinas a jogadores que não costumam ser primeiras opções do Selecionador.
 
Nani, Raúl Meireles, João Moutinho, Varela ou Vieirinha eram, todos eles, cartas fora do baralho, por se encontrarem lesionados. Além destes, Rui Patrício e Bruno Alves também não foram opções iniciais, com Paulo Bento a delinear um onze com: Beto; João Pereira, Pepe, Luís Neto e Fábio Coentrão; Miguel Veloso, Rúben Amorim e Rúben Micael; Cristiano Ronaldo, Danny e Hélder Postiga.
 
A Selecção Portuguesa não foi convincente no primeiro tempo, teve pouca agressividade sobre a bola, chegou poucas vezes com perigo à baliza de Vorm e, pior do que isso, sofreu um golo.
 
Aconteceu aos 17 minutos e resultou de um trabalho pela direita, com a bola a sobrar par Strootman que, à entrada da área, desferiu um potente remate sem hipóteses para Beto, mas com muitas culpas para os jogadores que rodeavam o médio da Roma, ele que rematou completamente à vontade numa zona em que se impunha outro tipo de pressão.
 
Portugal só perto da meia hora de jogo é que conseguiu criar real perigo, só que Rúben Micael, depois de cruzamento rasteiro pela direita, e com a baliza escancarada, não foi suficientemente astuto e certeiro, levando os Portugueses ao desespero.
 
Portugal entrou efectivamente bem melhor no segundo tempo, pressionando muito alto os Holandeses, que se viram na obrigação de recuar no terreno, e criando variadíssimas oportunidades para empatar o encontro.
 
Fábio Coentrão e (sobretudo) João Pereira envolveram-se muito bem nas movimentações ofensivas e foi pelos flancos que Portugal mais desequilíbrios criou, só que a pontaria não estava a pender para a Selecção das Quinas.
 
Coentrão (48'), Ronaldo (64') ou Paulo Machado (72') foram alguns dos exemplificadores do desperdício Lusitano, frente a uma Holanda encolhida, recolhida e a pôr-se a jeito para que a rede de Michel Vorm balançasse.
 
Ora pois que Ronaldo - se calhar nem é o verdadeiro, como diz o outro, mas é, sem dúvida, o melhor - manteve-se em campo para o que desse e a verdade é que deu em canto pela esquerda, toque de Pepe, remate do capitão e golo da Selecção, decorridos que estavam 87 minutos.
 
Explosão absoluta nas bancadas do Estádio do Algarve, com 29.021 espectadores (recorde do estádio) a vibrarem com o 40º golo de Ronaldo com a camisola das Quinas.
 
Até final, e com festa nas bancadas, nota apenas para o anti-jogo Holandês, estranhamente desinteressada em jogar um encontro particular, e para um livre de Ronaldo mesmo a fechar, com Vorm a encaixar.
 
Da Irlanda do Norte chegaram as melhores notícias da noite: a Rússia, que tinha perdido em Portugal em Junho, voltou a cair, agora aos pés dos Irlandeses e perdeu a margem de erro que ainda tinha.
 
Portugal ainda depende da Selecção Russa, mas um deslize da Selecção de Capello pode, a partir de agora, voltar a fazer com que Paulo Bento mude o discurso.
 
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Luís Neto

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Treinar a golear

No primeiro teste do estágio de pré-época, o FC Porto goleou o MVV por 6 x 0, numa partida em que os Azuis e Brancos, como se esperava, foram sempre superiores ao adversário e na qual Paulo Fonseca aproveitou para utilizar 23 jogadores.
Josué, Licá e Nabil Ghilas foram os reforços que Paulo Fonseca decidiu integrar no 11 inicial, sendo que 21 minutos foi o tempo que os Tricampeões Portugueses precisaram para se colocarem em vantagem, com Silvestre Varela, através de um remate acrobático, a ser o marcador de serviço.
Apenas três minutos depois, Nabil Ghilas, que foi confirmado como reforço do FC Porto horas antes da partida para o estágio, estreou-se a marcar com a camisola dos Azuis e Brancos, antecipando-se ao guarda-redes do MVV e ampliando a vantagem.
O internacional Argelino marcou aos 24 minutos e estreou-se nas assistências ao minuto 31, tendo feito o passe para o golo de Castro, que fez o 3 x 0, resultado pelo qual o FC Porto vencia o conjunto Holandês ao intervalo.
Para a segunda parte, Paulo Fonseca colocou dez novos jogadores em campo, com destaque para as entradas de Jorge Fucile, Carlos Eduardo e Iturbe, sendo que apenas Alex Sandro se manteve e relação à equipa que principiou o encontro.
Jackson Martínez, que entrou para o lugar de Ghilas, estreou-se a marcar nesta pré-temporada aos 53 minutos, ao fazer o 4 x 0 através de um excelente cabeceamento, e aos 65 minutos foi Juan Iturbe, que depois de uma falta sofrida por Kelvin dentro da área, fez o 5 x 0 na conversão de uma grande penalidade.
0 6 x 0 final foi apontado a dois minutos dos 90, com Marat Izmaylov a rematar de fora da área com o pé direito e a colocar a bola dentro da baliza de Bram Castro.
O terceiro teste do FC Porto na pré-temporada está marcado para o próximo Sábado e a exigência será maior, pois o adversário é o Marseille, naquele que será um reencontro de Lucho González com a ex-equipa. 

