quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Que enorme batida!

Brahimi. Este é o nome que vai andar na boca dos adeptos do FC Porto e por toda a Europa nos próximos dias. O internacional Argelino assume-se como uma das melhores contratações da renovada equipa dos Dragões e na sua estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões apontou um hat-trick frente ao BATE Borisov. Quando saiu aos 59 minutos para dar lugar a Evandro, foi enorme (e merecida!) a salva de palmas que recebeu. O Dragão está rendido a Brahimi.
Mas comecemos pelo início. À imagem do que tem feito em quase todos os jogos, Julen Lopetegui decidiu mexer na equipa para a recepção ao BATE Borisov, primeiro adversário do FC Porto na fase de grupos da Liga dos Campeões. Além do esperado regresso de Alex Sandro ao lado esquerdo da defesa, o treinador Espanhol apostou ainda na titularidade de Ricardo Quaresma e Adrián López para o encontro com os Bielorrussos.
A actuar claramente num 4x2x4 em vez do habitual 4x3x3, com Casemiro e Hector Herrera no meio, Quaresma e Brahimi nas alas e Adrián López a jogar ao lado de Jackson Martínez, o FC Porto esteve longe de convencer colectivamente e ao fim da primeira parte, apesar do 3 x 0 no marcador, a qualidade individual estava claramente a sobrepor-se ao colectivo.
A aposta num esquema táctico diferente que obrigava a movimentos distintos dos habituais dentro das quatro linhas justifica em parte o apagado desempenho colectivo, mas nem assim os Azuis e Brancos deixaram de conquistar uma vitória fácil que estava praticamente garantida ao fim de 45 minutos e que tinha a tal figura em destaque: Brahimi.
Aos cinco minutos, o Argelino aproveitou uma má reposição do guarda-redes Sergey Chernik e teve a frieza necessária para inaugurar o marcador. Com um golo praticamente caído do céu, o FC Porto chegou à vantagem e para a manter valeu uma excelente intervenção de Fabiano, naquele que foi o seu grande contributo para os Dragões iniciarem a campanha na Liga dos Campeões com o pé direito. Na verdade, foi a única vez que o frágil BATE Borisov teve possibilidade de fazer mossa no Dragão.
A partir daqui importa apenas explicar o que aconteceu no meio campo ofensivo do FC Porto e o que aconteceu pouco depois é...inexplicável. Uma obra de arte de Brahimi, que inventou sozinho uma jogada e ampliou a vantagem do FC Porto para 2 x 0, naquele que deverá ser um dos melhores golos desta edição da Liga dos Campeões. O jogo estava resolvido e mais ficou aos 37 minutos, cinco minutos depois da obra prima de Brahimi, com um cabeceamento certeiro de Jackson Martínez.
À entrada para a segunda parte restava apenas uma dúvida. Ia a equipa de Lopetegui abrandar ou aumentar a distância no marcador? A resposta correcta era, sem surpresa, a segunda. Brahimi confirmou o hat-trick de livre directo, saiu pouco depois para os aplausos, mas nem assim o Dragão deixou de festejar, pois Adrián López, que até tinha estado apagado na primeira parte, assinou o 5 x 0 e confirmou a maior vitória de sempre do FC Porto em casa desde que há fase de grupos da Liga dos Campeões. Mas ainda havia tempo para mais um, com Aboubakar, que entrou para o lugar de Jackson Martínez, a estrear-se nas competições europeias com um golo.
O Dragão «cuspiu fogo» na primeira vez que teve que mostrar a sua capacidade de reacção após um resultado negativo (empate em Guimarães) e com isso os adeptos Azuis e Brancos viveram uma noite de glória europeia que há muito não viviam e que deixa perspectivas animadoras para os próximos compromissos. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Brahimi

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