domingo, 8 de maio de 2016

Mais um treino que (por acaso) correu bem

Sérgio Oliveira está a criar uma nova lei no FC Porto. É ele o redator desta equipa, é ele o comandante e é ele que dita os ritmos. Além disso, é também ele que decide. Em Vila do Conde, foi um golaço do camisola 13 que desequilibrou uma partida que tinha aberto com outro golo não menos fantástico de Postiga. O Rio Ave atrasou-se na luta pela Europa, os dragões voltaram a ganhar, depois do clássico.
 
Num cenário invernal, o Rio Ave entrou em campo a olhar para a Liga Europa e a ganhar duplamente: já tinha ganho no dia anterior, com a derrota do Paços de Ferreira contra o Tondela, passando novamente a depender apenas de si para chegar às vagas em causa; começou a ganhar também pelo enorme momento de Hélder Postiga.
 
O avançado,que tinha marcado em Tondela, ganhou a titularidade a Guedes e não fez por menos: com cinco minutos de jogo, aproveitou a passividade de uma dupla portista que não tem jogado junta (Marcano voltou dois meses depois) e atirou para o fundo da rede.
 
Apanhado a perder, nem por isso o conjunto de José Peseiro se desmobilizou. Acertou, aos poucos, o que estava a falhar atrás (só se viu mais uma investida vilacondense na primeira parte, com exceção para as bolas paradas) e lançou-se no domínio da partida.
 
Com Rúben Neves mais simples na primeira fase de construção e com Sérgio Oliveira mais complexo no transporte para o passo seguinte, os azuis e brancos apareciam com uma boa densidade de homens junto à área do Rio Ave, que foi sempre muito certeiro na forma como anulou as entradas na área de André André, mas que cometeu um pecado capital.
 
Edimar optou pela falta a André Silva, que corresponde bem a um cruzamento de Brahimi. Aliás, se os dragões atacavam mais vezes pela direita, nem por isso quantidade quis dizer qualidade, já que da esquerda apareceram os melhores momentos - não foram muitos, diga-se.
 
Layún, outro dos regressados, fez o golo da igualdade, que se justificava na ida para os balneários: os dragões tinham mais bola, mas isso não se refletiu em maior qualidade.
 
O Rio Ave até pareceu mais disposto, no segundo tempo, a ter bola durante mais tempo, só que tal demorou bastante, por dois motivos: porque o vento estava contra e soprava com mais força e porque os dragões se mostraram mais audazes.
 
André Silva, incansável, mereceu crédito por ter sido persistente na batalha que travou com os adversários; Sérgio Oliveira foi o mais objetivo no alvo e disparou duas vezes, uma para grande defesa de Cássio, outra para o golo que já se ia adivinhando.
 
Depois sim, foi necessário um Rio Ave mais afoito. Conseguiu-o, na fase inicial, mas foi sol de pouca dura. As substituições ajudaram a equipa azul e branca a estancar as intenções de José Peseiro e os dragões foram ficando mais confortáveis com o andamento do relógio.
 
Ukra ainda deu alguma vivacidade ao ataque caseiro, só que o golo de Valera desfez as dúvidas.

Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Sérgio Oliveira

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