segunda-feira, 3 de julho de 2017

Era escusado

unagem retirada de zerozero
Sobre o bronze português conquistado na Taça das Confederações apenas me apraz dizer que era escusado ter-se passado por tanto sofrimento. 
 
Esta selecção do México costuma “perder gás” com o avançar da competição. Tal sucedeu nas duas edições anteriores da Copa América e nesta edição da Taça das Confederações, pelo que se exigia da parte da nossa equipa um outro tipo de comportamento. Hoje era jogo para Portugal dominar e vencer sem o menor dos problemas. Mas não. Portugal tinha de fazer o triste espectáculo do costume e sofrer até ao fim pela vitória final que lhe deu direito ao terceiro lugar do pódio desta prova. 
 
Tal era escusado dado que o México não fez um jogo por aí além. Bastava que os comandados de Fernando Santos tivessem feito o sue trabalho de casa e teriam vencido o jogo com maior ou menor dificuldade. A prova de tal foi a forma como entraram na partida e a dominaram até ao estapafúrdio golo mexicano. Golo mexicano que, diga-se desde já, é fruto de um péssimo desempenho de Nélson Semedo. Alias, tanto Semedo como Eliseu estiveram muito abaixo do exigido para um defesa lateral da selecção nacional. E não, a expulsão justíssima de Semedo em nada tem a ver com a sua péssima exibição. É antes o resultado da impunidade caseira a que os atletas do Sport Lisboa e Benfica estão – mal - habituados. 
 
Mas pronto, tudo acabou em bem e Portugal trouxe o bronze da Rússia. Espero é que no próximo ano a nossa selecção tenha os seus jogadores em melhor forma e que o seleccionador faça o devido trabalho de casa. Isto partindo, obviamente, do princípio de que Portugal consegue o apuramento para o Mundial da Rússia. 
 
MVP (Most Valuable Player): Rui Patrício. O guardião luso esteve impecável na partida de hoje. Com um punhado de defesas impossíveis, Patrício foi o principal responsável pela conquista da medalha de bronze. 
 
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento alguma algumas das equipas foi capaz de criar um lance que colocasse um ponto final na partida a seu favor. 
 
Arbitragem: Fahad Al Mirdasi realizou aquilo que se pode apelidar de arbitragem exemplar. Muito bem na decisão das expulsões e excelente na marcação das duas grandes penalidades a favor de Portugal. Para além disto o árbitro saudita soube utilizar na perfeição o ainda muito duvidoso sistema do vídeo-árbitro. 
 
Positivo: Inexistente. 
 
Negativo: André Silva. Hoje foi um dia não para o avançado português. Não pela grande penalidade falhada (Ochoa é um especialista nestes lances), mas sim pelo que não fez em campo.
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado (02/07/2017)

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