Ao segundo jogo, o segundo triunfo dos Azuis e Brancos. Sem deslumbrar, a equipa de Lopetegui aproveitou para testar o 4x4x2, com Bueno a mostrar características interessantes para jogar atrás do homem de referência. Ainda assim, foi em 4x3x3 que os Portistas conseguiram os golos, numa segunda parte onde Brahimi foi o grande destaque.
O arranque do desafio foi bastante morno. As atrações iniciais foram Casillas e Maxi Pereira, ambos em estreia, se bem que isso rapidamente passou para segundo plano. Existiam outros focos de interesse para observar: reforços e esquema táctico, sobretudo.
Nisso, Lopetegui acabou por mostrar um formato diferente da época passada. Com Imbula bem mais perto de Danilo Pereira, quase ao lado do Português, e com Bueno muito mais próximo de André Silva, a equipa actuou num 4x4x2 quase em linha.
Diante de um Duisburg a apresentar-se em bom plano, agressivo e aguerrido na pressão exercida, os Dragões mostravam alguma dificuldade em tratar a bola pelo corredor central, onde não havia muito espaço para as transições. Sobravam as linhas, nas quais José Ángel subiu mais do que Maxi e Varela teve mais bola do que Tello. Quer isto dizer que o fluxo atacante dos Dragões se situou mais pelo lado esquerdo.
Contudo, foi mesmo Bueno quem causou melhor impressão no arranque da partida. Com a camisola 10 nas costas, o Espanhol mostrou muita mobilidade e grande conhecimento dos movimentos entre linhas, quer na zona central, quer no apoio às faixas. Uma carta que promete, sem dúvida.
Quanto a jogo realmente dito, pode-se dizer que a primeira meia hora teve um FC Porto com mais bola, ainda que não mais perigoso que o adversário. Aos Dragões faltava quem imprimisse maior agressividade ao jogo para que este fosse mais fluido e Sérgio Oliveira, que entrou para o lugar de Imbula, conseguiu melhorar isso mesmo.
Foi nessa altura que o FC Porto dispôs das duas melhores ocasiões, uma por Bueno, a passe do Português, outra por Tello, assistido por Bueno, também depois de participação de Sérgio Oliveira, dessa vez na recuperação de bola.
Na segunda parte, já com uma revolução no resto da equipa, seria o próprio Sérgio Oliveira a inaugurar uma grande dose de oportunidades que acabariam por dar em golos.
Com a revolução feita por Lopetegui, a equipa aproximou-se bem mais do seu esquema tradicional, no qual se notou bem mais familiaridade nos movimentos e processos com bola. Evandro ainda disfarçou, ao tentar aproximar-se de Aboubakar, mas a sua tendência acabava por prevalecer.
Foi no meio-campo que se assistiu a outra boa prestação. André André voltou a mostrar calo, nervo e atitude, assim como assertividade com e sem bola. Ainda que a grande figura tenha sido Brahimi. Porque quis.
O Argelino dá a ideia de ser assim mesmo. Quando quer, faz maravilhas. Quando quer, faz a diferença. Quando quer, é de outro patamar. E, apesar de se tratar de um jogo de preparação, Brahimi quis. Primeiro, quis fugir no espaço e aproveitar o passe de Aboubakar para finalizar. Depois, quis servir Hernâni para o segundo. A seguir, deslumbrou-se com a boa exibição e desperdiçou um lance genial que construiu.
Curiosa foi, depois, a saída de Hernâni, apenas 20 minutos depois de ter entrado. Deu vaga a Adrián López e, ao mesmo tempo, o Duisburg também realizou várias alterações.
O jogo voltou a decair no seu ritmo e pouco mais teve de interesse. Ressalva para Martins Indi, que se deixou ultrapassar por um adversário que seguia para a baliza e que, num jogo a contar, seria expulso pela falta cometida. Aliás, falta falar das acções defensivas dos Dragões, que não foram exemplares. Apesar de não ter sofrido golos, a equipa tem ainda várias correções a fazer, o que é perfeitamente natural nesta partida.
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Brahimi
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