quarta-feira, 11 de março de 2015

Um Bombardeiro chamado FC Porto

Se em Basileia já tinha ficado a ideia de que o FC Porto era superior aos Helvéticos, qualquer teima que ainda pudesse existir foi tirada no Estádio do Dragão. O resultado fala por si, mas além da goleada de 4 x 0, os Azuis e Brancos voltaram a provar dentro das quatro linhas a sua superioridade, pelo que se pode dizer de forma clara que apurou-se a melhor equipa para os quartos de final da Liga dos Campeões.
O 1 x 1 que os comandados de Julen Lopetegui conseguiram na Suíça dava-lhes vantagem na eliminatória por causa do golo obtido fora, mas desde cedo se percebeu que o FC Porto não teria, nem queria recorrer a esse tento para fazer contas na eliminatória. O resultado foi acompanhando a superioridade dos Dragões ao longo dos 90 minutos e por isso a noite foi de uma festa tremenda no Dragão, apenas esfriada pela lesão de Danilo, que aos 22 minutos teve que sair do relvado de ambulância directamente para o Hospital São João, após um choque com Fabiano.
Nessa altura já o FC Porto vencia por 1 x 0, graças a um belo livre cobrado por Brahimi, e dominava todas as operações, tendo ainda estado perto de ampliar a vantagem por intermédio de Casemiro e mais tarde por Aboubakar. Os Dragões mandavam no encontro, criavam oportunidades e pautavam o ritmo do jogo, circulando a bola a seu bel-prazer. E quando não a tinham na sua posse, recuperavam-na rapidamente através de uma pressão que não deixava o adversário respirar. Essa foi uma das razões para que o Basel nunca tenha colocado verdadeiramente em sentido a zona mais recuada dos Portugueses.
O Basel praticamente só via o FC Porto jogar e a primeira vez que conseguiu rematar à baliza foi aos 30 minutos, tendo o primeiro remate enquadrado com a baliza acontecido apenas ao minuto 42. Prova mais do que evidente da superioridade dos jogadores Azuis e Brancos, que tiveram que sofrer na pele a agressividade colocada em campo pelos jogadores Helvéticos. Nesse aspecto, Jonas Ericksson foi «amigo» dos atletas da equipa orientada por Paulo Sousa. Um árbitro mais rígido podia mesmo ter exibido mais cedo o cartão amarelo a Walter Samuel (apenas aos 49 minutos e depois de muitas faltas duras cometidas é que foi admoestado mas ainda foi a tempo de ser expulso já no período de compensação do segundo tempo) ou o vermelho a Gashi, por ter tocado propositadamente com o cotovelo na cara de Indi, jogador que entrou para o lugar de Danilo, passando Alex Sandro a actuar como lateral-direito e o Holandês na esquerda.
Portanto, ao intervalo, o resultado de 1 x 0 era escasso para aquilo que as duas equipas jogaram nos primeiros 45 minutos. Todavia, o FC Porto tratou de resolver e fechar a eliminatória no começo da etapa complementar, com dois belos golos, mais dois apontados de fora da área. Primeiro foi Herrera quem assinou o 2 x 0 e o 3 x 0 foi da responsabilidade de Casemiro, num livre que merece ser visto e revisto.
Aos 56 minutos não restavam dúvidas de que equipa ia seguir em frente e desde então o ritmo de jogo baixou um pouco, apesar dos Azuis e Brancos manterem o controlo do mesmo. O Basel aproveitou para tentar subir mais no terreno, mas apenas por uma vez esteve perto de marcar, tendo ainda visto a equipa de arbitragem errar ao não marcar uma grande penalidade por falta de Martins Indi sobre Embolo.
Porém, ainda faltava mais uma obra de arte numa noite para mais tarde recordar para os Portistas. Aboubakar, titular pela primeira vez desde a lesão de Jackson Martínez, assinou um grande golo com um remate de fora da área e ditou o resultado final a 14 minutos do final, minutos esses que serviram para os adeptos do FC Porto desfrutarem com mais tranquilidade uma grande noite europeia que os jogadores que apoiam proporcionaram. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Casemiro

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