Retirado de zerozero 

P.S.: Não foi possível eleger o Melhor em Campo desta partida dado que não houve a possibilidade de acompanhar esta partida em directo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O Cantinho das Modalidades

Andebol
 
O FC Porto Vitalis venceu pela segunda vez o Limburgse Handbal Dagen, torneio disputado entre quinta-feira e sábado em Sittard, Geleen e Beek, na Holanda. Na final, em Geleen, os Dragões bateram os Estónios do Polva Serviti por 29 x 21. Pedro Spínola foi o homem do jogo.
 
Neste torneio, em que participaram oito equipas de diferentes países, o FC Porto bateu, na fase de grupos, os Chineses do Guangdong (44 x 22), os Ucranianos do ZTR Zaporozhye (38 x 25) e o OCI Nitrogen/Lions (36 x 26). Na meia-final, eliminou o Ciudad Encantada (34 x 29), actual quinto classificado da Liga Espanhola.
 
Refira-se ainda que o Cubano Yoel Morales se estreou com a camisola Azul e Branca neste torneio, em que não participaram Wilson Davyes e João Ferraz, por estarem ao serviço da selecção Portuguesa.

domingo, 17 de junho de 2012

Resolvam lá isto de uma vez

E pronto eis que chegamos ao final da Fase de Grupos do EURO 2012. Portugal começou mal e agora apenas depende de si para passar aos Quartos-de-final da Competição. Sim depende de si porque eu não alinho nestas coisas doidas que meio mundo Luso anda a fazer dando a entender que a malta de cá adora andar de calculadora na mão e com o “se” na boca.

A adversária é uma velha conhecida e se calhar de todas as Selecções do Mundo aquela que mais se parece com Portugal tanto no jogo jogado como na mentalidade competitiva. Tal como nós esta Holanda tem qualidade q.b., só que esta não apareceu ainda nos dois jogos que realizou e que terminaram em derrota. A Laranja mecânica empanou ante uma chata Dinamarca e perante uma robótica Alemanha deu um ar da sua graça mas não foi suficiente.

O nosso Cronista Ricardo Costa já aqui o disse, o ponto mais fraco desta Selecção Holandesa é a defesa e convêm que Portugal aproveite isto o mais rapidamente possível. Isto porque se Sneijder, Robben, Van der Vaart, Van Persie, Afellay, Huntelaar e Kuyt acordarem cedo para o jogo então vai ser um 31 porque a defesa Portuguesa não é famosa como pudemos ver na última parte em que Portugal sofreu dois golos da Dinamarca.

Para além disto é fundamental que a nossa Selecção mantenha os pés bem assentes na terra. A Comunicação Social Portuguesa bem que tem passado a imagem de que nos damos muito bem com os Holandeses e que os derrotamos com facilidade até, mas esquece-se que no futebol não existem jogos iguais e que a lógica neste Desporto é uma batata. O importante é que o onze inicial de Paulo Bento entre em campo concentrado, alheio ao que se vai passando no outro jogo do grupo e que respeite este adversário laranja. E quando digo respeitar não é meter-se em frente da baliza a defender, mas sim atacar sem descurar a zona defensiva po0r causa dos suspeitos de que já aqui falei.

Este é o jogo ideal para Nélson Oliveira jogar de início uma vez que é um avançado muito rápido e móvel. A linha defensiva do País Baixo é lenta e dura de rins. Será também uma excelente oportunidade para Cristiano Ronaldo brilhar e calar de vez os estúpidos que o tem deitado abaixo com críticas ridículas típicas de macacos como o Oliver Khan. Cristiano numa das faixas, Nani na outra e Nélson Oliveira no meio poderão ser a “sentença de morte” desta Holanda que é somente a Vice Campeã do Mundo.

