domingo, 26 de outubro de 2014

Nem rotação, nem invenção

O FC Porto não se podia dar ao luxo de perder mais pontos na corrida pelo Título e não perdeu. Os Dragões foram a casa do Arouca vencer por cinco bolas a zero, em jogo da 8.ª jornada.
Quem já foi ao estádio do Arouca, situado pelas Terras da Serra da Freita, sabe das dificuldades que tem de enfrentar para lá chegar. O trajecto, até à Terra de gente acolhedora e simpática, não é de todo fácil. Mas bem se pode dizer que nunca foi tão fácil para o FC Porto andar pela Serra.
Não se enganou quem esperava uma entrada lenta do FC Porto. Os Dragões começaram com calma, com paciência, trocando a bola com segurança e sem correr riscos. O Arouca, orientado por Pedro Emanuel, ficou à espera do adversário e tentou ver no que ia dar o jogo. Ainda assim, os Homens da casa, sempre que podiam, atacavam com perigo, sobretudo pelos flancos.
A equipa da Invicta controlava mas havia pouco Porto em campo. Quintero, no meio, criava pouco perigo, Casemiro escondia-se e só Brahimi colocava intensidade no ataque Azul e Branco. Tello, bem marcado, não conseguia aparecer num jogo que arrancou com Marcano, novidade no eixo defensivo, a cometer alguns erros.
Mas o futebol é um jogo colectivo onde a qualidade individual pode resolver muitas vezes os problemas que aparecem às equipas. Foi o que aconteceu, em Arouca.
Até então "desaparecido", Juan Quintero, aos 24 minutos, disparou forte um remate de longe, com a bola a desviar ainda num opositor, e abriu o activo. Os adeptos do FC Porto podiam festejar. E não tiveram que esperar muito para voltar a fazer a festa. Aos 26', Jackson Martínez empurrou para o fundo das redes de Mauro Goicoechea, depois de um trabalho de Brahimi. O Argelino passou por tudo e todos na direita, cruzou para a "boca da baliza" onde apareceu o Cha Cha Cha para o segundo dos Dragões. 0 x 2, vantagem para a equipa de Lopetegui.
A tentar cometer poucos erros, o conjunto Arouquense viu-se em desvantagem com dois momentos de pura magia dos artistas do Dragão.
A equipa de Pedro Emanuel sentiu os golos sofridos e recolheu-se perante uma pressão forte do FC Porto que, por outro lado, cresceu, ganhou dinamismo e intensidade. As oportunidades de golo sucederam-se e o resultado ficou confortável para a formação Portista.
Os golos despertaram os Azuis e Brancos que cercaram a baliza do Arouca em busca do terceiro golo. E ele não demorou muito. Aos 39 minutos, de bola parada, Casemiro saltou mais alto entre os centrais da casa e, de cabeça, empurrou para o fundo da baliza.
Um FC Porto simples, pragmático e superior (com toques de magia também) tinha a sua Vida resolvida ao intervalo.
Para o segundo tempo, o Arouca tinha que operar um verdadeiro milagre para impedir o FC Porto de conquistar os 3 pontos. Algo que não aconteceu. Quem acabou por ampliar a vantagem foi o FC Porto. Jackson Martínez, aos 60', fez o quarto. Tello meteu velocidade pelo corredor e cruzou para o avançado Colombiano marcar mais um; o Colombiano só teve de meter o pé.
O que se viu até final foi um Arouca à espera do final da partida e o FC Porto a dilatar o marcador. Já com Quaresma e Vincent Aboubakar em campo, os dois fabricaram o quinto golo dos Portistas. O Camaronês tabelou com o internacional Português e depois colocou a bola por entre as pernas Goicoechea.
Os Dragões venceram fácil e o Arouca saiu vergado a uma goleada. Assim se conta a história do duelo. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Brahimi

Sem comentários: