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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Notas à Moda do Porto

Para mim é o Livro do Ano! Crónicas, artigos, memórias, chamem-lhes o que quiserem, com um denominador comum. O nosso querido Clube. Escrito por quem sabe e por quem viveu por dentro as nossas conquistas, os nossos sonhos, as nossas alegrias.
Começa logo com uma citação do nosso querido José Maria Pedroto: “A massa associativa do Futebol Clube do Porto não é o 12º jogador, como se diz por aí. É o 1º jogador porque sem ela não tinha razão de existir.

Depois nas suas 260 páginas é um desfilar de 58 histórias, recordações, lembranças, todas escritas no Notas com paixão, muito amor e emoção por alguns daqueles que nos habituámos a ler nos blogues ou a conviver pelos estádios onde o nosso Clube tem jogado.

Ali se fala do tribunal (sector do estádio junto à Maratona mesmo por cima do túnel por onde entravam e saíam os nossos atletas), o moina (jogador que fazia que jogava mas não jogava), e os misters (treinadores). Eu já venho do Campo da Constituição onde fugia à escola para ver o Barrigana treinado por Reboredo e Artur Baeta. Recordo-me do senhor Pedroto ainda como nosso jogador. A sua vinda para o Clube coincidiu com o ano da inauguração do Estádio das Antas, quando o meu Pai me fez associado do Clube do coração.
Esq./Dir. - José Maria, Pedroto, Monteiro da Costa, António Teixeira e Fernando Barros.
O “Notas à moda do Porto” é um grupo do Facebook que junta umas centenas de portistas, de onde emergiu a ideia de editar em livro um conjunto de histórias. A Edição Coletiva chama-lhes “Histórias de Portismo sem Filtro”. São estes (escolhidos por mim ao acaso) alguns dos títulos que os autores lhes resolverem dar.

AQUELE JOGO NO 1º DE MAIO – O BILHETE PARA SEVILHA – O PORTO É O NOSSO AMOR – UMA TARDE NAS ANTAS – E NA LUZ SE FEZ LUZ… - AQUELE GOLO DO GOMES – O FULGOR DE CARLOS ALBERTO SILVA – “O” JOGO – O BILHETE E O BAÍA – IDA À CORUNHA (TORNEIO DE CAMPEÕES DE HOQUEI EM PATINS) - MEMÓRIAS EM AZUL E BRANCO – PAVÃO – A MARCHA - O “MÃOS DE FERRO”, O “HOMÃO”, E O DEMÓNIO RAMIN – A NOITE EM QUE A CIDADE NÃO DORMIU – TORNAMO-NOS PORTO TODOS OS DIAS, etc. etc.

Por mim, que já cá ando há muito tempo, escolheria para título da minha história: CALABOTE O GATUNO. Uma história vivida há mais de 50 anos e sobre a qual às vezes parece que a memória está esquecida. Disputávamos com o Torreense o último jogo do campeonato 1958-59. O Futebol Clube do Porto estava empatado com o clube da treta em pontos mas tínhamos uma vantagem a nosso favor de 8 golos.
Saímos do Porto num Studebaker em segunda mão, daqueles com estribos de fora estilo Al-Capone em direção ao campo em Torres Vedras. Chegados cerca do meio-dia fomos a um restaurante das proximidades do campo almoçar e logo um empregado nos alertou: na quarta-feira esteve cá o Valdivieso (treinador adjunto de Otto Glória) a dar o treino! Vimos logo o que nos esperava. O clube da treta jogava no antigo galinheiro contra a CUF e “por coincidência” o padre nomeado chamava-se Inocêncio Calabote conhecido adepto da “instituição”. Entrou com as equipas mais tarde em campo, deu vários minutos a mais durante o intervalo, marcou 3 penaltys contra a CUF, expulsou-lhes 3 jogadores e acabou o jogo 12 ou 13 minutos depois do nosso. Por felicidade dos deuses ganhámos o campeonato com 1 golo de vantagem. Uma grande massa de adeptos que se tinha deslocado esperou sentada no saibro gelado do campo seguindo pelo transistor o relato da Luz. Aquilo foi uma roubalheira tão descarada que o homem passados alguns meses foi irradiado. Se fosse agora os meninos-queridos pediam por email para lhe subirem a nota!