Sendo assim Portugal deverá alinhar com o seguinte onze (4x3x3):

- Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Pepe, Coentrão, Veloso, Raul Meireles, João Moutinho, Cristiano Ronaldo, Nani e Nélson Oliveira.

O Holanda Portugal da 3ª Jornada do Grupo B tem o seu início aprazado para as 19h45 de hoje e pode ser seguido em directo aqui no Mística. Força Portugal!

sábado, 16 de junho de 2012

O nosso Euro - parte 2 - Missão Holanda

A vitória da Alemanha no jogo com a Holanda é provavelmente o resultado que melhor serve os nossos interesses. Caso a Alemanha não perca com a Dinamarca, bastará o empate para Portugal se apurar. Claro que é tudo possível. Podemos perder e ser apurados e podemos até ganhar , fazer 6 pontos, e mesmo assim ficarmos de fora. Daí que os golos com a Dinamarca fossem importantes. Pena o desperdício da vantagem de dois golos.

Ainda assim, isto faz com que o jogo com a Holanda tenha características especiais. A Holanda chega com orgulho ferido após duas derrotas, e sabendo que tem que ganhar a Portugal por mais do que um golo. Para nós o empate pode chegar, para eles é obrigatória a vitória e por mais que um golo, em princípio. A tudo isto podemos juntar os problemas de balneário que têm vindo a público por parte dos holandeses.

Será um jogo que Portugal terá que encarar com grande calma, sem sofreguidão mas também sem cobardia. Portugal tem que ser inteligente na hora de gerir os tempos de jogo. A Holanda procurará um ritmo frenético desde o início e será importante Portugal tentar baixar o ritmo e ao mesmo tempo ir enervando os holandeses e deixá-los mais próximos do erro.

A Holanda tem como ponto forte o talento individual do seu ataque. Van Persie, Huntellar, Robben, Alfelay, Snejder, Van der Vaart. É muito talento junto que pode resolver um jogo. Por outro lado tem sido notório no jogo holandês uma dificuldade parecida com a que Portugal apresenta. Existe um fosso entre o ataque e o resto da equipa. Quando a bola entra no espaço ofensivo, a Holanda é uma equipa temível, o problema é quando a bola não está lá. O meio campo holandês tem tido também dificuldades em sair a construir. Muito disso se deve ao duplo pivô defensivo que tem sido opção do seu selecionador. De Jong e o veterano Van Bommel podem dar equílibrio defensivo mas não são capazes de fazer a bola chegar com qualidade aos jogadores do ataque. Snejder vê-se obrigado a recuar muito para ter bola e não consegue assim jogar entre linhas.

O ponto fraco desta Holanda é claramente a sua defesa. A Holanda defende mal. O centro da defesa é fraco e lida muito mal com bola nas costas, e para alem disso o lateral esquerdo, Willems, é muito tenrinho (o jogador mais jovem deste Europeu) e compromete muito se pressionado. Terá muitas dificuldades em lidar com Nani.

Assim sendo que opções para Portugal na forma de abordar este jogo? Aconselha-se um meio campo com capacidade de roubar a bola aos holandeses e obrigar aquele duplo pivôr holandês a ter que se desposicionar para sair na pressão. Empurrar esse duplo pivô mais para trás e criar o fosso maior entre o meio campo e o ataque. Acontece que um dos perigos desta Holanda estará no facto de jogar o tudo por tudo e por isso pode apresentar várias surpresas no onze. Não me surpreenderia que Van der Vaart entrasse no lugar de Van Bommel (melhorando assim a saída para o ataque), e que Robben pudesse ceder o seu lugar a Kuyt ou até mesmo a Huntelar passando Van Persie para uma faixa.

Será uma prova de fogo para a nossa defesa que até agora teve que lidar com ataques mais físicos, mais de contacto como são jogadores como Podolsky e Gomez ou Bendtner. Agora terão que lidar com um ataque que é mais móvel e menos dado à marcação.

Temo pela condição física dos médios portugueses, assim que considero que seria uma boa opção fazer recuar para trinco Raul Meireles. Meireles como está fisicamente não nos dá a mais valia necessária como médio box to box, no entanto a sua experiência e leitura táctica seriam uma mais valia na posição 6 para um jogo contra uma equipa com tanta qualidade técnica do meio campo para a frente. Sendo assim, o ideal seria fazê-lo recuar para uma posição que lhe é familiar e que fez tão bem ao longo de quase toda a qualificação. De certa forma pode parecer injusto para M. Veloso que até esteve bem com a Dinamarca, mas trata-se de arranjar uma fórmula para poder ter Meireles e Moutinho a renderem mais e melhorar a qualidade de passe da selecção nas transições ofensivas.

