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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Quem Serão os Melhores de Sempre?

Na continuação dos recentes prémios de Modric comecei a refletir quem seriam os melhores jogadores do nosso futebol. Por mim, que já cá ando há muitos anos, tive a felicidade de ver jogadores fora-de-série desde os anos 50. Mais lá para baixo vão ver “os meus melhores” (não vale espreitar agora). Não são aqueles “de quem ouvi falar” são “os que vi jogar” ainda que alguns fossem apenas pela televisão que estava a despertar nessa década.

Se começarmos pelos guarda-redes o meu primeiro ídolo foi naturalmente o Barrigana. Andava na Escola Comercial Raúl Dória, onde hoje está o edifício do JN, fugia das aulas, subia a Rua de Camões e lá estava eu no Campo da Constituição a vê-lo treinar com Reboredo. Ele e os 3 da defesa Virgílio, Alfredo e Carvalho eram para mim os melhores jogadores do mundo.
Mais tarde fui vendo diferentes equipas e, claro, tive que fazer outras escolhas. O primeiro “rival” para Barrigana foi Lev Yashin a quem chamavam a Aranha Negra! Outros se seguiram do meu agrado: Zubizarreta, Michel Preud’homme, Pfaff, Schmeichel, Oliver Kahn, Baía, Higuita, Sepp Mayer, Barthez, Casillas, Neuer, e Buffon.
Defesas saliento: Nilton Santos, Bobby Moore, Beckenbauer, Maldini, Djalma Santos, Breitner, Cannavaro, João Pinto, Virgilio, Cafu, Baresi, Roberto Carlos, Branco, John Terry, Pepe, Aloísio, Piquê e Sérgio Ramos.
Meio campo - Aqui há um enorme “sortido”. É difícil escolher os melhores. Vamos ver: Matthaus, Laudrup, Zico, Bobby Charlton, Zidane, Pedroto, Maradona, Rijkaard, Cruyff, Di Stefano, Platini, Puskas, Coluna, Stoitchkov, Gerrard, Pavão, Rudd Gullit, Seedorf, Beckham, Cubillas, Deco, Lampard, Messi, Iniesta, Xabi Alonso, etc.
Os avançados que mais gostei foram: Garrincha, Pelé, Hugo Sanchez, Rivellino, Lineker, José Águas, Eusébio, Platini, Paulo Rossi, Ronaldo (o Brasileiro), Hernâni, Arjen Robben, Batistuta, Shevchenko, Fernando Gomes, Ronaldinho, Kluivert, Gerd Mueller, Romário, Madger, Suaréz e Ronaldo.

Finalmente a minha escolha com jogadores de diferentes gerações desde os anos 50 até hoje. Se fosse possível selecionar apenas 11 os que mais me impressionaram foram estes.
Se me pedirem para destes 11 escolher o melhor dos melhores sem dúvida seria Pelé.

PS – Comecem lá de cima e encontram no meio daqueles enormes jogadores a “minha” equipa de sempre do FC do Porto por posição. Baía, João Pinto, Pepe, Aloísio e Branco. Pedroto, Pavão e Deco. Hernâni, Fernando Gomes e Madger.

Até à próxima

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Notas à Moda do Porto

Para mim é o Livro do Ano! Crónicas, artigos, memórias, chamem-lhes o que quiserem, com um denominador comum. O nosso querido Clube. Escrito por quem sabe e por quem viveu por dentro as nossas conquistas, os nossos sonhos, as nossas alegrias.
Começa logo com uma citação do nosso querido José Maria Pedroto: “A massa associativa do Futebol Clube do Porto não é o 12º jogador, como se diz por aí. É o 1º jogador porque sem ela não tinha razão de existir.

Depois nas suas 260 páginas é um desfilar de 58 histórias, recordações, lembranças, todas escritas no Notas com paixão, muito amor e emoção por alguns daqueles que nos habituámos a ler nos blogues ou a conviver pelos estádios onde o nosso Clube tem jogado.

Ali se fala do tribunal (sector do estádio junto à Maratona mesmo por cima do túnel por onde entravam e saíam os nossos atletas), o moina (jogador que fazia que jogava mas não jogava), e os misters (treinadores). Eu já venho do Campo da Constituição onde fugia à escola para ver o Barrigana treinado por Reboredo e Artur Baeta. Recordo-me do senhor Pedroto ainda como nosso jogador. A sua vinda para o Clube coincidiu com o ano da inauguração do Estádio das Antas, quando o meu Pai me fez associado do Clube do coração.
Esq./Dir. - José Maria, Pedroto, Monteiro da Costa, António Teixeira e Fernando Barros.
O “Notas à moda do Porto” é um grupo do Facebook que junta umas centenas de portistas, de onde emergiu a ideia de editar em livro um conjunto de histórias. A Edição Coletiva chama-lhes “Histórias de Portismo sem Filtro”. São estes (escolhidos por mim ao acaso) alguns dos títulos que os autores lhes resolverem dar.