Regressando ao livro, são histórias de Portismo, algumas deliciosas que nos fizeram chorar de alegria e aos mais novos compreender melhor esta simbiose Porto Cidade/Porto Clube.

Até à próxima

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Fiel Amigo

Pensáveis que ia falar do bacalhau? Ih!Ih!Ih! Nem pensar. Quero lá saber desses pratos chiques. Também não é um cão nem um gato. Hoje queria falar-vos dum velho companheiro que me acompanha há anos. Vejam lá se adivinham! Vou dar uma dica: está sempre ao meu lado, pousado na mesa da sala de jantar ou no sofá. Serve para espantar pássaros, passarinhos, passarões, cucos e aves de rapina.

Pois claro: trata-se do comando do televisor! Ao longo dos últimos sessenta anos, tantos quantos me lembro, tive vários televisores. Por alturas de 1958, o ano Calabote, ainda não existiam. Também não era preciso usá-lo porque assisti em Torres Vedras ao jogo. E em boa companhia. Esteve lá também o senhor Pinto da Costa e uma enorme massa adepta a fazer inveja aos nossos Super Dragões. Foi um ano de boa colheita. Além do título desmascarámos um trafulha afeto ao clube da treta que viria a ser obviamente irradiado. Pagámos cara essa vitória. Depois penamos 18 anos sem ganhar o campeonato. Então alguém inventou o comando/tv. De cada vez que trocava de televisor lá vinha um comando novo. E nem queiram saber quantas vezes trabalharam! Éramos roubados sem dó nem piedade...
Aos Domingos ia com os meus amigos ao Café Palladium, ali na Rua Santa Catarina, esquina com Passos Manuel, onde hoje está a FNAC. Cerca da meia-noite víamos os resumos do Domingo Desportivo. Foram quase duas décadas daquela “verdade desportiva” que o senhor Rui Santos apregoa. Só mais tarde, entre 1976 e 1979, Mestre Pedroto nos viria a dar uma Taça e dois campeonatos. Já nessa altura os comentadeiros deviam frequentar a mesma escola daquele papagaio que representa o clube da treta, na SIC-N.
Os colegas de debate até se arrepiam de vergonha por partilharem o mesmo espaço do criado de Vieira. Enquanto o vizinho dos Calimeros entrelaça os dedos e deita olhares furtivos ao monitor onde à mesma hora no canal TVI24 (um subproduto da TV das sopeiras) um correligionário fala do alto da sua experiência em retalhar os fígados em 3 secções! O “nosso” representante (o único que sabe mais da poda do que os 3 convivas juntos) olha para a mesa à espera das tiradas literárias que o palavroso debita na sua habitual verve de pacotilha como se estivesse em plena barra do Tribunal a defender o Paulo Cristóvão. Por falar nisso esta semana os adjetivos que o senhor costuma tirar da manga voltaram a ganhar aos substantivos. Uma cabazada 1048 – 325.
Nesta altura os leitores que vão tendo paciência para me ler devem estar a pensar onde é que entra o principal adereço desta encenação teatral, o comando. Nada mais fácil. Nunca está a mais de meio metro do alcance da minha mão esquerda (a direita está a manipular o iPhone). Então quando alguma das câmaras foca o ceguinho, sinal de que vai vomitar uma das suas baboseiras, eu zás! Corto-lhe o som! Mas é um martírio. Depois não sei o que ele disse. Lá tenho que usar o télélé e pedir ajuda aos meus amigos que ouvem os disparates da abécula.
No tal Café Palladium, nos anos em que não metemos a mão ao prato, fazíamos melhor. Quando aparecia o Alves dos Santos, funcionário da RTP à época, uma espécie de Carlos Daniel sempre a louvar a “instituição”, um dos nossos amigos colocava sorrateiramente um comando igual ao do café por baixo da mesa e baixava o som tornando-o quase inaudível. A macacada começava a chamar o empregado e gritava: MAIS ALTO, MAIS ALTO! O pobre do Teixeira (coitado já nos deixou) subia a uma cadeira, aumentava o volume nos botões e rouquejava: Está no máximo...