O médio aconselhável seria H. Viana que jogaria perto de Meireles à semelhança do que faz no Braga. Assim, Moutinho teria o papel de ser a formiguinha do costume no meio campo português. H. Viana daria qualidade no passe em profundidade que Portugal tanto tem apostado nestes últimos jogos, mas sempre através dos seus centrais e com menos qualidade. H. Viana seria também importante por ser o melhor médio que temos para pautar o jogo da equipa, fazer a bola circular de um flanco para o outro e gerir os ritmos e os tempos de jogo.

No ataque, agora sim, neste jogo, com estas características em concreto, poderá fazer algum sentido apostar em N. Oliveira. A defesa holandesa é fraca. Sofre muito com bolas colocadas no espaço e com jogadores fortes e rápidos. N. Oliveira poderia ganhar vários metros à dupla defensiva da Holanda e colocar a defesa holandesa em constante sobressalto, principalmente com um jogador como H. Viana a colocar a bola entre o central e o lateral, obrigando a dupla defensiva a jogar mais separada e abrir espaço para as entradas em diagonal dos nossos extremos.

No decorrer do jogo e consoante as incidências, poderiam ser lançados Varela, Custódio e até Rolando se for preciso defender uma vantagem com o jogo a acabar. Em caso de vantagem e quando N. Oliveira estiver desgastado, pode CR7 passar para avançado centro, deixando uma das faixas para Varela preencher. Portugal precisa neste jogo de ter jogadores cerebrais como H. Viana e Meireles. Jogadores capazes de ler o que jogo precisa. Acelarar nos momentos certos, mas acima de tudo ter a capacidade para guardar a bola e esconde-la dos holandeses, abrandando o ritmo e adormecendo o jogo. Na defesa a única alteração poderia ser a entrada de M.Lopes apenas pela questão física de J. Pereira.

Obviamente que isto seriam excelentes hipóteses tendo em conta as características do jogo e do adversário, mas não se surpreendam se P. Bento apostar exactamente no mesmo onze… Seria típico em P.Bento e arrisco a dizer que será o mais provável mesmo.

Os jogadores holandeses já estão a dizer que vão ganhar a Portugal por 2 ou 3 golos, e este tipo de mensagem também pode e deve ser aproveitado para motivar os nossos jogadores e ao mesmo tempo lembrar-lhes que os holandeses poderão ficar de cabeça perdida se virem o tempo a passar e Portugal seguro e confiante no jogo.

Exige-se a concentração defensiva que a equipa demonstrou com a Alemanha (tirando no lance do golo de Gomez), mas ao mesmo tempo a capacidade de assustar colocando a bola no espaço através de um médio como H. Viana que saiba gerir a posse de bola e escolher o momento certo para meter o passe de ruptura e aproveitar os espaços que a Holanda concede atrás. Se já os concedeu nos dois primeiros jogos, com a sofreguidão de ter que marcar mais que um golo a Portugal é natural que conceda ainda mais. Cabe a Portugal ter a inteligência e a calma necessárias para os saber explorar nos momentos certos e assim ganhar o jogo mas sem nunca se desposicionar defensivamente, pois sabe-se que o maior risco terá que ser tomado pelos holandeses.

domingo, 11 de julho de 2010

O Ovo de Colombo

Reza a Lenda do Ovo de Colombo que numa certa ocasião, após o grande feito da descoberta da América, Cristóvão Colombo foi convidado para participar num banquete. Neste mesmo banquete, um dos presentes, com ciúmes do glamour de Colombo, fez a seguinte pergunta:

- "Se você não tivesse descoberto a América, será que outro o teria feito? Até porque existem outros Homens em Espanha que poderiam fazê-lo."

Colombo, longe de se exaltar, não respondeu directamente à pergunta, mas propôs um desafio aos presentes. Pegou num ovo de galinha e desafiou todos os que estavam ali a colocar o dito ovo em pé sobre uma das extremidades. O desafio foi bem aceito dado que todos estavam ansiosos por desacreditar Colombo. Mas ninguém o conseguiu fazer… Após algum tempo, Colombo pegou no ovo e bateu levemente com este na mesa até que a casca se quebrasse em baixo, e com esse achatamento, foi simples colocá-lo de pé. O Homem que havia iniciado o desafio exclamou:

- "Assim qualquer um pode fazê-lo!"

