quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Nem matou nem esfolou. Empatou!

O FC Porto não foi além de um empate na deslocação ao terreno do Zenit. O resultado foi construído na primeira parte, onde a equipa de Paulo Fonseca se apresentou em grande nível, mas na qual voltou a errar defensivamente. Num segundo tempo diferente, os Russos estiveram mais perto do golo e valeu Helton a defender uma grande penalidade de Hulk. As contas ficam mais difíceis para os Dragões, que deixam de depender de si próprios.
 
Sem surpresas no onze, Paulo Fonseca manteve o esquema táctico que tem sido hábito, com Defour (substituto natural do castigado Herrera) a acompanhar Fernando no meio campo Azul e Branco, libertando a acção criativa de Josué e de Lucho e convidando as subidas dos laterais pelo flanco.
 
Quanto ao Zenit, Spalletti voltou a repetir o esquema apresentado no Dragão, sem um ponta-de-lança de raiz, mas com Hulk e Danny deambulantes no ataque.
 
Num estádio Petrovsky cheio e com um ambiente adverso para as cores Portistas, o frio era entrave para uma equipa que precisava de ganhar para continuar a depender de si para atingir o apuramento.
 
Numa entrada a todo o gás, o FC Porto mostrou uma cara lavada e entusiasmada com a responsabilidade que recaía sobre os seus ombros. A equipa de Paulo Fonseca pressionou a turma Russa e não deixava construir jogo.
 
Defour dava maior rigor no passe aos Dragões, mas eram Josué e Lucho os que mais se destacavam, com boas diagonais e com um ponto de mira bem definido: a baliza de Lodigin.
 
Do lado do Zenit, apenas Witsel conseguia ter bola, mas tornava-se inconsequente pela apatia apresentada pelos colegas, numa táctica que visava primeiramente a segurança defensiva e só depois os lances ofensivos, numa aposta clara na velocidade dos dianteiros.
 
Numa bela entrada Portista, os desequilíbrios surgiam essencialmente quando a velocidade dos laterais Portistas confluía com o bom tratamento do esférico, ou seja, o FC Porto conseguia desenhar jogadas interessantes nas investidas de Danilo e de Alex Sandro.
 
Foi precisamente numa dessas subidas, no caso de Danilo, que os Dragões chegaram ao golo. Cruzamento do Brasileiro para a área, onde Lucho, de cabeça, abriu o marcador, a meio da primeira parte.
 
Golo justíssimo e que premiou a atitude da equipa Portuguesa, perante um Zenit preso de movimentos e com Danny em dificuldades. O Português teve mesmo que ser substituído, entrando Kerzhakov para a frente de ataque, encostando Hulk ao lado direito.
 
E, nem de propósito, no mesmo minuto da substituição, o Zenit empatou. Mais uma desatenção clamorosa da defesa Portista, como tem sido recorrente esta época, a resultar no golo do Brasileiro, depois da falta de comunicação entre Mangala, Alex Sandro e Helton.
 
Hulk nem festejou, só que o castigo já estava dado a uma equipa que deitava por terra todo o bom trabalho na primeira meia hora de jogo com mais uma falha defensiva. De qualquer forma, os Azuis e Brancos não se mostraram abatidos com o golo sofrido e continuaram a mirar com perigo a baliza de Lodigin, numa primeira parte que ainda registou mais uma boa oportunidade, não concretizada por Jackson devido a uma defesa por instinto do guardião.
 
O intervalo pedia pequenas correcções para o último terço do terreno, onde a finalização pecava por escassa (atendendo ao caudal ofensivo), mas não trazia necessidades vitais, já que a equipa tinha apresentado um bom nível no primeiro tempo.
 
Contudo, quem corrigiu foi Spalletti, que puxou pelos seus jogadores e que viu resultados práticos. O Zenit entrou melhor e obteve uma grande penalidade, por mão de Otamendi dentro da área.
 
Chamado à conversão, Hulk teve a possibilidade de voltar a 'trair', mas o remate foi fraco e denunciado. Brilhou Helton, que agarrou o esférico e que manteve a esperança da equipa Lusa.
 
De qualquer forma, continuava evidente a quebra dos Dragões, baseada no apagamento de Josué e também de Lucho, os dois melhores da primeira parte. A equipa não era tão móvel e perdeu dinamismo, contra um Zenit bem melhor no segundo tempo.
 
Kerzhakov e depois Arshavin agitaram o jogo e foram ascendendo os Russos no jogo, numa supremacia apenas detida por Fernando (mais um jogo de grande nível, para Paulo Bento ver) e por Helton, que crescia entre os postes a cada intervenção.
 
Paulo Fonseca mexeu na equipa, mas o Zenit estava melhor e pediu penálti perto do fim, antes de Varela atirar para grande defesa de Lodigin.
 
O apito final trouxe um empate que nem seria mau resultado, não fossem as derrotas caseiras nesta Fase de Grupos. Continua possível o apuramento, mas os Dragões já não dependem de se próprios para seguirem em frente.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Helton

1 comentário:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Os erros primários estão a marcar de forma muito negativa a participação do FC Porto nas competições em geral e na CL em particular, esta época.

Desta forma é impossível aspirar a alguma coisa de boa. São pormenores que definem quem tem estofo ou não.

Como não acredito em milagres, entendo que o destino está traçado.

Um abraço