Pois é! A Liga também está ao máximo. Uma equipa a pensar que podia fazer muito fez pouco. Tem sido o nosso caso. Outra que se anunciava “campeã indiscutível” até na pobre Taça Lucílio Batista teve que baixar a bolinha. A do catedrático, como todos os anos, lá vai levada aos ombros na procissão. Por isso aos comentadeiros dos pasquins escritos ou televisionados, como por exemplo o bombeiro/agricultor de Palmela, ou o apresentador de telejornais de Paredes, deixo aqui um aviso: não adianta muito esforçarem-se a diminuir o nosso clube, jogadores, treinador ou o presidente. Sejam honestos uma vez na vida! Quando começarem a ladrar já sabem que o meu fiel amigo vai reduzir-vos à vossa verdadeira dimensão.

Até à próxima

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Helton a brilhar e Calabote a ressuscitar

Tinha tudo para ser um grande jogo de futebol, como foi especialmente na última meia hora, mas as atenções na primeira parte acabaram por se centrar no árbitro Cosme Machado, que até ao intervalo já tinha expulsado dois jogadores dos Azuis e Brancos, perdoado a expulsão a um dos Bracarenses e assinalado uma grande penalidade que deixou algumas dúvidas. No segundo tempo o protagonista foi outro, Helton, que realizou uma exibição fabulosa.
Mas mais do que uma análise, a crónica deste jogo tem quase necessariamente de ser feita por ordem cronológica, pois as peripécias ocorridas foram num número bem maior do que aquele que por norma é habitual numa partida de futebol. Tudo começou com duas substituições madrugadoras, uma para cada lado, devido a problemas físicos. Precisamente na mesma altura, no minuto dez, André Pinto entrou para o lugar do lesionado Aderlan Santos, enquanto Cristian Tello foi ocupar a vaga de Adrián López, que sofreu uma lesão muscular.
Nos primeiros minutos o FC Porto ia tendo mais bola, o SC Braga, contudo, nunca permitiu aos Dragões pegar no jogo, mas aos 25 minutos o resultado tornou-se favorável aos Azuis e Brancos, com Evandro a converter uma grande penalidade, assinalada por suposto empurrão de Sasso sobre Gonçalo Paciência. Em vantagem, tudo se conjugava para que os Dragões pudessem ter uma noite positiva na cidade dos Arcebispos, mas o cenário depressa se alterou.
Foram duas expulsões que deixaram o FC Porto a jogar apenas com nove jogadores em apenas nove minutos. Aos 34 minutos, Diego Reyes viu o segundo cartão amarelo por falta sobre Zé Luís e ao minuto 43 foi a vez de Evandro ver o vermelho directo, depois de ter cometido falta sobre Pedro Santos e de ter pontapeado a bola que ficou presa entre as pernas do jogador Bracarense. Uma atitude irreflectida do autor do primeiro golo dos Dragões, que obrigou os companheiros de equipa a um desgaste bem maior. Diga-se, porém, que entre as duas expulsões dos Dragões ficou um segundo amarelo por atribuir a Sasso, que aos 37 minutos cometeu uma falta dura sobre Gonçalo Paciência.
Ao intervalo, apesar da sua equipa estar em vantagem, Julen Lopetegui teve que remendá-la para tentar segurar o 0 x 1. Por seu lado, Sérgio Conceição, com mais uma unidade em campo, aproveitou para dar mais poder ofensivo, pondo Rafa no lugar de Baiano, e perante estes factores foi sem surpresa que o SC Braga esteve mais por cima do jogo na segunda parte e chegou com algum perigo à baliza de Helton.
Numa dessas aproximações à baliza do FC Porto resultou a grande penalidade que permitiu ao SC Braga chegar à igualdade. Cosme Machado entendeu que Bruno Martins Indi empurrou Éder pelas costas e Alan, chamado a converter o castigo máximo, teve a frieza necessária para bater Helton e relançar os Arsenalistas no resultado. Os Minhotos estavam por cima e a fórmula encontrada por Julen Lopetegui para estancar o domínio do adversário, foi abdicar do homem mais adiantado, Gonçalo Paciência, e dar mais força e solidez ao meio campo, fazendo entrar Herrera. Os jogadores do FC Porto conseguiram ter mais bola, embora a maior percentagem continuasse a ser do SC Braga, e conseguiram equilibrar o encontro.
Foi aos 63 minutos que o internacional Mexicano entrou em campo para ajudar a segurar o empate, que servia mais as intenções do FC Porto do que do SC Braga. E a partir desse momento, apesar do equilíbrio com algum ascendente natural dos Bracarenses pelo facto de terem mais dois jogadores, entrou-se numa partida frenética até ao fim. É verdade que o resultado de 1 x 1 não se alterou, mas não faltaram oportunidades para que tal acontecesse, especialmente na baliza de Helton. Kritciuk teve que mostrar atenção para negar o golo a Tello, mas Helton esteve verdadeiramente impecável na baliza Azul e Branca. Defendeu praticamente tudo o que havia para defender e se os Dragões voltam a casa com 1 ponto e o apuramento para as meias finais quase garantido, ao Capitão o devem. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Helton

