segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O Dragão remou e de que maneira!

Conhecedor do triunfo do Benfica e do Vitória de Guimarães frente a Académica e Moreirense, respectivamente, o FC Porto estava obrigado a vencer o Rio Ave para não perder o comboio da frente. Diante da turma de Vila do Conde, Julen Lopetegui, em comparação com o onze apresentado no último jogo frente ao BATE Borisov, fez apenas uma alteração na equipa inicial, tirando Ricardo Quaresma para fazer entrar Cristian Tello.
A mexida do Treinador Espanhol acabou por revelar-se certeira, pois foi o extremo emprestado pelo Barcelona que teve a capacidade de inaugurar o marcador logo a abrir a segunda parte, depois de um primeiro tempo em que o FC Porto foi superior e em que o Rio Ave apenas rematou à baliza no último lance antes do apito para o descanso de Olegário Benquerença.
Os Dragões entraram bem no jogo, com clara vontade de marcar cedo. Criaram oportunidades para tal e estiveram por cima do encontro durante a primeira meia hora. Tello foi sempre dos mais interventivos nos corredores, enquanto Brahimi se fez deslocar para zonas mais interiores e o ataque Azul e Branco contou ainda com o apoio dos laterais, embora neste captulo Danilo tenha sido bem mais ofensivo que Alex Sandro. Contudo, ficou sempre a ideia de que Jackson Martinez estava demasiado sozinho na frente, pois Herrera e Óliver Torres estavam demasiado recuados no terreno.
O FC Porto não aproveitou a superioridade dos primeiros 30 minutos e o Rio Ave foi conseguindo estender o jogo pelos corredores. Ukra foi o mais conformado do lado direito, do lado oposto Tiago Pinto tentou sempre dar apoio ao ataque e Diego Lopes foi o responsável por desequilibrar no meio e soltar para as alas, mas os poucos cruzamentos efectuados pelos Vila-condenses terminaram todos nas mãos de Fabiano. O lance mais perigoso surgiu precisamente no último lance da primeira parte, com Ukra, de primeira, a rematar muito longe do alvo. Foi o único remate do Rio Ave em toda a primeira parte.
O que o FC Porto não conseguiu fazer no primeiro tempo conseguiu fazê-lo logo a abrir a segunda parte. Estavam decorridos apenas pouco mais de dois minutos quando Cristian Tello inaugurou o marcador, num lance individual que colocou os Dragões na frente do resultado e que também devolveu a tranquilidade que a equipa vinha a perdendo com o passar dos minutos.
O Rio Ave, no entanto, reagiu e tentou chegar à baliza à guarda de Fabiano. A primeira tentativa foi de Wakaso, através de um remate de longe que Fabiano defendeu, mas à segunda ficou por assinalar grande penalidade a favor da turma orientada por Pedro Martins, por mão na bola de Herrera dentro da área. Olegário Benquerença mandou seguir e o Rio Ave procurou manter a postura de equipa que precisava de marcar, tentando manter a posse de bola e tentar servir os jogadores mais rápidos da frente.
Apesar das tentativas, os jogadores do Rio Ave não foram bem sucedidos e à medida que o tempo ia-se aproximando do final o FC Porto voltou a tomar conta do jogo. A entrada de Rúben Neves ajudou a que isso acontecesse e foi Cássio quem foi adiando o segundo golo dos da casa, golo esse que surgiu por intermédio de Jackson Martínez a 11 minutos dos 90 e terminou de vez com o jogo. Apesar do 2 x 0, o Rio Ave manteve uma boa postura, podia até ter reduzido por Diego Lopes, mas foi Alex Sandro, num lance bafejado pela sorte, quem marcou e colocou o resultado em 3 x 0.
Parecia terminado o jogo no que diz respeito aos golos, mas a verdade é que os Dragões acordaram nesse capítulo no período de compensação e tornaram o resultado numa goleada tremendamente injusta para aquilo que o Rio Ave fez durante o jogo. Óliver Torres assinou o 4 x 0 e pertenceu a Danilo o 5 x 0 final, num lance em que não sofreu qualquer oposição dos defesas adversários e apontou o melhor golo da noite. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Danilo

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