E Colombo retrucou:

- "Sim, qualquer um! Mas "qualquer um" que se tivesse lembrado de o fazer." E acrescentou: - "Uma vez que eu mostrei o caminho para o Novo Mundo", "qualquer um" poderá segui-lo. Mas "alguém" teve antes que ter a ideia. E "alguém" teve depois que decidir-se a colocá-la em prática."

E a que respeito surge agora e aqui a Historia do Ovo de Colombo? Pelo simples facto de que hoje se vai disputar a Final do Campeonato do Mundo África 2010 entre a Holanda e a Espanha que são apelidadas de equipas românticas que praticam um futebol ofensivo e bonito de ser ver. E o que tem estas duas equipas em comum para além do seu bonito Futebol? Aposta na Formação de Jogadores Nacionais e muito Trabalho Continuado de Grupo. São estes os dois ingredientes da Poção Mágica de ambas as Selecções.

Repare-se que já se passaram 32 anos desde que a “Laranja Mecânica” conseguiu alcançar uma Final do Campeonato do Mundo. E porque o fez? Porque tem um conjunto de Jogadores que foram formados nas Melhores Escolas de Futebol da Europa (Ajax, PSV, Feyenoord e AZ), que foram aproveitados e trabalhados por “Alguém” das Camadas Jovens da Federação Holandesa, conquistaram Títulos ao serviço das Selecções Juvenis e foram uma aposta contínua do tal “Alguém” que ajudou a construir a Holanda que vemos hoje em campo com Jogadores como Stekelenburg, Heitinga, Van der Vaart, Sneijder, Robben, Kuyt e outros. Depois de “Alguém ter descoberto e indicado o caminho para o Novo Mundo”, é muito fácil ao desconhecido Seleccionador Holandês Bert Van Marwijkter chegar á Final do Campeonato do Mundo de 2010.

O mesmo tipo de analogia pode ser feito com a Selecção Espanhola, que teve “Alguém” que no Barcelona e na Real Federação Espanhola de Futebol, teve a ideia de apostar na “Cantera” que deu ao Mundo do Futebol Jogadores como Casillas, Puyol, Pique, Fabregas, Iniesta, Xavi, Pedro Rodríguez, Villa e outros mais. Tal como a Holanda, depois de “Alguém” ter aberto o caminho para a vitória através do “matagal” de muitas derrotas e desilusões, eis que se tornou muito fácil a Luís Aragonês ter conquistado o Título de Campeão Europeu de Selecções em 2008 e a Del Bosque estar na Final contra a Holanda.

O mesmo se passou com Scolari que tinha no Futebol Clube do Porto de 2004 uma base nuclear que foi a maior responsável pelo seu (in)sucesso á frente da Selecção Portuguesa. Actualmente, e por força da aposta num Treinador que nunca teve uma visão a longo prazo como foi o caso de Scolari, aliado a uma política de total desperdício da Formação como tem feito o nosso Futebol Clube do Porto e os seus Rivais de Lisboa, é necessário que apareça “Alguém” que faça o que se fez na Holanda e Espanha do Mundial de África do Sul.

O problema meu caros amigos e amigas, é que este “Alguém” já apareceu e com provas dadas no passado do seu trabalho que foi aproveitado durante anos a fio. Sim, o Mentor e Criador da Geração de Ouro do Futebol Português, o Professor Carlos Queiroz, regressou para criar outra Geração de Ouro, fazendo aquilo que Colombo fez quando calou os Críticos que o invejavam por este ter pensado no que ninguém pensou ou ousou sequer imaginar. Eduardo e Fábio Coentrão são os primeiros exemplo vivos disto mesmo e muitos outros se seguirão….

Vamos é dar tempo ao tempo e não partir para opiniões ridículas como as de que Portugal fez um Mundial miserável (Portugal foi eliminado nos Oitavos de Final pela… Espanha que é somente a Finalista deste Mundial!) ou que Portugal deveria ter ido mais longe porque os seus Jogadores jogam no Estrangeiro (esta última é da Autoria do Papa Pastilhas que treina o Benfica e, para não variar, é de uma estupidez atroz). È que Invejosos há muitos… Corajosos e Inteligentes como Carlos Queiroz há muito poucos. O Povo Português que olhe bem para esta Holanda e Espanha que disputarão a Final de hoje e que aprenda alguma coisa em vez de dar coices de burro no ar.