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

FPF A Gala do Regime

A bem dizer só me consigo recordar de 1958 para cá, isto é, em plena transição entre os dois clubes da capital: ora agora ganhas tu, ora agora ganho eu. O nosso Futebol Clube do Porto conseguiu meter uma lança em África (neste caso em Torres Vedras) e vencer o título no ano que viria a ficar indelevelmente conhecido como o ano Calabote.
Era o tempo dos Colunas, Figos, Humbertos ; & Cº. Bastava levantarem um braço para os árbitros assinalarem um fora-de-jogo ao clube adversário. Depois dessa data e durante mais 19 anos, só em 1977 e 1978 conseguimos voltar a vencer um campeonato. Habilidosamente a FPF separa os títulos nacionais primeiro com um pacote “entre 1922-1968” e uma segunda encomenda “entre 1968-2014 naquilo que classificaram como “o melhor onze do centenário “. Naturalmente que Coluna, Figo, Humberto e Eusébio, conseguiram acumular 2 troféus cada. À custa de Carlos Queiroz e as suas seleções jovens, Vitor Baía, Fernando Couto e Cristiano Ronaldo também recolheram 2 troféus.

O intervalo de sucesso dos 32 anos de Pinto da Costa foi relegado para segundo plano. A FPF deu troféus a toda a gente: jogadores, programas de rádio e tv., seleções, dirigentes da casa, etc. mas esqueceu-se do Prémio Melhor Dirigente dos 100 anos. Se calhar já sabiam quem ganhava! Mas pronto: aquilo estava feito para os 2 circos da capital. Até Madail teve uma “Quina”! Descubram as diferenças entre ele e Fernando Gomes! Iguaizinhos não é?

Engraçado que quando foi anunciado o melhor árbitro do Século eu estava à espera que Inocêncio Calabote entrasse nos nomeados. Enganei-me. O vencedor foi Pedro Proença, o Arrependido. Outro pormenor delicioso foi o de juntarem nos nomeados para melhor Treinador dos 100 anos, Mourinho, José Maria Pedroto e (risos) Manuel José!
Resta dizer que o melhor jogador de sempre, naturalmente Ronaldo, não esteve presente por força do jogo Real x Atlético, tendo sido representado pelo seu Agente Jorge Mendes que se houvesse um troféu Azeiteiro do Século, seria certamente o vencedor.
Para continuar em ambiente bem-humorado foi atribuído à LPFP (estão a ler bem) Liga Portuguesa de Futebol Profissional responsável há meia dúzia de anos pelo futebol profissional, com os problemas e vigaríces que se conhecem, o troféu “Quinas de Honra”!