AQUELE JOGO NO 1º DE MAIO – O BILHETE PARA SEVILHA – O PORTO É O NOSSO AMOR – UMA TARDE NAS ANTAS – E NA LUZ SE FEZ LUZ… - AQUELE GOLO DO GOMES – O FULGOR DE CARLOS ALBERTO SILVA – “O” JOGO – O BILHETE E O BAÍA – IDA À CORUNHA (TORNEIO DE CAMPEÕES DE HOQUEI EM PATINS) - MEMÓRIAS EM AZUL E BRANCO – PAVÃO – A MARCHA - O “MÃOS DE FERRO”, O “HOMÃO”, E O DEMÓNIO RAMIN – A NOITE EM QUE A CIDADE NÃO DORMIU – TORNAMO-NOS PORTO TODOS OS DIAS, etc. etc.

Por mim, que já cá ando há muito tempo, escolheria para título da minha história: CALABOTE O GATUNO. Uma história vivida há mais de 50 anos e sobre a qual às vezes parece que a memória está esquecida. Disputávamos com o Torreense o último jogo do campeonato 1958-59. O Futebol Clube do Porto estava empatado com o clube da treta em pontos mas tínhamos uma vantagem a nosso favor de 8 golos.
Saímos do Porto num Studebaker em segunda mão, daqueles com estribos de fora estilo Al-Capone em direção ao campo em Torres Vedras. Chegados cerca do meio-dia fomos a um restaurante das proximidades do campo almoçar e logo um empregado nos alertou: na quarta-feira esteve cá o Valdivieso (treinador adjunto de Otto Glória) a dar o treino! Vimos logo o que nos esperava. O clube da treta jogava no antigo galinheiro contra a CUF e “por coincidência” o padre nomeado chamava-se Inocêncio Calabote conhecido adepto da “instituição”. Entrou com as equipas mais tarde em campo, deu vários minutos a mais durante o intervalo, marcou 3 penaltys contra a CUF, expulsou-lhes 3 jogadores e acabou o jogo 12 ou 13 minutos depois do nosso. Por felicidade dos deuses ganhámos o campeonato com 1 golo de vantagem. Uma grande massa de adeptos que se tinha deslocado esperou sentada no saibro gelado do campo seguindo pelo transistor o relato da Luz. Aquilo foi uma roubalheira tão descarada que o homem passados alguns meses foi irradiado. Se fosse agora os meninos-queridos pediam por email para lhe subirem a nota!

Regressando ao livro, são histórias de Portismo, algumas deliciosas que nos fizeram chorar de alegria e aos mais novos compreender melhor esta simbiose Porto Cidade/Porto Clube.

Até à próxima

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Jaime Tavares Nasceu Há 100 Anos

Com a devida vénia ao Mística Azul e Branca e aos nossos leitores habituais interrompo hoje a crónica futeboleira semanal para desejar ao meu bom amigo Jaime Tavares sinceros parabéns pela passagem do seu centésimo aniversário.
Este amigo tinha então 95 anos quando um grupo de portistas comentadores do extinto blogue Futebolar, face à identidade de opiniões, resolveu juntar-se para o conhecer pessoalmente. O encontro ocorreu numa sexta-feira dia 15 de Outubro de 2010 num restaurante, mesmo por baixo da casa do filho, Fernando Tavares, grande portista, colaborador deste blogue.
Desde logo todos ficámos encantados com a jovialidade do nosso novo companheiro, a sua clareza de raciocínio, e o seu amor ao Futebol Clube do Porto. É um portista de bandeira na janela e faz versos admiráveis. Outro convívio se seguiu na casa do FCP de Espinho, bem perto da Joka Pet Store, uma loja do Jorge Tavares outro portista, neto do nosso anfitrião.
Em 1914 já jogávamos no Campo da Constituição. Imaginem quantos dos atletas que fizeram a história do nosso Futebol Clube do Porto o Jaime deve ter visto atuar! Valdemar Mota, Pinga, Siska, Acácio Mesquita foram fantásticos jogadores que poucos de nós conhecemos.
Passados 23 anos, em 28 de Maio de 1952, mudaríamos com armas e bagagens para o Estádio das Antas. Foi outro momento que o Jaime viveu, e do qual também me recordo perfeitamente. Eis alguns atletas do plantel dessa época.
Resta-me felicitar toda a família do Jaime Tavares pelo admirável homem que tem no seu seio e associar-me à homenagem deste dia convidando-os a saborear uma fatia de bolo regada com um Porto 100 anos e desejar que esta data se repita muitas vezes.
Não é possível falar do Futebol Clube do Porto sem invocar o nosso Presidente que lutou contra tudo e contra todos para fazer de um clube de província um clube reconhecido mundialmente. O Jaime é um bom exemplo do que é ser portista. A mim ainda me faltam 25 anos para o alcançar.
Informado pelo staff, da presença de Jaime Tavares no Estádio do Dragão, logo o senhor presidente fez questão de o receber, trocar com ele algumas palavras, e convidá-lo a assistir no seu camarote ao jogo com o Vitória de Setúbal. Foi por certo uma das melhores prendas de sempre ser cumprimentado pelo senhor Pinto da Costa no dia do seu centenário.
Até à próxima