domingo, 14 de agosto de 2016

Ponto final no sonho olímpico

Terminou o sonho olímpico de Portugal no Brasil. A seleção orientada por Rui Jorge foi eliminada «sem espinhas» pela Alemanha, por 0x4, numa partida em que ficaram evidentes as dificuldades de Rui Jorge em ter o melhor plantel nesta prova. Faltaram soluções, especialmente no meio-campo, para fazer frente a uma forte seleção alemã.
 
Foram quatro e até podiam ter sido mais. Um jogo pobre de Portugal que acabou por sair pela porta pequena de uma prova onde ainda conseguiu fazer sonhar os adeptos 
 
Rui Jorge surpreendeu ao deixar Gonçalo Paciência no banco apostando numa frente atacante com Carlos Mané e Agra, explorando a velocidade dos dois. E até foi Carlos Mané o primeiro a criar perigo logo nos primeiros segundos. Só que foi sol de pouca dura esse momento ofensivo português. Tal como fazem na política europeia, os alemães impuseram a sua lei, controlaram a bola e só pecaram na finalização.
 
Com um meio campo muito mais rápido e agressivo sobre a bola, a Alemanha foi controlando todos os momentos do jogo e as oportunidades iam-se sucedendo. Fosse pela boa exibição de Bruno Varela ou pelos falhanços (alguns deles a roçar o ridículo) dos avançados da germânicos Portugal ia continuando a sonhar com a chegada às meias-finais. Não passou de um sonho e, quando Sèrge Gnabry fez o primeiro golo alemão, percebeu-se que só mesmo um milagre podia evitar a eliminação portuguesa.
 
Portugal voltou a entrar bem no segundo tempo e Bruno Fernandes esteve perto de marcar num bom cruzamento de Fernando Fonseca. Durou pouco mais de 10 minutos a capacidade portuguesa de dividir o jogo com a Alemanha. Depois desse primeiros minutos, as questões físicas começaram a tornar-se um grande problema, especialmente no meio campo.
 
Novamente não foi uma surpresa quando quando surgiu o segundo golo alemão pelo central Matthias Ginter, na sequência de um canto. O golo deu ainda mais tranquilidade aos alemães que voltaram a desperdiçar várias oportunidades para matar sem sombra de dúvida a partida. Foi nos últimos 20 minutos que Portugal voltou a ter capacidade de atacar de forma continuada. Ainda que de forma muito consentida, a seleção portuguesa conseguiu criar alguns problemas à forte defesa adversária, mas foi traída por uma perda de bola de Tiago Silva no meio campo que permitiu aos alemães fazer o terceiro golo. Ainda houve tempo para o quarto golo já perto do fim.
 
Uma eliminação clara de Portugal frente a uma, senão mesmo a maior, candidata às medalhas nos Jogos Olímpicos.
 
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Bruno Varela

1 comentário:

Anónimo disse...

Com Salvador Agra e Carlos Mané no ataque podemos mesmo ser equiparados às ilhas Fiji. Não levamos 8 ou 9 por puro desperdício alemão.
Quem deixa no banco o nosso melhor jogador, não se pode queixar de falta de opções.
São os técnicos da Federação que temos de há muito tempo a esta parte.