Até à próxima

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Um Tiro No Porta-Aviões

Recordam-se enquanto muito jovens do “pilha-galinha-choca”, do “bate-fica”, das corridas com as tampas dos refrigerantes (sameiras ou caricas) em pistas desenhadas a giz? Da bola de trapos feita com papel de jornal muito bem amassado revestido com as peúgas velhas do avô? Do jogo do berlinde e do pião? E o “jogo da barra”? Cinco ou seis de um lado do recreio, outros tantos do outro lado, divididos por uma linha imaginária, quem apanhasse a bola tentava acertar num contrário. Lembrei-me do título para esta crónica porque há muitos, muitos anos, jogava com os colegas do secundário a BATALHA NAVAL.
Jogo de estratégia, normalmente para 2 jogadores, cada qual tentava adivinhar, do lado de lá duma caixa, em pé onde o outro ”dispunha” os barcos, para ninguém perceber onde estavam escondidos. Quem começava as hostilidades tomava notas da zona para onde mandava os “tiros” (a4, d7 etc.) e no fim de cada jogada, o adversário anunciava, por exemplo “um tiro num barco de 2 canos” ou então, o mais frequente, “água”! Quem “afundasse” primeiro todos os barcos, ganhava o jogo. Se bem me lembro (como dizia o outro) cada esquadra era composta por 4 submarinos (que ocupavam um quadradinho); 1 barco de 4 canos (ocupava 4); 2 de 3 canos, (ocupavam 3 casas cada); 3 de 2 canos (duas casas cada) e 1 porta-aviões que ocupava 6 casas. Por acaso era o barco/comandante mas o mais fácil de acertar. Visto de cima parecia um “cristo” com os braços abertos!
Uma das regras do jogo era que nenhum dos barcos podia estar encostado a outro, incluindo os submarinos. Logo que tínhamos a certeza da posição correta dum barco afundado eliminávamos o espaço em redor, para não desperdiçar mais munições para aquela área.
A crónica desta semana vai então, dedicada por inteiro, a um novo jogador da BATALHA NAVAL. Vamos debruçar-nos sobre a declaração tempestuosa de Bruno de Carvalho, própria do estado do tempo que transformou os estádios em batatais, com telhas voadoras e outras que tais. Alegando o prejuízo dos Viscondes Falidos em todos os jogos que participam com “evidentes erros de arbitragem” tomou uma decisão firme: Os árbitros têm que ser nomeados por sorteio!
Um sorteio puro e duro que poderia, por exemplo, esquecer na gaveta por várias semanas os melhores árbitros para os jogos mais complicados ou, pior ainda, colocar o Bruno Paixão a dirigir um Porto x Benfica no Dragão com as habituais inclinações do homem para o lado do costume. Não resolve nada. Salvo duas ou três honrosas exceções sabe-se que são todos sócios, adeptos, ou simpatizantes do clube da treta. Veja-se quem foi nomeado para o jogo em Paços de Ferreira. Um benfiquista confesso com cartão e tudo! Os que não se assumem, entram em campo a tremer, e com a pressão feita pelos pasquins, caem também para o mesmo lado.

Segundo rezam os regulamentos os critérios de designação são os seguintes:

1 – Os árbitros e árbitros assistentes que se encontrem disponíveis, são designados para os jogos das competições organizadas pela Liga segundo os critérios estabelecidos nos números seguintes.

2 – Nenhum árbitro ou assistente pode deixar de ser designado em razão da sua filiação distrital ou das suas preferências clubistas.

