segunda-feira, 18 de julho de 2016

Há ainda muito por fazer

Não foi tudo bom, nem tudo mau, o 3º jogo do FC Porto nesta pré-temporada. Frente ao Osnabrück, da 3ª divisão alemã, o FC Porto venceu por 1x2, mas ainda mostrou problemas de intensidade e de falta de eficácia no ataque. Alguns bons sinais dos reforços, com destaque para João Carlos Teixeira, que pode ser o criativo que tem falta aos portistas nos últimos anos.
 
É certo que a temporada está no início e que o trabalho físico acaba por tirar esclarecimento aos jogadores, mas uma equipa como o FC Porto tinha de se apresentar melhor na primeira parte. O adversário era do 3º escalão e os azuis e brancos precisavam apenas de acelerar um pouco para criar desequilíbrios e para ter situações de perigo. Foi o que se viu nos primeiros minutos mas as oportunidades não foram aproveitadas nem por Josué, nem por Aboubakar. Sem mostrar argumentos, a equipa alemã até marcou e logo da forma a que o FC Porto habituou os adeptos na temporada passada. Uma má abordagem de Marcano e alguma passividade da defesa permitiram que se fizesse a surpresa. Ainda assim, o mesmo Marcano, já perto do intervalo, conseguiu empatar na sequência de um canto.
 
Claro que, neste tipo de jogos, o resultado é o menos importante mas ninguém gosta de perder. Com André Silva numa posição que misturava o extremo direito e o segundo avançado o FC Porto mostrou alguns bons sinais, no que diz respeito à circulação da bola. Talvez a grande preocupação de Nuno Espírito Santo se prenda com a questão do avançado.Aboubakar teve algumas oportunidades e até atirou ao poste mas, desde constantes foras de jogo a movimentos disparatados, perdeu 45 minutos na luta com André Silva. 
 
Para além de um ataque com pouco poder de fogo, um dos grandes problemas dos primeiros 45 minutos passaram pela falta de intensidade. Uma situação que é normal nesta fase, mas que foi algo anulada com a entrada de André André e, principalmente de João Carlos Teixeira. As oportunidades não abundaram, mas a capacidade de ter bola, e saber o que lhe fazer. Com a tal intensidade surgiram as recuperações e, numa delas, o golo de André Silva.
 
Pouco depois do golo entraram Otávio, Quintero e Hernâni e o FC Porto deixou de jogar com um avançado fixo. Juntando a qualidade técnica destes jogadores ao cansaço físico da equipa alemã, as oportunidades e o espaço apareceram. Com um pouco mais de tranquilidade e de acerto - Quintero até um penálti falhou - o resultado até podia ter ficado mais parecido com a qualidade que as duas equipas apresentam. 
 
Não foi um teste negativo dos portistas, mas esta exibição ainda vai deixar algo preocupado Nuno Espírito Santo. Aboubakar mostrou-se um espelho da segunda metade da última temporada. Brahimi volta a parecer que está contrariado no clube e Herrera corre muito, mas nem sempre da melhor forma. 
 
Do lado positivo, Felipe mostrou que, com menos agressividade, pode ser o patrão, Alex Telles deu garantias de qualidade e João Carlos Teixeira deixou água na boca. André Silva pode ser o avançado que a equipa precisa, mas, sem dúvida, que, para uma época tão exigente os portistas precisam de reforçar o ataque.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: André Silva 

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