3 - Na designação de Árbitros e árbitros assistentes, a Secção Profissional deve ter em consideração, designadamente, os seguintes critérios:

a) Classificação obtida pelos árbitros e árbitros assistentes na época anterior

b) Avaliação do seu desempenho na época em curso

c) Grau de dificuldade dos jogos em causa

d) Para os jogos tidos de grau de dificuldade acrescido são designados preferencialmente árbitros internacionais ou árbitros classificados até ao 12º lugar na época anterior

4 – Para efeitos do disposto na alínea c) do número anterior o grau de dificuldade dos jogos é aferido pela ponderação conjugada dos seguintes fatores

a) Posição ocupada na tabela classificativa pelos clubes intervenientes

b) Rivalidade existente entre os clubes intervenientes

c) Quaisquer factos considerados relevantes ocorridos anteriormente à data da designação
Tenho para mim que a culpa não é do critério das nomeações, muito menos da relação de simpatia árbitros/clube (até podem ser condicionados por isso), ou das notas dos observadores que conduzem à classificação no final da época. O problema é mesmo resultante da falta de qualidade dos homens do apito, há anos enfeudados ao único culpado desta situação. Um árbitro que enquanto exerceu a profissão nunca passou da mediania. Consta que o senhor é adepto do Sporting mas, com o apoio do Benfica, foi novamente recolocado na comissão de Arbitragem.

O senhor Vítor Pereira é o responsável pelo treino dos cãezinhos amestrados que se passeiam impunemente pelos relvados. Tanto faz ser em Alvalade ou no Campo dos Arcos, no Dragão ou em Barcelos, na Madeira ou na Capital do Móvel. O homem não serve para isto, pronto! Como não tem que responder a ninguém (foi eleito isoladamente) não há uma hierarquia a quem tenha que prestar contas. É assim uma espécie de sociedade unipessoal, trabalha para si mesmo.
Curiosamente, quando o Benfica espirra, o senhor Pereira constipa-se. Rastejante, vem logo “explicar” porque correu mal a arbitragem (um caso por outro), ao clube do regime. Um verdadeiro lambe-botas. De resto, como sabemos, no futebol indígena foi sempre assim desde Calabote até Lucílio Baptista, de Carlos Valente a Bruno Paixão, um rol de nunca mais acabar.
Esta atitude de Bruno de Carvalho será mais uma condenada ao fracasso. Já foi tentada nos primórdios da Liga mas revelou-se pior a emenda que o soneto. Isto só lá vai quando varrerem esta corja da arbitragem, iniciarem cursos com mestres competentes, enfim começarem tudo de novo.
Como seria de esperar, a este ataque ao status quo vigente que só interessa à “instituição”, opuseram-se os mais de 100 jogadores sob contrato do clube da treta, técnicos, agentes dos atletas, representantes do Fundo BES, e a administração que fez questão de posar para a posteridade, todos fardados a propósito, com um toque a reunir.

Voltando ao nosso exemplo da BATALHA NAVAL, sabe-se que para ganhar, o mais difícil é acertar nos submarinos. Navegam em águas esconsas e profundas, é muito difícil encontrá-los. Afinal o senhor Bruno de Carvalho, apenas deu um tiro no porta-aviões.

Até à próxima

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Deus, Pátria, Autoridade

Ou seja: JJ, a “instituição” e o presidente da Liga. Voltamos ao tempo da outra senhora! O imbecil que representa vergonhosamente o clube da treta ás segundas-feiras na SIC (programa Dia Seguinte) teve a desfaçatez de, na emissão de 28 de Janeiro, rapar dum qualquer bilhetinho que lhe deram para ler, e desculpar o nome do sistema da altura, um tal Calabote que, passados 54-anos-54 continua a simbolizar as vigarices do clube duma popular freguesia de Lisboa.
Como de costume o aldrabão que nem sequer ainda era nascido faz lembrar o boneco dum ventríloquo que repete até à exaustão um chorrilho de asneiras que lhe ensinaram. Desta vez para tentar atenuar a escandaleira das arbitragens da Liga nesta época. Sobre Calabote (e eu estive em Torres Vedras no dia em que nos tentaram roubar o título) recomendo a leitura do excelente artigo publicado no blogue Reflexão Portista.

Não me vou alongar mais na análise das declarações deste indigente nem dar-me ao trabalho de as desmontar. Abençoado comando que muda de canal sempre que ele fala. O palermoide não merece que se perca um minuto com ele. Vamos ao tema da crónica!
JJ – Deus – o pobre homem, anda com o rabinho entre as pernas, está a sentir o chão fugir-lhe debaixo dos pés. Abandonou a postura de peixeira que provavelmente um filósofo (Manuel Sérgio) lhe ensinara. E não é caso para menos. O patrão não tem dinheiro para mandar cantar um cego, desfaz-se a toda a pressa dos excedentários (mais de 40) que lhe aumentam os custos cada dia que passa. Este ano, Javi Garcia, Witsel, Bruno César, e Nolito, já foram de vela, aguardando-se a qualquer momento as saídas de Carlos Martins e Aimar. Em troca, e a fazer recordar a época Quique Flores (com Rui Costa à cabeça do descalabro), também chegaram dezenas de jovens “esperanças” para o plantel, propagandeadas como habitualmente pela BOLHA, o pasquim oficial da ”instituição” que, mais tarde, viriam a engrossar o contingente de “disponíveis” com uns 100 jogadores “emprestados” por esse mundo fora (yebdas, makukulas, balboas, urretas, etc.). Em contrapartida fizeram subir as imparidades, eufemismo que significa o valor que se perde quando se vende um activo (leia-se atleta), abaixo do seu Custo, e que atiraram o Passivo galopante para mais de 500 (?) milhões de euros.
PÁTRIA – a instituição – já foi chão que deu uvas. De um rol invejável de dezenas de campeonatos ganhos durante a roubalheira dos anos 60 e 70 passou na última década, com a gestão irresponsável de Vieira, para dois miseráveis títulos, ambos ganhos com batota. Com os Ganhos (bilheteira, quotas, passes, património) hipotecados à Banca e Fornecedores, sem ter crédito, recorre a Fundos ou Empréstimos Obrigacionistas com Custos elevadíssimos para os próximos anos, e um Passivo Financeiro assustador. Ainda por cima, as instâncias que mandam no futebol, já estão de olho alerta nesta negociata dos Fundos (um dos sustentáculos do clube da treta), e nos Orçamentos irrealistas baseados em pressupostos que ficam longe de serem cumpridos. Comparando a situação com os vizinhos do outro lado da Circular, só mudam mesmo as moscas e os apoios que os pasquins e tv’s lhes dão. Esta semana, no Voleibol, voltaram a levar no corpo do Espinho pese embora o esforço da Federação que decidiu mandar repetir um jogo em que tinham sido derrotados antes. Um dia destes ficam, como no Basquetebol, a jogar “a pau com os ursos”.
AUTORIDADE – o presidente da Liga – é o régisseur da Companhia de Circo. Está a pagar (e com juros) a quem o colocou no cargo. Não diz uma palavra sobre a política miserável de nomeações do outro comparsa da federação. Atira-se a Joaquim Oliveira como inimigo público “obrigando” o clube da treta a abdicar de uma pequena fortuna. Oliveira não passa cartão ao pagador de promessas e já está noutra. Juntou-se a dois operadores de televisão e está a marimbar-se para o homenzinho. Mário Figueiredo estrebucha e vomita impropérios contra a Santa Casa que não lhe permite mamar mais na sua teta. Prometeu lutar pelas receitas das apostas on-line (para o clube da treta gastar mais uns milhões em jogadores) mas levou na focinheira. Entretanto vai-se entretendo com a Taça da Liga, feita à medida para a “instituição”. Resultado: campos vazios e ausência de patrocinador. O país está em crise, parvalhão! Vai gamar para a tua terra.

Até à próxima

Fotomontagens de José Lima